Foto: Anik Suzuki |
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A professora de Literatura Meiko Shimon, famosa por suas tradução de obras japonesas, será a estrela do Dia da Cultura, que ocorrerá no próximo domingo, dia 17, na Associação da Cultura Japonesa de Porto Alegre.
Ela será palestrante, das 10h30min ao meio-dia, e falará sobre literatura japonesa. Vale chegar cedo, pois a sala tem capacidade máxima para 50 pessoas.
Meiko é japonesa, nascida em Kyoto, e veio para o Brasil com a família em 1953. Em 1967 Meiko decidiu mudar-se para Porto Alegre com o intuito de estudar. Dentro de alguns dias, porém, a professora aposentada retornará para São Paulo:
- Estou um pouco triste, pois gosto de Porto Alegre, mas agora que estou aposentada e com 68 anos, quero ficar perto de minhas irmãs.
Entre suas traduções mais reconhecidas está a "Casa das Belas Adormecidas" (2002), "Kyoto" (2004), e "Contos da Palma da Mão" (2008).
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Planeta Japão: Quais aspectos mais diferenciam a literatura japonesa da brasileira?
Meiko: A maneira de abordar determinados assuntos, como sexo e violência, é o que mais diferencia as duas literaturas. O texto japonês é mais sutil, deixa algumas coisas subentendidas.
PJ: É difícil traduzir as obras japonesas para o português?
Meiko: A questão cultural é o que mais dificulta. É difícil traduzir o significado de um festival, das vestimentas, da arquitetura e até da comida, pois no Brasil não temos as mesmas cargas culturais.
PJ: A senhora acha que os brasileiros gostam da literatura japonesa?
Meiko: Leitores que conhecem aprendem a gostar e se interessam pelo aspecto cultural. Certamente as obras japonesas são muito mais lidas por leitores brasileiros do que japoneses. Somos uma comunidade relativamente pequena para manter uma editora. Um livro vende cerca de 50 mil cópias, então, certamente são comprados por brasileiros.
PJ: Que livros a senhora indicaria para um leitor de "primeira-viagem"?
Meiko: Casa das Belas Adormecidas, além do tamanho ser mais simpático, o conteúdo é mais universal. O Gabriel Garcia Marquez fez uma versão colombiana da história. Também “Caçando Carneiros” ou “Minha querida Sputnik” – Haruki Murakami.
As irmãs Suzuki, jornalistas e netas de japoneses, apresentam aqui o que há de mais bacana, inusitado e relevante na cultura japonesa. Com muita informação e interatividade, mostram como os costumes nipônicos vieram se entremeando aos brasileiros em cem anos de imigração.
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