Fernando Morais no Hotel Embaixador. Foto de Daniel Marenco
Conforme havíamos prometido nas páginas do Segundo Caderno de hoje, embora com um lamentável atraso (desculpem, folks), vai abaixo a íntegra da entrevista que realizei com o escritor e jornalista Fernando Morais, uma hora de um papo agradabilíssimo que começou no Embaixador, onde o escritor estava hospedado na última sexta-feira, e se estendeu até os estúdios da RBS TV e da TVE, onde Morais esteve para fazer participações em programas de TV. Morais esteve em Porto Alegre autografando O Mago, sua biografia best-seller de Paulo Coelho. Fez uma sessão de autógrafos na tarde de sábado no Praia de Belas e participou de um debate concorrido sobre o livro no Centro Municipal de Cultura. Com vocês, então, um dos nomes responsáveis por aumentar o padrão de qualidade das biografias nacionais:
Zero Hora — Nestes quase dois meses passados desde o lançamento do livro, qual tem sido a repercussão?
Fernando Morais — Eu estou lidando pela primeira vez com um novo medidor de repercussão, a internet. A editora fez um site para o livro (www.fernandomorais.com.br/omago), um site tradicional, com capítulo do livro, música do Paulo e do Raul Seixas, toda a repercussão de mídia, inclusive os cacetes que o livro tomou, e uma janela para o leitor se manifestar. Então, eu tenho descoberto coisas curiosas. Desde que o livro saiu eu recebo uma média de cem e-mails por dia. Dezenas de e-mails de pessoas que eram leitores do Paulo, e a maioria gostou livro e nunca tinham ouvido falar no meu nome. Gente que inclusive escreve: "na orelha do livro vi que você é autor do Olga. Não li o livro, mas vi o filme". Ao mesmo tempo, estou descobrindo que gente que não gostava do Paulo por preconceito, sem nunca ter lido, tem curiosidade de ler agora depois que descobriu quem é o personagem. Se não fosse a internet, eu jamais saberia disso, dessa coisa subcutânea. Agora, o tom da maioria das pessoas que se manifestaram, um percentual muito pequeno no total de livros vendidos, mas ainda assim um indicador, é de espanto. O sentimento mais freqüente que os leitores manifestam é de espanto com a vida dele, com as tragédias que ele viveu, que acabam fazendo com que muitos leitores tenham um sentimento semelhante ao meu quando acabei o livro: a grande surpresa é que esse cara esteja vivo, que não tenha ficado pelo meio do caminho, ou por suicídio, ou por droga, como o Raul, que morreu estropiado por cocaína e álcool, por choque elétrico no hospício, por se meter com satanismo... Então ele estar aí é a grande surpresa.
ZH — E quanto aos livros, o senhor já havia lido? E partilhava do mesmo preconceito que o senhor apontou há pouco?
