Êxtase da torcedora em foto de rara felicidade de Flávio Neves |
![]() |
Piores pesadelos renascem
O jogo era "copeiro", bem ao estilo que consagrou o Grêmio e para o qual o Figueira estava sendo desafiado. Era preciso usar a alma na partida. Neste tipo de situação, a tradição do time gaúcho não só falou mais alto como a goleada de 7 a 1 foi um dos momentos mais lamentáveis vividos pelo Figueirense na sua história de Série A.
E o árbitro mostrou que estava no espírito. Não era qualquer falta que seria marcada, precisava ser realmente FALTONA, das grandes. Por este motivo, Paulo Cesar de Oliveira ignorou dois choques em que Marquinhos caiu na área gremista, aos oito e aos 14 minutos.
O primeiro tempo até foi digno para o alvinegro. Mas o gol do Grêmio, que não teve nada relacionado com arbitragem, foi justo. O placar foi aberto ao estilo gaúcho, roubando a bola no meio-campo, fazendo ligação rápida, trocando passes de cabeça e achando Perea livre. Eram 18 minutos da etapa inicial.
A bola aérea. Fatal não estar bem preparado para ela diante do Grêmio. Num escanteio, aos 28 minutos, a zaga se complicou toda, incluindo Wilson, e Perea, esperto, nem usou a cabeça para fazer 2 a 0.
A artilharia aérea do tricolor gaúcho, contudo, não funcionaria se não estivesse sendo municiada. E, neste ponto, residiu o problema alvinegro: o meio-campo foi dominado. A marcação do Grêmio funcionou melhor, foi mais ativa.
Mas jogo copeiro, é assim: tem susto reservado. E quem reabriria o espetáculo para o Figueira: Paulo Sérgio, que determinou o pênalti. Batido com paradinha, por quem? O ex-colorado Cleiton Xavier fez 2 a 1 e deixou as coisas indefinidas.
Colapso na zaga na segunda etapa
Perea, logo aos quatro minutos apresentou seu cartão de visita, novamente, duas vezes. Quase fez o terceiro, em dois lances. A zaga alvinegra, em especial Asprilla, não encontrou o timing para bloquear as ações do atacante gremista.
Mas estava reservado para Marcel o terceiro gol. Como? Na jogada aérea. Uma grande jogada de Tcheco, é verdade. Mas em jogo disputado, sem espaço para erros, tomar um banho no jogo aéreo é fatal.
E o quarto gol coroou o grande desempenho de Perea. Soberano. O quinto, sexto e sétimo gols, os da humilhação, já ficaram por conta do abatimento do time.
A bola aérea era o ponto forte do Grêmio. E o ponto fraco, historicamente, do Figueira. Com Gallo, no Estadual e no início do Brasileiro, com Macuglia e, pelo jeito, com PC, cruzamento na área alvinegra é sinônimo de desespero. De longe, dá para ver que a culpa não era dos técnicos nesta deficiência.
Para completar, forçoso dizer, PC confirma que mexer no time não chega a ser seu forte. O Grêmio era superior no meio. Enfraquecer o setor, abrindo o time, tirando Diogo e Magal e colocando Wellingtonn Amorim e Leandro mostrou-se fatal.
O Grêmio encerra um tabu de cinco anos sem vencer o time catarinense. Em grande estilo, chegando a liderança e com goleada.
Ao Figueira, fica a preocupação com uma goleada inesquecível. Mais uma no Brasileiro. Os piores pesadelos estão de volta.
Dúvidas Frequentes | Fale conosco | Anuncie - © 2009 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.