A influência que músicos sofrem de seus pares costuma ser determinante não só na vida pessoal de cada um, mas também na produção artística deles. Muitas vezes, as esferas amorosas e afetivas colidem com a profissional, causando desdobramentos imprevisíveis. Nesse Dia dos Namorados, confira 12 casais inesquecíveis da música pop internacional e algumas de suas histórias.
John Lennon e Yoko Ono - o eterno casal da música
John conheceu Yoko em Londres em 1966. Dois anos depois, começaram um relacionamento amoroso. Na época, John era casado com Cynthia Powell (com quem teve um filho, Julian Lennon). Ela pediu o divórcio. Assim, artista plástica japonesa passa a ocupar um maior espaço na vida do músico, apesar da desaprovação dos Beatles e dos fãs. O casamento ocorre em 1969. Em 1970, a banda chega ao fim e John parte para a carreira solo. A relação dele com Yoko torna-se mais forte, apesar de muitos a verem como manipuladora, aproveitadora e causa principal da separação da banda. Yoko chega a participar de alguns álbuns de John. Com o tempo, os ideais pacíficos e o ativismo contra a Guerra do Vietnã tornam-se ainda mais presentes na pauta do casal. Porém, os dois se separam em 1973, pouco antes do lançamento de Mind Games. Ele vai morar em Los Angeles. Sean Lennon nasce em 1975, após a volta do casal. Ele deixa a carreira de lado por um tempo para dedicar-se ao filho e volta aos estúdios apenas em 1980, para gravar um novo álbum, Double Fantasy. Porém, John é assassinado em Nova York em 8 de dezembro daquele ano, por Mark David Chapman, em frente ao Dakota, na West 72nd St em NY.
Paul McCartney e Linda – amor, meu grande amor
Paul conheceu Linda Eastman, fotógrafa norte-americana, antes do fim de seu noivado com Jane Asher, em 1967. Ela estava em Londres para fotografar músicos ingleses ligados à "swinging London". O casamento ocorreu em março de 1969. Tiveram teve três filhos: Mary (em 1969), Stella (1971) e James (1977). Após a separação dos Beatles, Linda passou a tocar com Paul. Ela morreu de câncer em 1998.
Keith Richards e Anita Pallenberg – sexo, drogas e rock’n’roll
A atriz e modelo Anita Pallenberg passou de mão em mão entre os Rolling Stones. Namorou Brian Jones, casou-se e teve filhos com Keith Richards e teve um rolo com Mick Jagger. Com Keith, os casos de abuso de drogas não foram poucos. Por vezes, ela turbinava as bebidas dele com Valium. Durante uma fase pesada dos dois, o guitarrista comprou uma casa na Jamaica. Diz a lenda que eles mantinham um grande suprimento de drogas por lá. Quando Keith estava fora do país, os vizinhos chamaram a polícia. Anita foi presa por porte ilegal de drogas. Na prisão, teria sido espancada e abusada por presos e policiais. Com Keith, Anita teve três filhos: Marlon, Dandelion e Tara, que morreu dias após o nascimento. A separação deles ocorreria em 1979, após a morte de um cara de 17 anos na cama dela em um apartamento que era de Keith.
Kurt e Courtney – “stress, depressão e síndrome do pânico”
A relação entre Kurt Cobain e Courtney Love foi vulcânica. Courtney viu Kurt tocar pela primeira vez em 1989, em Portland, mas eles foram propriamente apresentados apenas em 1991, em Los Angeles. O casamento ocorreu em fevereiro de 1992, em Waikiki Beach, Hawaii. Os dois já eram viciados em heroína. Em entrevista à revista Sassy, Kurt comentou sua felicidade e o profundo amor que experimentava na época. A filha deles, Frances Bean Cobain, nasceu em agosto daquele ano. Courtney não era bem vista pelos fãs do Nirvana. Muitos acreditavam que ela se aproveitava dele para ficar famosa. As comparações com Lennon e Yoko eram constantes. Há quem até diga que Live Through This, o disco de estreia da banda de Courtney, Hole, foi composto por Kurt. Não há provas disso. Em entrevista à Vanity Fair, Courtney disse que usou heroína durante a gravidez. O escândalo levou a Justiça a determinar que Frances deveria ficar com a irmã de Courtney por semanas. A bebê voltou a eles mais tarde. Na época, Kurt chega a processar um jornal inglês que publicou que a menina teria nascido viciada em heroína. Durante uma discussão, em agosto de 93, Kurt enche Courtney de pancadas. Ela vai à polícia, que acha diversas armas na casa do casal. A queixa é retirada. Com o passar do tempo, o uso de heroína pelo casal se torna excessivo. Houve overdoses e internações.
Em março de 94, Kurt entra em coma depois de ingerir altas doses do calmante Rohypnol com champanhe. Os shows da turnê européia que o Nirvana faria são cancelados. Em abril de 94, o fim do Nirvana é anunciado. Chris Novoselic e Dave Grohl dizem que só voltam depois de Kurt se livrar das drogas. Kurt foi encontrado morto em uma casa em 8 de abril de 1994. Um bilhete atribuído a ele foi deixado para Courtney, explicando o suposto suicídio. Acredita-se que Kurt se matou, mas o caso é um mistério até hoje. Há quem acredite que ele foi morto a mando de Courtney – incluindo o pai dela – mas isso nunca foi provado.
