Um gol bonito. E só. O resto foi horrível!Foto: Flávio Neves |
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Aquele conceito de que o que vale é vencer, mesmo sem jogar bem, só se aplica quando os adversários têm um mínimo de equivalência. Na noite desta quinta-feira, no jogo do Figueirense contra o Tubarão, pode parecer estranho cobrar de um time um melhor resultado, já no primeiro tempo, quando a equipe termina vencendo por 1 a 0. Mas diante da qualidade baixíssima do adversário do Sul do Estado, ir para o vestiário, jogando nos seus domínios, vencendo só por um gol de diferença já foi constrangedor para Gallo e Cia. Não precisava nem jogar bem, o que, de fato, não ocorreu, mas pelo menos ter criado mais chances de gol. Se Wellington Amorim marcou um golaço, perdeu um outro dos chamados "feitos", seguido por Xavier, Diogo e Tuta. Faltou dinâmica de jogo, triangulação, pressão, interesse, enfim, uma frieza que não combina com um time às vésperas de um clássico. Forçoso dizer que esta situação, de começar o jogo como se estivesse em outro planeta, custou ao alvinegro um banho de bola diante do Criciúma na primeira etapa do clássico da última rodada. Necessário lembrar que a novela Diogo cruzando errado, Tuta embolado na entrada da área, Makelelê relembrando Carlinhos, falta de criatividade nas triangulações, tudo foi reeditado nos 45 minutos iniciais. Gallo não aprendeu a lição do Sul? Tigre, Leão, Tubarão, Gallo, é muito bicho Toda esta crítica em relação à etapa inicial é para lembrar aos alvinegros que, se assim for, domingo, diante do Avaí, novamente o time vai correr um risco desnecessário, pois, na brincadeira dos bichos, o Tigre e o Leão valem mais que o Tubarão. E, para não perder o trocadilho, o técnico não vai conseguir cantar de Gallo. Noves fora, havia ficado para o segundo tempo a necessidade de conseguir uma goleada. Corrigindo, a obrigação. Afinal, é grande a possibilidade de Figueirense e Criciúma decidirem no saldo a situação na rodada final. Para um time de Série A, com mais preparo físico, mais dinheiro no bolso dos atletas e comissão técnica, mais infra-estrutura, restava dar a resposta esperada após o intervalo. Sem essa de que o time estava com a cabeça no clássico, os atletas não queriam machucar-se etc. O jogo era importante. O saldo era imperioso. A curiosidade ficava por conta de como seria a movimentação de Fernandes. A idéia era ver seu presente e pensar no futuro, caso Fabri não se recupere de lesão que o tirou de campo ainda na primeira etapa. É preciso dar um desconto, por ser o primeiro jogo na volta de lesão muscular, mas, para o clássico, só entrando no segundo tempo. E o Figueirense? Nem parece que o técnico conversou com o time no vestiário. A mesma apatia, a mesma pobreza de soluções e uma grande incógnita: a superação de um clássico vai devolver ao Figueirense o futebol esquecido nos dois últimos jogos? O desempenho de ontem foi daqueles para devolver o dinheiro do ingresso para o torcedor. O que se viu foi uma coleção de cruzamentos sem propósito, chutes sem direção, um vazio existencial invadiu o 11 alvinegro. Lembra do Makelelê, o aprendiz de Carlinhos? Foi expulso infantilmente. E o Cidade Azul? Só não empatou porque, realmente, será um dos rebaixados. Chances teve pelo menos três.
Ah, já ia esquecendo: e o Audilian, o árbitro estreante no profissional? Vinha bem, vinha bem, até não dar um pênalti em Edu Sales e invalidar um gol legítimo do próprio Edu Sales, no finzinho do jogo. Mesmo assim, passou no teste e não influenciou no resultado, já que os lances não foram daqueles claríssimos, eram passíveis de interpretação.
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