A Brigada Militar não irá permitir cartazes com ofensas pessoais a autoridades ou qualquer pessoa durante os protestos desta sexta-feira. A orientação é do comandante geral da corporação, coronel João Carlos Trindade. Isto significa que qualquer referência do tipo XXX corrupto ou YYY ladrão não será permitida.
- Pedi que retirassem faixas ofensivas a qualquer pessoa. Disse Trindade em entrevista ao Gaúcha Atualidade. Cartazes com "Fora Yeda" e "Impeachment Já" podem.
Como cidadão, espero bom senso da Brigada Militar para rever a orientação. Como está posto é o mesmo que não permitir que torcedores nos estádios xinguem o juiz. A manifestação é livre, faz parte da democracia. Quem ocupa uma função pública em qualquer nível está sujeito a todos os tipos de críticas. Correta ou não a peça do Ministério Público Federal, a ação serve de subsídio para que os manifestantes pensem o que pensam dos nossos governantes.
Critiquei aqui os cartazes do CPERS que aliavam a governadora à "face da corrupção" pois entendia que a campanha atacava a pessoa da governadora. Esta orientação da BM precisa ser criticada com a mesma veemência. Não se trata de defender baderna, mas garantir o direito à manifestação.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS, Ricardo Breier, avisa que a entidade acompanha os protestos e eventuais abusos. A deputada Manuela D´Ávila (PCdoB) compara a medida da Brigada Militar à censura a jornais. A manifestação da parlamentar foi feita por torpedo durante o programa. Aqui neste blog dou um exemplo diário de como julgo se age democraticamente. Veto apenas expressões chulas. O resto, cada um que se responsabilize.
Não estou referendando nada que seja colocado em cartazes contra as autoridades. Apenas reforço que todos têm direito a manifestações.
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