Morais — Não, eu já havia lido os dois primeiros livros "oficiais": O Diário de um Mago e O Alquimista. Eu li porque, embora não me interessasse pelo tema, li pela curiosidade jornalística a respeito do fenômeno: "que diabos é esse livro que está em primeiro lugar na lista dos mais vendidos há cem semanas". Eu li os dois e gostei, mas não me converti em leitor regular. Não li mais nenhum. Vim a ler todos agora, uma leitura profissional, para poder fazer a biografia. Eu acabei descobrindo com o Umberto Eco, que é um leitor irregular do Paulo, aquilo que provavelmente me terá impedido da leitura da obra completa dele. O Eco diz que ele escreve para quem tem fé, não é o meu caso. Sou ateu, agnóstico, materialista, não só por convicções adquiridas, meu pai já era assim, eu não sou batizado, não casei na igreja, minha filha não é batizada. Então o fato de eu não acreditar no sobrenatural, nessa transcendência espiritual tão permanente na obra dele faz com que não tenha eco, não adianta falar de anjo comigo, eu não acredito nem em vida após a morte, acho que acabou, acabou. Mas nessa leitura completa da obra dele eu descobri coisas de que gostei mais até do que os dois primeiros, como o Veronika decide Morrer. E eu só fui entender por que eu gostei tanto quando eu concluí o livro. Aquilo é autobiográfico. A Veronika é a experiência dele do hospício, que ele dramatiza, romanceia, muda o personagem central de um rapaz para uma garota e, em vez de ser no Rio de Janeiro, é um hospício na Eslovênia. Agora, a história é a dele, o choque elétrico, a dificuldade de relação com os pais, o que talvez tenha me feito gostar mais. Agora, salvo sempre as exceções de praxe, acho que esse esquartejamento público do Paulo pela crítica, além de ser um fenômeno exclusivamente brasileiro, não acontece na França, na Rússia, nos Estados Unidos... Bom, neste exato momento ele está com dois livros na lista de mais vendidos do The New York Times. O que há contra ele é preconceito, é gente não leu ou leu pela rama. Não estou defendendo a obra dele. Só dizendo que a crítica trata o Paulo com preconceito. O que melhor exemplifica isso é uma frase do Davi Arrigucci Jr., um dos maiores críticos literários do país, respeitabilíssimo, gosto dele, admiro profissionalmente, mas fiz questão de pôr no livro uma frase dele para a Veja sobre a obra do Paulo: "não li e não gostei".
ZH — Passados tantos anos do lançamento de Olga e mais tarde de Chatô, seu nome é sempre associado, junto ao de Ruy Castro, como os desbravadores de um tipo de biografia que agora começa a se consolidar até como mercado. O senhor se considera um desbravador?
Fernando Morais — O Darcy Ribeiro tinha uma frase muito singela, mas de grande sabedoria. Ele dizia que o Brasil é ótimo, o que falta é gente para contar isso. Histórias há. Aqui no Rio Grande do Sul tem várias histórias. Olha o doutor Getúlio, o homem mais importante da História do Brasil, mais importante, na minha opinião, que o Dom Pedro II...
ZH — Um dos projetos não realizados de Paulo Francis era justamente um livro sobre Getúlio com o nome de O Homem que Inventou o Brasil.
Fernando Morais — Exatamente, é o "homem que inventou o Brasil", é o personagem mais importante da nossa história em todos os tempos, mas não tem uma biografia que você possa falar assim: "é essa". Tem o Juremir Machado da Silva, que fez um romance, uma biografia com toda a liberdade literária. Tem o Rubem Fonseca, que pega uma fatia de um período ali no Agosto. Tem uma tentativa do José Augusto Ribeiro, A Era Vargas, em três tomos. O Hélio Silva tem incursões em alguns momentos. Eu próprio namoro o Getúlio há algum tempo, flerto com o Getúlio nos meus livros: Chatô é Getúlio o tempo todo. Olga, Getúlio de novo. Corações Sujos: Getúlio. Montenegro: Getúlio, tanto que o livro começa com a revolução de 1930, ele bombardeando as últimas resistências em Juiz de Fora. Então, tem personagem de sobra. Você vai para o Nordeste, o Brasil que vai da Proclamação da República até a Revolução de 30, é um manancial não só de personagens, mas de episódios interessantíssimos. Eu acho que as pessoas como o Ruy, como eu, que lavram em cima desta área, nã verdade estão aproveitando um espaço que é virgem. E tem uma coisa: quanto mais vai passando o tempo, mais difícil se torna escrever sobre um personagem.
ZH — Porque as pessoas vão morrendo?
