Antes de entrar em campo, mobilização. Depois, banho de bolaFoto: Ricardo Duarte |
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Copeiro por copeiro, Avaí também é
Até poucos minutos atrás, enquanto rolava o jogo entre Grêmio e Avaí, existia um favorito. O tricolor gaúcho, sem dúvida, era o mais cotado para vencer o duelo diante do Avaí. Deste segundo em que publico o post em diante, nunca mais o Grêmio será favorito diante do Avaí.
Tem mais história? Tem. Tem torcida maior em plano nacional? Tem. Agora, simplesmente, está na mesma Série A que o Avaí e, depois do primeiro enfrentamento nesta elite, o Avaí venceu por 1 a 0 e mostrou que tem condições de encarar qualquer um. Inclusive o poderoso Grêmio. Ou seja, merece respeito de qualquer um.
Copeiro por copeiro, o Avaí também é. Já disse, tem DNA de gladiador. Já acumula a terceira vitória consecutiva e faz a campanha ficar mais parecida com o que do Leão se espera.
Avaí impõe respeito desde o começo
Silas, seguindo sua tradição, não inventou na escalação. Manteve Roberto como opção, prestigiou William, Marquinhos retornou e Fernando apareceu na proteção da zaga, com um 3-5-2 na configuração inicial.
No Grêmio, foi mantido o mesmo time do Gre-Nal, com exceção à volta de Leo, afinal, em time que vence jogo histórico, não se mexe e Autuori sabia disso.
Dadas as cartas pelos técnicos, torcidas agitadas (muitos, presos pelo trânsito, chegaram atrasados), restava aos jogadores fazerem sua parte.
Nos primeiros 20 minutos, muita marcação, três ataques mais agudos gremistas, quatro ataques mais consistentes do Avaí, que até soube se comportar como mandante, mas a marca foi o equilíbrio. Chance de gol nestes ataques, uma de cada lado, com Máxi Lopez e William.
No restante da etapa, o Avaí teve o domínio territorial. Incendiou a torcida, mas a consistência da zaga gremista, a falta de velocidade de William para alcançar os bons lançamentos de Marquinhos e a falta de pontaria de Muriqui e Luiz Ricardo evitaram a abertura do placar.
Ferdinando, médico e monstro
O primeiro tempo já fora excelente em termos de postura tática dos dois times, com muita pegada, mas bons lances. O Avaí, inclusive, foi superior ao visitante. No segundo, as características de pegada se intensificaram. Bem como gostam os dois times, copeiros.
Jogar com garra é coisa comum para Grêmio e Avaí. Ambos gostam deste estilo.
E com um tirambaço de falta, foi que o Avaí abriu o placar. Um golaço de Ferdinando, que seria para se recuperar da série de pênaltis que fez, em alto estilo. Mas o meia estragaria este belo momento com uma expulsão ridícula.
A dramaticidade ganhou intensidade. O Grêmio partiu para cima, mas o Avaí, inteligentemente, postou-se perigosamente nos contra-ataques.
Silas, notando esta configuração, preparava a entrada de Roberto quando Ferdinando foi expulso, num carrinho, no meio-de-campo. É o próprio médico e monstro.
Marcos Winícius entrou, então, na vaga de Muriqui. E foi com esta configuração que o Avaí segurou o jogo, até passando por cima de dois erros infelizes da arbitragem. Tinha que expulsar Leo, último homem, em uma falta em Roberto, que ia em direção ao gol. E dar 5 minutos de desconto foi um abuso. Fosse no Olímpico e a situação inversa, não daria dois minutos.
Com sustos, uma grande defesa de Martini, contra-ataques mortais de Roberto e muita valentia, o Avaí conquistou esta vitória merecida.
Na Ressacada, canta mais alto a torcida Leão
Ah, e para encerrar, não precisa dizer qual torcida fez mais barulho, cantou e mandou nas coreografias. A do Avaí, claro. Não tinha dúvidas sobre isso.
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