Marquinho levou um banho na ala. E o Figueira mando lateral embora...Foto: Jandyr Nascimento |
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Eu sou você amanhã
Sabe aquele filme "Eu sou você amanhã"? Bem que o Gallo tentou imitar o que o Mário Sérgio tinha de pior: o medo. Ou o que o técnico rival Ramirez já abandonou: a retranca. E entrou com três zagueiros para começar o jogo em Brusque.
Um jogador diferenciado, Wellington Amorin, daqueles que não perdoa, mata e já está entre os meus candidatos a craque do campeonato, driblou o esquema cauteloso (como se o Brusque merecesse tanta cautela, com todo respeito ao esforçado e até promissor time do Vale do Itajaí) e abriu o placar.
Depois, no segundo tempo, Amorin seria sacado do jogo, quando estava 2 a 2. Dá para entender? Logo ele, que nem cansaço aparentava?
Uma análise fria dos grupos de jogadores remeteria a um favoritismo do Figueirense no duelo. O campo encharcado (êta drenagem xoxa, hein?) e um alvinegro em marcha lenta ajudaram a derrubar qualquer teoria nos primeiros 45 minutos.
O Figueirense teve uma ótima chance de gol primeiro, mas quem merecia sair à frente no placar, pelo volume de ataques perigosos, sempre foi o Brusque. Detalhe: o gol anulado que revoltou os brusquenses nesta etapa foi muito bem invalidado pela arbitragem.
O empate, em uma das tantas avenidas concedidas pela zaga (ironia do destino, reforçada com os tais três zagueiros) serviu de caminho para o empate.
Agora, convenhamos, já estamos na 4ª rodada e a desculpa de falta de entrosamento para o Figueira não cola mais. Se o Ruy não servia, então na mesma barca se encaixaria, com perfeição, o César Prates.
Mr Hyde e Dr Jekyll
No segundo tempo, tal qual o médico e o monstro, Gallo abandonou sua versão monstrenga e medicou o time. Tirou o amarrador Prates e lançou Edu Sales. Convenhamos, estrela a segunda versão do Gallo tem.
Também tem estrela o Sales. Que golaço. Milimétrico o chute do cara. Na hora certa, no minuto inicial.
O Figueira time grande, que se impõe, contudo, não apareceu por completo, já que passou a trabalhar num 3-4-3 até aceitável, mas que só existiu pela necessidade e, não, por filosofia, o que não deixava de ser preocupante.
Afinal, contra a Chapecoense não havia sido a travadeira no meio-campo que incomodou? Então congestioná-lo com homens de habilidade duvidosa não seria a antítese do esperado? Sei, sei, o gramado era pesado, coisa e tal, mas isso é papo de time sem qualidade.
Os deuses do futebol estavam animados e interessados naquela peleja em Brusque. Tanto que o empate do time da casa foi um teste para ver se o Figueirense estaria insistindo em complicar sua briga pelo turno.
Ao final, o Figueira, junto com a chuva, molhou um pouquinho o cartão de visita que o apresenta como candidato ao título. Mas tá guardado na carteira, afinal tem os clássicos pela frente para se recuperar. Claro, se o Gallo aprendeu a lição, né?
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