Morais — Exato, as pessoas vão morrendo, vai-se perdendo a riqueza dos testemunhos. Getúlio, por exemplo, hoje, você conta nos dedos de uma mão, duas no máximo, o número de pessoas que conviveu com ele. Ele morreu em 1954, há 54 anos. Não convivia com muitos jovens, mais com adultos. Quem tinha 30 anos naquela época, que era muito jovem, teria quase 90 hoje. Hoje eu não teria conseguido fazer o Chatô e nem o Olga. Em Florianópolis, cruzei com uma leitora, uma estudante de jornalismo que estava fazendo como trabalho para o curso uma reportagem sobre Chateaubriand. E ela me perguntou: será que tem alguém que eu poderia entrevistar? Eu sentei com ela ao fim da sessão de autógrafos, peguei o exemplar do livro que ela havia trazido e fui na lista de entrevistados, que são 170, 180 por aí. Havia três vivos. Da Olga não tem mais ninguém vivo. Tem a filha, mas a filha não é testemunha, nunca viu a mãe, foi separada dela ao nascer, e a Anita nasceu em 1936, está com 72 anos. Mas mercado tem. Eu estimulo tanto a garotada. Não pode errar a mão, tem de escolher legal o personagem, porque você tem que ganhar dinheiro. Todos nós, salvo casos excepcionais, vivemos disso, então tem de ser um personagem que seduza o público, para você pagar o tempo que ficou parado escrevendo aquilo e já financiar o próximo.
ZH — É como o senhor trabalha hoje?
Morais — Sim, eu hoje não dependo mais de bolsa ou de concurso. O Chatô, por exemplo, eu fiz com uma bolsa dada pelo Mappin e por uma bolsa de pesquisa dada pela Unicamp, que pagava dois pesquisadores para mim. Como era dinheiro público, eu dei, como contrapartida, um curso que se reproduziu por três semestres para o pessoa de jornalismo e letras contando como eu estava desenvolvendo o livro. Foi sendo desenvolvido em público, eu levava os pesquisadores para a sala de aula, dizia: "olha, ontem eu pautei ele para fazer tal entrevista, o resultado não estava legal, a gente voltou lá, eu fui junto". Acabei dando um curso. E estimulo sempre que posso a moçada a se aventurar. Tem assunto que não acaba mais. E é uma pena que não haja uma institucionalização maior. Você vai nos Estados Unidos pega uma Fundação Ford, o Instituto Smithsonian, vai na Europa pega uma Fundação Guggenheim e diz: quero fazer uma biografia tal. Eles te dão bolsa para pagar equipe. E é dinheiro a fundo perdido, não de incentivo fiscal. Claro, são sociedades que têm uma noção mais refinada da questão filantrópica, no bom sentido. Sempre pergunto para as pessoas: no seu Estado, pega os personagens locais que tiveram dimensão nacional. Aqui, por exemplo, tem Osvaldo Aranha, Flores da Cunha...
ZH — Pinheiro Machado...
Morais — O Pinheiro Machado, claro, eu morro de vontade de fazer uma biografia dele. Pinheiro Machado foi vice-rei do Brasil. O Nelson Rodrigues abre um dos livros dele dizendo que seu primeiro contato com a política, garotinho, de quatro, cinco anos, foi levado a um comício pelo pai. E ele só lembrava de uma coisa: de um sujeito que abriu o discurso dizendo "beijarei o punhal que tirar a vida do Pinheiro Machado!". Imagina você abrir um livro com isso. Um homem que interferiu no Brasil inteiro. Ele daqui do Rio Grande do Sul financiou a República de Princesa, no Interior da Paraíba. Uma república que se não fosse a revolução de 1930 teria durado. O Zé Pereira fecha um município e cria constituição própria, moeda própria...
ZH — É o mesmo episódio que Ariano Suassuna vai recuperar em A Pedra do Reino.
Morais — Exatamente. É a República de Princesa. E o Zé Pereira, que era um fazendeiro sofisticado, com educação na França, muito rico, para lutar contra o João Pessoa dá um golpe sem nenhum paralelo no mundo, que é um golpe municipal. Ele transforma o município numa República, com diário oficial, moeda própria, fronteira cercada por jagunços. Isso em qualquer lugar do planeta já teria dado 10 filmes diferentes.
