Foto: Ricardo Duarte |
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Quando, às 9h de hoje, Mauro Ovelha tentou ligar sua caminhonete Ranger, cabine dupla, na garagem do Hotel Eston, no centro de Chapecó, e esta não pegou, o técnico da Chapecoense ficou pensativo. A bateria que lhe deixou na mão não poderia faltar, também, a seu time, sete horas depois, diante do Avaí, no Estádio Índio Condá. Não faltou. Ovelha e sua equipe saíram felizes dos primeiros 90 minutos, venceram os avaianos, por 3 a 1, e desmancharam a vantagem azurra.
No mesmo hotel, os jogadores passaram os últimos dias descansando, recarregando as baterias para o primeiro jogo da final. O que faltou ao carro do técnico, não faltou aos atletas. Muita determinação, marcação, um time que parece um trator destes que abundam nas lavouras do Oeste, entrou em ação desde o primeiro minuto.
Em terra de índio brabo, pegada, raça, algo muito perto de fúria, não falta. Mas o time avaiano não está na decisão por acaso. Chegou, contudo, com desfalques. Caio e Emerson nem viajaram. Silas optou por um 3-6-1 respeitador para com a Chapecoense. Medina deixou o time, Ferdinando foi escolhido, junto com Wendell Falcão e Lima ficou no ataque. No time do Oeste, sem novidades na escalação.
A primeira etapa foi digna de uma decisão. Terminou 1 a 1, com muita polêmica, a começar pelo primeiro gol. A televisão mostrou que houve impedimento e até a mão foi usada. A arbitragem não viu e o Verdão saiu na frente, com Rômulo. O empate veio logo depois, com William. Este havia recém entrado no lugar de Marquinhos, que sentiu lesão muscular. Também houve reclamação do pessoal do Oeste, pedindo pênalti de Wendell Falcão em Rômulo.
As arquibancadas pulsavam. No segundo tempo, a torcida do Verdão empurrava o time, pedia pressão, deixava mais massacrante o calor que fazia em Chapecó. Um sol para cada atleta em campo, perturbador, desafiador.
O Avaí até controlava as ações. Nos 15 minutos finais, contudo, o time da casa partiu para o tudo ou nada. Deu tudo. Quando o Avaí pressionava, num contra-ataque, aos 33 minutos, o time de Chapecó pegou a defesa desarrumada e Fabinho marcou o gol. Badé, noutro contra-ataque, encaixou um potente chute, lindo, e matou o jogo: 3 a 1, aos 40 minutos.
Quando chegar às 23h, a partida já estiver terminada há mais de 7 horas, já estiver encerrada a festa nas ruas, fechada a conta no hotel de concentração, Ovelha poderá, então, dar ignição no seu carro (já devidamente consertado por um mecânico). Com a certeza de que o imprevisto, no início do seu dia, não fora um mau presságio. E já com a cabeça longe, concentrada no trabalho para a semana que vem, na Ressacada.
No próximo domingo, às 16h, vamos prestar atenção como Silas vai acordar, no hotel de concentração avaiano. Para ver como o treinador começará o dia em que terá de, obrigatoriamente, vencer a Chapecoense para provocar uma prorrogação e tentar deixar feliz a nação azul. O primeiro capítulo, foi favorável ao povo vestido de verde.
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