Avaí está confuso em campo e abalado psicologicamenteFoto: Jandyr Nascimento |
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O jogo entre Marcílio Dias e Avaí, na noite deste domingo, no Estádio Hercílio Luz, em Itajaí, tinha a força de determinar destinos.
O Marinheiro, de quem muito se esperava, já um dos representantes catarinenses na Série C, poderia fazê-lo de forma vergonhosa: na segunda divisão do Catarinense. A vitória pode começar a reverter esta situação incômoda.
Já em relação ao Avaí, ninguém saberia analisar, antes da bola rolar, se o time já teria juntado os cacos da desestruturação psicológica que estava instalada no grupo.
A verdade é que, ou o azurra usava este difícil jogo para retomar a confiança, ou o segundo turno escorreria pelo ralo.
O primeiro,de quatro toques de maldade na partida, foi o primeiro gol ter saído justamente dos pés do experiente Genilson. No Avaí, não rendeu o que se esperava, mas, quando no Figueira e, agora, no Marcílio, é carrasco do Leão.
Não adianta mais reclamar das arbitragens. É cruel, mas a única solução para reerguer o time e ainda sonhar com algo é mudar a comissão técnica.
O treinador perdeu o controle do grupo de jogadores. O zagueiro Emerson, estreante, lembrou o Paulão. Estava completamente perdido na área no lance do gol. Isso é falta de posicionamento, que deveria ter sido ajeitado esta semana que o Avaí teve para treinar.
Toques de maldade do destino
O segundo gol marcilista adveio de uma bola perdida no meio campo, num momento em que o setor estava totalmente desorganizado. Este tipo de situação está mal resolvida por Ramirez.
A troca de goleiro, decisão do técnico, também ajudou a desestabilizar o grupo. Eis que, ontem, novamente houve mal posicionamento de Pizzato no segundo gol e falha no terceiro gol.
Para completar, no que seria o gol de empate avaiano no primeiro tempo, o bandeira Hosnei Scherer errou absurdamente ao marcar impedimento de Paulão. Desnorteado com seus problemas internos, o Avaí não precisava também sofrer mais uma vez com as arbitragens ruins. É verdade que o mesmo bandeira errou pelo menos outros dois impedimentos, no segundo tempo, em lances decisivos para o Marinheiro.
O castigo com o segundo gol, novamente foi maldade do destino: o autor? Michel, de quem os avaianos bem lembram.
Bebeto trouxe a esperança de volta aos 35 minutos, até com justiça, porque o Avaí, até tomar o segundo gol, já estava melhor no duelo.
Leão está sem confiança
No segundo tempo, mais uma chance para Ramirez tentar recuperar o lado psicológico dos atletas. Até porque, time, o Avaí provou que tem bons nomes, com a campanha que fez até desandar nas duas últimas rodadas do turno.
Mas a realidade do segundo tempo foi um raio-x do Avaí desde que o time descontrolou-se. Tem o domínio da posse de bola, agride o adversário, mas fica permanentemente exposto a perigosos contra-ataques.
Os avaianos chegaram ao empate com Juliano, que encaixou um belo chute numa falta. Mas a maldade continuou. Quem fez o gol da vitória do Marinheiro: o ex-alvinegro Felipe Oliveira. E o quarto gol? O ex-avaiano Eder Ceccon. O Azurra ainda descontou de pênalti.
Dá para entender, em parte, a forte reclamação com a arbitragem, mas o departamento de futebol não pode levar esta questão acima de uma ação mais efetiva para tentar salvar o returno.
Estranhas coincidências
Dentro do contexto do segundo turno, o empate pode ser considerado um ótimo resultado para o Criciúma. Já para o Atlético, equipe que, acredito, seja a bola da vez do returno, teria sido importante a vitória em seus domínios.
É uma grandeza o que o torcedor de Ibirama está indignado com a arbitragem.
Novamente um pênalti para lá de duvidoso caiu nas mãos - ou nos pés - do Criciúma. Lembram do pênalti contra o Marcílio Dias? Estranhas coincidências.
A cara (feia) de JEC e da Chapecoense
Ver o Joinville se arrastando no Catarinense, namorando com o rebaixamento, é constrangedor. Também é triste ver que o campeão estadual, Chapecoense, não conseguiu usar o título para mudar seu patamar de time médio para equipe grande no Estado.
O empate deste domingo foi a cara do que estão apresentando estas duas equipes na competição. Um grande - o JEC - fazendo força para virar médio. E um médio - a Chapecoense - não tendo forças para virar grande.
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