ZH — O senhor cita na biografia a manifestação de Paulo Coelho em defesa de Paulo César de Araújo, autor do livro sobre Roberto Carlos retirado do mercado por desagradar ao biografado. O senhor também passou por algo parecido quando lançou Na Toca dos Leões. O que representa essa discussão no momento em que o senhor mesmo diz que há um mercado sendo descoberto?
Morais — Isso é um desestímulo muito grande. Os casos mais notórios foram os do Ruy com as filhas do Garrincha, o do Roberto com o menino esse, o Paulo César, e o do Ronaldo Caiado contra mim. Isso assustou muito os editores. Então o que acontece? Tem editora que dá o texto que recebe ou até uma sinopse do livro para o jurídico ler antes. Como que eu vou dar um livro meu para advogado ler para saber se pode ou não publicar? E o judiciário queria me impor uma multa de cinco mil reais para cada vez que eu falasse em público do meu livro. Mas nem na ditadura militar acontecia isso. A ditadura proibiu matéria, mas não proibiu de falar da matéria. Proibiu peça de teatro, mas não falar da peça em público. Então a gente que conviveu com uma censura fardada, está agora convivendo com uma censura togada. Tudo obra do Judiciário, todos os casos: Ruy, meu livro, o do Roberto Carlos. É tudo decisão judicial. Não é que a polícia arbitrariamente entrou na editora e confiscou tudo, foi tudo com ordem de juiz, o que é um troço assustador. Mas isso pode estar com os dias contados. O ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, hoje deputado, apresentou um projeto de lei que está tramitando na Câmara dos Deputados que é chamada "lei das biografias". Basicamente diz o seguinte: "a vida de pessoa pública é pública". Se você não quer que bisbilhotem sua vida, não seja senador, não seja cantor de rock, não seja escritor. Porque senão, quando você for fazer uma biografia do Getúlio, o homem mais importante do último século, os tataranetos dele podem dizer "não, está comprometendo a imagem, sujando a memória do meu tataravô". Que tataravô. Getúlio Vargas não é tataravô de ninguém, é a personagem pública mais importante do Brasil.
ZH _ Na Academia ainda se discute mesmo uma suposta oposição entre a biografia produzida pelo jornalista e um estudo feito por um historiador. O senhor, como jornalista e biógrafo, toma posição nesse debate?
Morais — Eu falo disso de um ponto de vista peculiar porque eu tenho uma relação conjugal com a história. Sou casado com uma historiadora, pós-doutora em História, professora e acho o seguinte: Não há absolutamente nenhum conflito de qualquer natureza. São olhares completamente diferentes. Quer um exemplo? Eu conto no Olga que o Prestes aos 37 anos era virgem. Para um historiador, talvez isso fosse uma informação descartada, porque a virgindade dele não teve nenhuma interferência na história do Movimento Operário no Brasil, do Movimento Comunista. Portanto, seria descartado. Mas se você está fazendo a biografia de uma mulher que aos vinte e poucos anos já tinha se casado duas ou três vezes, se apaixona pelo sujeito que ela está custodiando, que é bem mais velho do que ela e descobre que o sujeito é virgem na noite em que os dois dormem num navio de luxo... Bom, eu sou avesso a bisbilhotice, à fofoca, mas é uma informação relevante para você entender o personagem. Dei isso no livro com o maior cuidado, foi uma dureza escrever aquilo para que não ficasse uma bisbilhotice. Mas tinha que dar. Isso é um exemplo de que são olhares diferentes, e eu acho que se ajudam mutuamente. Acho que se um acadêmico for escrever sobre os cem anos da imigração japonesa, vai encontrar uma contribuição no meu livro Corações Sujos. Porque eu varejei montanhas de papéis, de arquivos, no Japão, no Brasil, no Banco Central... O cerco aos chamados "súditos do Eixo". Tem informação ali abundante para o sujeito usar e interpretar, o que eu não faço. No meu caso a interpretação é do leitor. No do historiador não, ele diz o que ele acha o que significou ou deixou de significar essa ou aquela informação. Então eu não acho que haja choque. O que tem é que de vez em quando levanta um ou outro, já que tem muito acadêmico que não se preocupa com a estética do texto que os jornalista têm por obrigação, elaborar o texto, burilar... isso às vezes faz com que livros escritos por jornalistas vendam mais do que livros escritos por acadêmicos e gera um certo mal estar. E aí reclamam que jornalista é superficial. Pega o exemplo da obra do Elio Gaspari sobre a ditadura. vai dizer que aquilo é superficial? É a história da ditadura com moldura ali. Daqui a 500 anos quem quiser entender a ditadura militar brasileira terá de passar pelos livros do Elio Gaspari.
