Foto: Debora Vives/Kzuka |
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Sábado passado, 12 de abril, foi o dia para a galera conferir se tudo aquilo que se ouve e que se fala de Mallu Magalhães é mesmo verdade. E é sim. É melhor, na verdade, porque só ao vivo é possível se divertir com uma certa *crueza* e a total *espontaneidade* adolescente da cantora e compositora de 15 anos.
Mallu subiu discreta e meio sem jeito ao palco do Porão do Beco, em Porto Alegre, usando um paletó xadrez marrom claro com calça marrom escuro quase não querendo chamar a atenção. A platéia, que já gritava por ela antes do início do show, a recebeu com assobios e aplausos.
A sensação era semelhante àquela quando sua prima mais nova arreda os móveis da sala para tocar violão para a família. No entanto, essa aura amadora se desfaz quando Mallu começa a cantar. Uma nova impressão toma conta do público: a de se estar diante de uma artista arrojada e segura, mesmo que delicada e tímida. Suspiros.
Mallu se apresentou sozinha, apenas com violão, gaita, Johnny Cash, Bob Dylan e Beatles no palco. Ela veio à Capital gaúcha sem banda por motivos de logística e deslocamento. Uma pena. Mas a essência de Mallu está mesmo em Mallu: o folkabilly (no-folk?) perfeitinho, as letras inspiradas, a voz cristalina, a interpretação contida e afinada e um delicioso sabor de felicidade e leveza. Ou seja, não perdemos nada.
A cantora se surpreendeu com gritos e aplausos para músicas como J1, Tchubaruba, Don’t you leave me, Get to Denmark, Letrinhas dos jornais e Vanguat (em português e em homenagem à banda para a qual abriu um espetáculo no clube Clash no início deste ano em São Paulo). Já ambientada ao show, contou algumas histórias sobre como surgem suas músicas, como a do gato que caiu de uma janela do prédio dela, que virou a engraçada Falling cat. Em meio ao público de cerca de 600 pessoas alguém grita “Toca Malluuuuuu!” - bem adequado!
Veja Tchubaruba, o grito do fã e a história do gato no vídeo abaixo.
A paulistinha costuma fazer shows sem set list determinado. Vai tudo de improviso mesmo, no “feeling”, como ela diz. Mas não foi assim em Porto Alegre. Conferindo o set a todo momento, Mallu dizia "ah, também tem essa" antes de começar alguma canção. O set list, clicado para o Volume e recuperado por mim após o show, foi rabiscado e reescrito algumas vezes, mostrando inquietude quanto ao que Mallu vai mostrar no palco.
A lista de músicas seguiu com You always say, Mr. Blue Eyes (nova, finalizada no final de maio), Town Of Rock'n'Roll, I do believe e Il va partir (em francês), entre outras.
Além dessas, Mallu presenteou a todos com covers de luxo para músicas de Johnny Cash (Folsom Prison Blues), Bob Dylan (It ain’t me, babe) e Beatles, além de Anyone else but you, do The Moldy Peaches, que está na trilha do filme Juno.
Após o show, falando com o amigo jornalista Marcelo Ferla, comemoramos o fato de Mallu ainda estar no comando de sua recente carreira, mas nos perguntamos até quando ela conseguirá fazer isso, mantendo espontaneidade, inocência e liberdade criativa longe dos ditames controladores de grandes gravadoras....
Em entrevista ao Volume, Mallu disse que, por enquanto, seguirá independente, apesar de estar sendo sondada por selos nacionais. Longa vida à indie Mallu!
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