Fabri teve excelente estréiaFoto: Flávio Neves |
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O Figueirense encaixou no meio-de-campo. O técnico Alexandre Gallo, desta vez, mandou bem e taticamente solucionou problemas de mecânica do time, e conquistou uma expressiva vitória de 4 a 2 no Scarpelli.
Agora, a dor de cabeça para o técnico é fazer sua zaga manter a regularidade durante os 90 minutos. Por pouco, a falta de atenção e entendimento não transformou um 3 a 0 num empate que, pelo domínio alvinegro no jogo, seria desastroso.
O meio-campo do Figueirense fluiu ajudado por uma presença mais caprichada de Cleiton Xavier e pela boa estréia de Rodrigo Fabri.
Carlinhos, então, com menos responsabilidade, conseguiu fazer suas funções de proteção.
Diogo eliminou a avenida na ala direita e apoiou com competência.
César Prates, até se machucar, também fez o feijão com arroz e deu o recado na ala esquerda.
Perguntinha: com a lesão de Prates, o Figueira vai improvisar até o final do Estadual nas alas? Os laterais da Copinha, Júlio Cesar e/ou Massari, não mereceriam uma atenção? Carlinhos, vem ou não vem?
Bom, pelo menos Marquinho Júnior, uma das revelações dos juniores, entrou na partida para ganhar "cancha". Mostrou personalidade o garoto, com um belo gol, um chute forte, coisa de quem tem estrela e futuro.
Erros na saída de bola foram fatais para o Tigre
No seu segundo clássico consecutivo (no primeiro empatou em 1 a 1 com o JEC), o Criciúma facilitou as coisas para o Figueirense e mostrou que sua liderança não era uma realidade sólida.
Logo a um minuto, a falta de Claudio Luiz seria sentida numa bobeira da zaga. Claiton Xavier agradeceu, tentou o chute e contou com o oportunismo de Edu Sales para abrir o placar.
Aos 12 minutos, em jogada aguda pela esquerda (já era a terceira infiltração por aquele setor, nas outras com César Prates), Wellington Amorin encontrou Sales sozinho para fazer o 2 a 0.
No primeiro tempo, o Tigre ainda cometeu três erros de saída de bola que proporcionaram ataques perigosos ao alvinegro.
O treinador pensou mal o time e facilitou a vida do Figueira, que não tem culpa da má distribuição do time do Sul em campo e soube aproveitar as chances.
No segundo tempo, o Figueira começou senhor da partida. O gol de Marquinho parecia ser a pá de cal no visitante.
O improviso nas duas alas alvinegras foi sentido, no entanto, somados ao fim da desordem tática do Criciúma e a uma perigosa acomodação do time do Estreito.
Quando a torcida ensaiava um "olé", o Criciúma respondeu a tentativa de humilhação vinda das arquibancada com gols.
Primeiro, marcou com Jael. Depois, Beto, jogador incisivo e lutador, fez o segundo.
Por muito pouco, o Figueirense não entregou um jogo em que dominou por 3/4 do tempo. Só no finzinho, o gol de Marquinhos deixou a torcida respirar aliviada.
A (boa) participação de Fabri no clássico
No primeiro tempo, Fabri tentou encontrar seu espaço no time. Deu sorte pelo fato do Figueira achar o gol logo no início, então ficou à vontade em campo.
Até uma roubada de bola que originou contra-ataque conseguiu. Não foi o nome mais importante da partida, mas para a estréia teve participação razoável, dando leveza e dinâmica ao setor e obrigando o adversário a ter atenção na sua marcação.
No segundo tempo, arriscou jogadas na linha de fundo, fez um lançamento perfeito, que resultou no decorrer da jogada no terceiro gol, ousou com bons passes e dois belos chutes a gol, um deles depois de tirar o marcador para dançar.
Logo depois pediu substituição e saiu. Missão cumprida na estréia. Parece que, mais uma vez, o Figueirense vai recuperar um atleta de categoria para o futebol brasileiro.
Confira os números de Fabri na partida:
Chutes a gol: 2
Passes certos:6
Passes errados: 1
Faltas cobradas: 0
Escanteios cobrados: 1
Cabeceios: 2
Faltas sofridas: 5
Destaques do Figueirense
Edu Salles tem estrela mesmo. E faro de gol. Mostrou que cultiva aquela importante calma - fundamental para atacantes - para concluir em situações de bastante pressão. Ajudou a liberar Wellington Amorin, que chamou a marcação e deixou Sales à vontade para marcar dois gols em 12 minutos.
Wellington Amorin segue regularíssimo, insinuante, perigoso. É melhor contratação feita por um clube catarinense no ano.
Cleiton Xavier finalmente jogou, deu ritmo ao meio-campo, mostrando que pode fazer boa parceria.
Ponto fraco do Figueirense
A zaga ainda não encontrou o entrosamento para evitar lances de perigo desnecessários. No clássico de ontem foram erros de posicionamento que proporcionaram as melhores chances do Tigre e quase determinaram o empate do Criciúma.
Destaques do Criciúma
Mateus esboçou algumas jogadas trabalhadas no meio, mas está órfão de companheiros que permitam a ele dialogar neste setor. Desapareceu, contudo, no segundo tempo.
Beto mostrou disposição, ímpeto e arriscou bons chutes ao gol. Mas o Figueirense ocupou bem os espaços e não deixou o jogo à feição para os contra-ataques, que é a proposta de jogo do Tigre no atual Catarinense. Quando o Figueira se acomodou, Beto voltou a mostrar serviço.
Ponto fraco do Criciúma
O técnico Leandro Machado fez lambança. Avaliou mal a perda de Claudio Luiz e, aos 20 minutos, foi obrigado a tirar Paraná e colocar Jean Coral.
Machado não leu bem o tipo de jogo que o Figueirense iria impor e perdeu o jogo já nos minutos iniciais.
A desordem era tanta, que não foram poucos os momentos em que o zagueiro Silvio Criciúma apareceu na armação de meio-campo.
Depois arrumou a confusão por ele protagonizada e quase conseguiu buscar um ponto.
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