ZH — O senhor já tem outro projeto em vista?
Morais — Estou dando um tempo, vivendo um movimento singular na minha vida: pela primeira vez em vinte e tantos anos eu termino um livro sem estar devendo nada para ninguém. Não me comprometi com nenhum editor, não tenho nenhum livro vendido, não recebi nenhum adiantamento, então estou tirando esse tempo para refletir. Eu tenho duas tentações me acossando: uma delas é fazer um livro de fôlego mais curto, que eu possa fazer em dois, três anos, e outro é fazer uma biografia do Getúlio. É um projeto que eu precisaria ficar 10 anos trabalhando, mas eu precisaria de financiamento. Não tenho dinheiro para ficar uma década pesquisando sem receita e pagando outros. Porque eu não tenho equipe, mas no caso do Getúlio precisaria ter uns quatro ou cinco pesquisadores aqui no Sul para me ajudar. Vou ter que ter uma no Rio de Janeiro. Isso envolve muito recurso. Não quero receber adiantamento de royalties porque isso no fundo é tirar do seu próprio bolso. Não é "luva". Mas editoras tem. Tem vários editores interessados, já se pensou em fazer como o Gaspari, dividir em três tomos os três Getúlios na minha cabeça. O primeiro é o de 1930, revolucionário, que inventa o Brasil Nação, transforma um arquipélago de coronéis, barões do café, estancieiros, em um continente. O segundo é o ditador, o Getúlio da Olga. E o terceiro é o "Doutor Getúlio", o "pai dos pobres", o que dá o tiro no coração, o "chefe mais amado da nação", como diz o Chico Buarque. Então a tentação é muito, muito grande. Mas eu não quero pensar nessas coisa agora. Se eu não fizer o livro do Getúlio, vou fazer uma história de espionagem.
ZH — Ficção?
Morais — Não, pra que ficção com uma realidade dessas? É um episódio cubano. Cinco agentes que Cuba infiltra na Máfia cubana de Miami e na CIA para mandarem informações para Havana sobre os atentados que a Máfia de Miami faz contra Cuba, e que são apanhados pela CIA e são condenados a prisão perpétua. Quero contar essa história, como foi para cada um deles, qual era o disfarce, o que cada um dizia pra mulher, pros filhos em Cuba. Por outro lado qual a documentação que a CIA tem sobre isso. Tem troca de cartas secretas entre Fidel Castro e Bill Clinton que iam pelo Gabriel García-Márquez, que fazia o papel de pombo-correio. É uma história saborosíssima, mas vai me consumir três anos de trabalho, e eu não sou mais uma criança.
Bendito o que semeia livros. Quase não tínhamos livros em casa. Deus o livro, livrai-nos do mal. Neste espaço, o editor de livros de Zero Hora, Carlos André Moreira, partilha com os leitores informações, comentários, curiosidades, dicas, surpresas, decepções, perguntas, dúvidas, impressões, indiferenças e todas as outras tantas sensações proporcionadas pelos livros e pela leitura, esses prazeres tão secretos que merecem ser compartilhados.
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