Foto: Flávio Neves |
Os turnos do Catarinense são compostos por três clássicos para cada grande. Cada um destes jogos é uma pequena final.
O Figueirense venceu o JEC e o Criciúma, mas desperdiçou a poupança em jogos contra Brusque, Guarani e Tubarão.
O Joinville havia perdido uma para o Figueirense, empatado com o Criciúma e agora perdeu do Avaí. Assim, está condenado.
O Criciúma empatara uma com o Joinville e perdera outra para o Figueirense. Ainda vai encarar o Avaí.
O Avaí perdeu a virgindade ontem. Encarou sua primeira "pequena final". Um teste e tanto para a liderança construída com muita competência, porém questionada pelos rivais por ter sido moldada diante de adversários teoricamente menos exigentes.
O argumento da inferioridade dos adversários era fraco. O Avaí mostrou que ganha por que tem qualidade. E ponto. Foi, ontem, o melhor jogo do campeonato até agora. O mais gostoso de assistir.
Para conferir - como canta a torcida azul - se ninguém cala, mesmo, o Leão, nada melhor que um clássico no domingo. Haja coração!
Confronto de estilos diferentes
Ontem, na Ressacada, o ambiente era atípico, elétrico. O tropeço do rival, o jogo difícil pela frente e a proximidade do clássico da Capital conferiram à galera azurra uma eletricidade ainda maior que o natural.
A torcida estava ligada em 220 volts. Passou esta "ligadeira" a Eduardo Martini, que aos 12 minutos fez uma defesa de alto grau de dificuldade.
Mesmo vendo o time ser levemente dominado, a torcida não parou de cantar e, no grito, aos 13 minutos, parece ter ajudado um cabeceio certeiro joinvilense explodir na trave. Aos 29 minutos, outra bola explodiria no poste.
Dois estilos diferentes de praticar o futebol estavam desfilando no gramado. O Joinville ocupava melhor os espaços, cadenciava.
O ataque do Avaí, contudo, tem explosões incontroláveis, incisivas. Tanto que carregou a dupla de zaga tricolor com amarelos já na metade do primeiro tempo. E nunca deixou de incomodar o goleiro, até que Bebeto, aos 31 minutos, fez explodir a nação azul.
No segundo tempo, o espetáculo lamentável protagonizado pelo técnico Waldemar Lemos que, mesmo expulso, voltou para incomodar, mostrava que o Joinville não seria o mesmo.
O JEC era outro, atordoado; o Avaí, o mesmo: atacando de todas as formas, sempre ameaçador. Quando o Joinville esboçou ataques, Martini esteve sempre seguro.
O técnico Ramirez estava com uma boa leitura do jogo. Marquinhos estava contribuindo abaixo do seu potencial, deu lugar a Juliano.
Quem manteve o ritmo inabalável foi Bebeto: o atacante vai participar dos pesadelos dos defensores do Joinville na madrugada desta quinta-feira. Batista fechou a goleada.
Marcílio desencanta e Criciúma mostra força
Tá certo que o Marinheiro goleou o Juventus, que junto com o Guarani e o Cidade Azul são os candidatos ao rebaixamento.
Mas muita gente boa não conseguiu resultados diante destes times. Apesar da decepção na largada e de ter um time com uma média de idade um pouco alta, o Marcílio tem bons valores e pode crescer a tempo de incomodar no segundo turno.
E o Criciúma manteve-se para lá de vivo. Tem confronto direto com o Avaí, basta mostrar força diante do Brusque, no próximo domingo.
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