Foto: Dulce Helfer |
A banda Riders on the Storm deu aos fãs neste sábado, em Porto Alegre, um gostinho de Doors 40 anos depois. O tecladista Ray Manzarek e o guitarrista Robby Krieger, e três músicos convidados (vocalista Brett Scallions, baterista Ty Dennis e o baixista Phil Chen), recriaram com algum esforço a velha banda californiana no Pepsi On Stage.
Embora Krieger, um dos dois membros originais da banda, seja parte importante do espetáculo, o show é todo do tecladista Ray Manzarek. Ele comanda o grupo, "duela" com Krieger na abertura da apresentação em Love Me Two Times, e divide os vocais com Bret Scollin ao introduzir Dead Cats, Dead Rats no meio de Break on Through.
A tarefa mais árdua, no entanto, coube a Scallions. Com uma voz bastante diferente da de Jim Morrison, o vocalista até que não compromete. Mas a performance dele no palco lembra mais Val Kilmer (que interpretou o Rei Lagarto no filme de Oliver Stone sobre a banda em 1991) do que o frontman original dos Doors. A única parte em que Scallions poderia ser confundido com Jim foi no urro inicial de When The Music's Over.
De resto, Manzarek e Krieger dominaram. O tecladista chutou o banquinho e tacou os pés no teclado durante o solo de Light My Fire, ao melhor estilo Jerry Lee Lewis. Já o guitarrista assume uma guitarra flamenca em seu momento solitário no palco antes de emendar Spanish Caravan, uma versão que perdeu bastante o peso da original.
Mazarek murmura "cachaça" algumas vezes ao microfone antes de começar Alabama Song, do primeiro disco da banda. LA Woman levanta novamente o público e encerra o show. Trovões e barulho de chuva dão o climão para Riders On The Storm no bis. O encerramento é com a tradicional Light My Fire. Jazzística, dá a oportunidade para todo mundo brilhar, e até o baixista Phil Chen ganha um espacinho no solo.
Morrison, vocalista e símbolo da banda morto em 1971, é lembrado quando Manzarek resolve homenagear o rei do funk James Brown antes de Touch Me. Brown, Morrison, Scallions e o resto da banda são chamados de "sex machine". Uma bandeira com a cara do vocalista original dos Doors e levada para o palco.
Tirando alguns momentos estranhos, como o trenzinho puxado por Krieger e Chen, e Manzarek imitando um toureiro antes de Spanish Caravan (se alguém tem outra interpretação para aquela dancinha ridícula, manda aí nos comentários), foi tudo na medida. Divertido por vezes, chato e constrangedor em outros. Não era os Doors, mas era o mais próximo que se pode conseguir. Jim Morrison nem precisa se revirar no túmulo ou coisa parecida.
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