Serge Gainsbourg e Jane Birkin - "Eu te amo você, já não dá prá esconder, essa paixão"
A carreira de Jane começou na “swinging London”, nos anos 60, quando atuava como modelo. Ela foi convidada para participar de Blow-up (1966), de Michelangelo Antonioni, e tornou-se a primeira atriz a fazer nu frontal em um filme não-erótico. Em 1969, já casada com Gainsbourg, gravou o dueto Je t’aime... Moi non plus, que escandalizou conservadores devido à clara alusão ao sexo. A música foi proibida em diversas rádios, mas acabou fazendo sucesso. Depois, eles lançaram mais dois discos em parceria, fizeram filmes e estrelaram campanhas publicitárias. O casal se divorciou em 1980, mas a amizade perdurou até a morte de Gainsbourg, em 1991. Ainda hoje, Jane canta sucessos dele. A filha do casal, Charlotte Gainsbourg também é cantora.
Phil Spector e Ronnie Spector – neurose, psicose e outros distúrbios
O casamento maluco entre o produtor musical (recentemente condenado a 19 anos de prisão pelo assassinato da atriz Lana Clarkson) e a cantora líder das Ronettes, entre 1968 e 1974, foi um show de horrores. Entre muitas histórias malucas, uma das mais trash é a prisão dela na mansão dele por meses. Ronnie só conseguiu fugir com ajuda da mãe. Depois da separação e de um embate legal, Phil pagou a ela US$ 2,6 milhões em royalties, mas conseguiu manter os direitos sobre as músicas e a proibição de ela regravar as canções do trio.
Mark Smith e Brix Smith – odeio te amar
Mark e Brix se conheceram em um restaurante em abril de 1983. Em setembro, estavam casados e tocando na mesma banda: The Fall. O casamento acabou em 1989, quando ela deixou o grupo. Mais tarde, Mark disse que se irritava com a mania de Brix de dizer que todas as ideias da banda eram dela. Brix voltou para o Fall em 1994, mas saiu novamente em 1996. Brigas entre os dois nunca faltaram. Ela deixou a música de vez para dedicar à moda. Mark segue com a banda.
Ike e Tina – entre tapas e beijos
O casal trilhou um caminho tortuoso (e revoltante) repleto de crises, sexo, drogas, violência, despotismo, paranóia, abuso físico e emocional. Entre 1960 e 1970, Ike e Tina atingiram o sucesso e encararam o fracasso. Com o tempo, Ike passou a desenvolver seu perfil dominador. Comandava a banda, era diretor de palco, produtor do grupo, empresário de todos. Passou a consumir bebidas e drogas em excesso e se tornou ainda mais agressivo. Foi deixado pelos músicos. Tina era freqüentemente agredida por Ike, que a acusava pelo fracasso de suas músicas no final da carreira. A separação ocorreu após 18 anos de casamento. Tina partiu para uma carreira solo ainda mais consistente.
Sid e Nancy – tragédia passional?
Sid Vicious e Nancy Spungen. O romance mais trágico e a tragédia mais romântica do rock. Após se conhecerem em 1977, Sid adquiriu o vício de Nancy em heroína. O namoro explosivo foi marcado por brigas, abuso de drogas e pela dominação que ela exercia sobre ele. Nancy foi encontrada morta a facadas em outubro de 1978 no hotel Chelsea, em Nova York. Sid foi acusado pelo assassinato e acabou preso. Há outras versões para a morte de Nancy, como a que envolve um traficante. Sid teve uma overdose fatal de heroína em fevereiro de 1979 em uma festa organizada pela mãe após sua libertação de uma outra prisão (ele havia sido detido por briga com Todd Smith, irmão de Patti Smith). Há rumores de que ele tenha se matado por não conseguir viver sem Nancy.
Fred 'Sonic' Smith e Patti Smith – “amor, sublime amor”
A eterna musa punk Patti Smith conheceu Fred “Sonic” Smith, guitarrista do MC5, em uma festa em Detroit durante a turnê do disco Radio Ethiopia (1976). Os dois se casaram em 1980. Em 1988, lançaram o álbum Dream of Life, que tem a clássica People Have the Power. Dream of Life também é o nome do documentário sobre Patti dirigido em 2008 por Steven Sebring. A revista Mojo relacionou o título do álbum e do filme aos trágicos anos pelos quais Patti passou entre 1989 e 1994, quanto a poetisa do rock perdeu em curto espaço de tempo não apenas Fred, mas também seus grandes amigos e colaboradores Richard Sohl (pianista) e Robert Mapplethorpe (fotógrafo), além de seu irmão Todd. Patti é a legítima Dama de Ferro.
Andy Williams e Claudine Longet – o caso da viúva negra
A história deles é quase um romance noir. Em 1960, a cantora francesa Claudine Longet, então com 18 anos, dirigia seu carro no deserto de Las Vegas quando teve problemas mecânicos. Andy Williams, 36, parou e ofereceu ajuda. O casamento entre os dois ocorreu em 1961. A carreira deles, calcada em easy listening, 60’s pop e soft rock, teve um impulso na época. O divórcio saiu em 1975. Um ano depois, Longet foi presa acusada de matar seu novo namorado, o esquiador Vladimir “Spider” Sabich, em Aspen. Ela foi condenada a apenas 30 dias de prisão, por “negligência”. Depois de liberada, casou com seu advogado de defesa, Ron Austin. Ainda viva, aparece em público raramente. Andy Williams também está vivo.
Thurston Moore e Kim Gordon – rock me, babe!
Juntos desde 1980, os dois são o coração do Sonic Youth e a alma do underground norte-americano. Thurston já disse que é o homem mais sortudo do mundo por ter Kim ao seu lado. Alguém duvida? Que vivam felizes para sempre.
Prefere outro casal? Qual?
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