Para guardar na lembrança!Foto: Jaqueline Morais Iwasaki |
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De tudo que vi e aprendi nestes 14 dias em que fiquei morando com dona Yasue na colônia japonesa de Ivoti – além de histórias super legais que estarão na reportagem especial que a versão impressa de Zero Hora está preparando –, uma das coisas que vou levar comigo é bem pessoal: uma avó para chamar de minha. Pois é assim que dona Yasue se refere a mim, como uma neta. E é assim que eu vou lembrar dela. No início, um encontro meio acanhado, desconfiado... depois, longos bate-papos sobre tudo, sobre o passado, sobre o presente, sobre boas lembranças. Minhas e dela. Dona Yasue se empenhou em me mostrar nestas duas semanas os costumes e a força da tradição japonesa. Da alimentação à religião. Posso adiantar que a colônia realmente é um pedaço do Japão em terras gaúchas. Lá se fala japonês, se vive da maneira nipônica e se preserva as raízes com a força de uma rocha. Aos olhos de uma forasteira da colônia como eu, que apesar de ter os mesmos laços com a terra do sol nascente, foi um encontro com as origens. Pessoalmente gratificante. Convivi com a comunidade, que me recebeu de braços e coração abertos. Participei das atividades e, aos poucos, me tornei um pouco parte da vida deles em razão da convivência. Minha presença já não era estranha a eles, e as atitudes passaram a ser espontâneas, soltas. A experiência me deu a oportunidade de observar (e bem de perto) os imigrantes e descendentes de japoneses e me fez ganhar novos amigos e uma avó, a oba-chan Yasue. E como não se apaixonar por uma avozinha doce, que mesmo sem me conhecer, me tratou de maneira tão gentil? E é assim que eu vou lembrar dela. Antes da despedida, ela me fez prometer voltar para uma visita. Com meu retorno, chega ao final o Diário de Ivoti, que tive o maior prazer em escrever. Mas as meninas, Anik e Denise, continuarão trazendo novidades e notícias relacionadas à cultura japonesa. Espero que tenham gostado de dividir comigo as experiências vividas na colônia e tenham se sentido um pouco netos da dona Yasue, como eu me senti. Quem quiser conversar um pouco mais sobre a colônia japonesa de Ivoti, pode me escrever! O e-mail é jaqueline.morais@zerohora.com.br Um abraço a todos!
As irmãs Suzuki, jornalistas e netas de japoneses, apresentam aqui o que há de mais bacana, inusitado e relevante na cultura japonesa. Com muita informação e interatividade, mostram como os costumes nipônicos vieram se entremeando aos brasileiros em cem anos de imigração.
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