Felipe Santana marcou bem e começou a viradaFoto: Rodrigo Goularte, Diário do Iguaçu |
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O torcedor do Criciúma sentou no camarote virtual, ontem, e observou, com deleite:
- O Atlético, de Ibirama, conseguir ficar atrás, em Tubarão, por três vezes. O clube do Sul até sofreu de sua "empatite", cedendo a igualdade por duas vezes, mas queria acabar com o grandioso vexame que produzia na competição. Chegou aos 3 a 2 e aos 4 a 2. O Atlético ainda descontou no final. Nem o mais otimista criciumense acreditaria que o atrevido Atlético seria o primeiro trouxa a perder para o Cidade Azul.
No mesmo camarote, com indiferença, mas uma ponta de regozijo, os tricolores do Sul viram:
- O drama do outrora rival Joinville, em Brusque. O tricolor do Norte foi ao Augusto Bauer lamber suas feridas e começou atrás, gol do excelente Arley, atleta que merece o olhar dos "grandes". Deu Brusque 1 a 0 no JEC.
- Um potencial adversário no returno, o Marcílio Dias, visitar um Guarani que queria a primeira vitória na etapa. O vovô Genílson fez o Marinheiro sair na frente, Diogo empatou e virou para o Guarani, mas Eder Ceccon recuperou a igualdade. O Bugre não viu a cor da vitória no returno. Deu 2 a 2.
E, com desencanto e preocupação, na poltrona da tribuna de honra, os fãs do Tigre observaram:
- O Figueirense, que não vencia em Chapecó desde 2004, sair atrás do Verdão no primeiro tempo. Cadu confirmou que gosta de maltratar os alvinegros. Na segunda etapa, Felipe Santana deixou tudo igual. E Wellington Amorin virou o placar. Cheio de moral e firme na luta pelo título antecipado, Fabri ainda consolidou a vitória. Final alvinegro 3 a 1.
Moral do camarote imaginário:
Para completar, todas as torcidas, menos a do Leão, claro, vão se juntar no camarote, nesta quinta-feira, para secar o azurra em duas frentes: no TJD e em campo, contra o Metropolitano. O Criciúma e o Figueirense serão os anfitriões, louquinhos para terminar a semana encaminhando um duelo particular pelo título.
Apêndice com observações de Chapecoense 1 x 3 Figueirense
1º tempo
- A festa da torcida, no Estádio Índio Condá, é sempre um espetáculo à parte.
- O alvinegro, com um 3-6-1, começou melhor no jogo, mostrando mais ímpeto e domínio da posse de bola.
- Mas não há quem resista a um problema que assola o Figueira desde o início da competição: não sabe conter bola aérea.
- E Cadu sabe disso como ninguém. Aprendeu no Scarpelli, reproduziu no Condá. Quem não aprendeu, para repassar a seus atletas, foi o técnico Gallo. Perdi as contas de quantos gols de bola aérea o Figueira tomou no campeonato.
- Depois, até o final do primeiro tempo, a mesma ladainha: o Figueira até apertando, mas a Chapecoense sempre com boas chances de gol e Wilson produzindo, pelo menos, uma defesa de alta complexidade.
- Vale ressaltar que Luiz Carlos Cruz conseguiu, na primeira etapa, neutralizar o principal motor alvinegro, Cleiton Xavier. Gallo, por sua vez, sucumbiu, novamente, diante de Cadu. Não aprendeu a lição, ou não teve capacidade para solucionar a questão. Particularmente, fico com as duas hipóteses.
- E, para não deixar passar, aos 35 minutos, o árbitro fez vistas grossas a um pênalti de Asprilla em Éder. Um escândalo!
2º tempo
- Eis que Gallo resolveu colocar Tuta, na vaga de Luiz Henrique, e Marquinho, no lugar de Prates. Prates foi sacado, provavelmente, porque já tinha amarelo. O outro caso, obviamente, foi para soltar o time e apostar nas bolas aéreas.
- Antes que desse para perceber as mudanças táticas, Felipe Santana encaixou um míssil lindo e empatou.
- Se Gallo tomou um banho tático na etapa inicial, deu o troco no intervalo. Conseguiu o elemento surpresa, abrindo um corredor para Felipe Santana desfilar no tapete do Condá.
- A Chapecoense começou a ver o Figueirense voar. Wellington Amorin fez o que os boleiros chamam de "bucha" para virar.
- Quando Fabri marcou o terceiro gol alvinegro, a torcida de Chapecó, que tanta festa fizera, já deixava, murcha, o estádio.
- No final, expulsões para não perder a fama de jogo tenso entre Verdão e alvinegro.
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