Quem diria... em apenas 1h08min de jogo, as brasileiras atropelaram as italianas e são as líderes do grupo em Pequim. Com parciais 25 a 16, 25 a 22 e 25 a 17, um fundamento foi imprescindível na vitória: o bloqueio. A eficiência da seleção de Zé Roberto neste quesito é inquestionável.
Foram 19 pontos anotados por uma barreira entrosada e bem treinada, que cuida muito bem do saque, colocando a bola em quadra com direção e efeito, para garantir o ponto "surpresa" barrando o ataque adversário.
Este foi o jogo com maior tempo de rali que eu assisti até agora na Olimpíada. A bola simplesmente não caía. Defesas impressionantes, nenhum sinal de desistência, nem mesmo de cansaço, apesar do técnico ter mantido o mesmo time do começo ao fim, sem, sequer, inverter o 5 a 1, com Mari e Paula na ponta, Walewska e Fabiana no meio, Scheila na saída-de-rede e Fofão no levantamento, com Fabi de líbero.
As titulares absolutas confirmaram que tem jogo para ganhar de qualquer um em Pequim. Além da técnica das brasileiras e da estratégia de surpreender o adversário e fazer uso da vantagem de sacar, o time demonstrou flexibilidade e bom estudo das adversárias.
A cubana naturalizada na Itália, Taismary Agüero, simplesmente não jogou. Bem marcada, a melhor jogadora do mundo chegou a ficar assustada com a muralha brasileira e mandar bolas para fora. A Itália, pelo contrário do Brasil, pecou em seu determinismo na partida, usou demais Piccinini, que eu não considero uma estrela do time. Antes tivesse aproveitado mais Martina Guiggi e Simona Gioli.
De qualquer forma, fomos melhores, do começo ao fim, talvez nem tanto no ataque, pelo simples fato de que anotávamos os pontos antes mesmo de chegar nele. E que venha o Japão.
Em tempo: A segurança que Paula Pequeno passa à equipe é um ponto a ser ressaltado. Foi a jogadora que ficou mais tempo em seqüências de saque e garantiu estabilidade ao Brasil. Mari não foi tão brilhante hoje, o conjunto se sobressaiu mais. Scheilla, guerreira, fez um ponto memorável: uma diagonal curta na linha dos três. Um jogo para ser lembrado e relembrado por este blog, como demonstração de força, garra e união da seleção feminina.
Blogueiros: Luciano Smanioto e Bruna Bernardes Das quadras para a redação. Luciano Smanioto foi ponteiro e jogou vôlei até os 24 anos. Foi parar no jornalismo e neste blog comenta as partidas e as equipes da Superliga Nacional, Liga Mundial, entre outras competições que envolvem o esporte.
Bruna Bernardes jogou profissionalmente como oposta. Largou as quadras em 2006, depois de ter atuado em clubes do Brasil e da Espanha. Foi parar no jornalismo e agora passa a escrever sobre o esporte que acompanha bem de perto desde os 10 anos, quando começou a jogar.
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