Acompanhando o trabalho de Bebeto Rosa há três anos em Santa Maria, não é preciso ser nenhum gênio para conhecer o estilo do treinador. O Inter-SM de 2007 e o Riograndense versão 2008/2009 tinham algumas características bem marcantes em comum: o esquema 3-5-2, um sistema defensivo muito sólido e um excelente aproveitamento nas bolas paradas. Ao escalar as suas equipes, Bebeto dificilmente abre mão de ter três zagueiros e mais dois volantes ocupando as primeiras funções do meio-campo. É o seu jeito. Uma concepção tática que deu muito certo até aqui, mas que pode cair por terra no Gauchão 2010. O que já tinha ficado evidente no período de contratações, ficou claríssimo nos primeiros amistosos contra Gepo, de Tupanciretã, Nova Palmense, de Nova Palma, e Avenida, de Santa Cruz do Sul: além de quantidade, o Inter-SM tem muita qualidade para compor o ataque – Vitor Hugo e Gauchinho, os titulares do momento, Mano Garcia, Baiano e ainda o garoto prodígio Michel Lugo. São cinco ótimos jogadores, mas Bebeto não tem como escalá-los todos juntos, é claro. No máximo, pode tentar fazer um arranjo para acomodar o maior número de atacantes, como aconteceu no segundo tempo da partida contra o Avenida, quando Mano Garcia, um artilheiro nato, entrou no meio-campo para a saída de um zagueiro. Deu certo. O Inter-SM ficou mais ofensivo, foi para cima do adversário (um time muito bom, diga-se de passagem) e ganhou o jogo de virada. Festa no vestiário e preocupação para o futuro. O técnico Bebeto Rosa está com o que, na linguagem do futebol, o pessoal costuma chamar de um bom problema para ser resolvido. Resta saber como é que ele vai se sair nessa.
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