![]() |
Os Rolling Stones são figurinhas carimbadas na obra do diretor Martin Scorsese. Cassino e Os Infiltrados são dois exemplos de filmes que usam e abusam das músicas de Mick Jagger e Keith Richards. Por isso não deve ter sido tão complicado para Scorsese retratar a banda no filme Shine a Light – uma das principais estréias desta sexta nos cinemas do país.
Se em The Last Waltz Scorsese registra um grupo, The Band, de saco cheio da estrada, e em No Direction Home ele tenta desesperadamente desvendar apenas uma das muitas facetas de Bob Dylan, em Shine a Light o diretor tem apenas o trabalho de mostrar uma banda excessivamente satisfeita consigo mesma. Keith Richards conta mais de uma vez ao longo das mais de duas horas de filme que eles apenas estão fazendo aquilo que realmente gostam. E este é motivo pelo qual duram tanto. Esse e a grana, é claro.
Shine a Light começa com Scorsese resolvendo pequenos problemas com os Stones, especialmente Mick Jagger. Desde detalhes de cenário, passando por localização das câmeras no local da apresentação, o Bacon Theatre, em Nova York, até chegar ao diretor implorando para saber qual música abrirá o espetáculo. A confirmação só chega momentos após o ex-presidente do EUA Bill Clinton anunciar o grupo e segundos antes deles emendarem Jumpin Jack Flash.
Depois disso, vimos os Stones em ação, entrecortados por entrevistas feitas ao longo dos 45 anos de carreira dos músicos britânicos. Mais do que a gravação do show, Scorsese consegue captar os diversos detalhes da banda dentro e fora do palco.
Encoxada em Christina Aguilera
Charlie Watts bufa e demonstra o cansaço após manter o ritmo de All Down The Line. Lisa Fisher sacode o decote para as câmeras e para Mick Jagger ao longo de She Was Hot. Jagger dá um encoxadinha básica em Christina Aguilera no dueto de Live With Me. Jack White, dos White Stripes e dos Raconteurs, passa boa parte de Loving Cup olhando para Jagger e esperando suas deixas, assim como o vocalista dos Stones fez com Bob Dylan no Brasil nos shows da turnê Bridges To Babylon, em 1998. E Buddy Guy recebe a guitarra de presente de Keith Richards depois de tocar Champagne and Reefer.
Além disso, não tem como não rir ao ver Mick Jagger cantar “Some girls give me children, And i only made love to her once” (Algumas garotas me dão filhos, e só fiz amor com ela uma vez). em Some Girls. Ou deixar de achar estranho Keith Richards no palco, sem guitarra, cantando You Got The Silver num estilo crooner bebum recém saído da sarjeta.
O resto é aquilo que você já conhece: Brown Sugar, Tumbling Dice, Sympathy For The Devil, Satisfaction, mas com um olhar Scorseseano que faz toda a diferença. E o bom de gostar de uma banda como os Stones é saber que eles podem desencavar canções do fundo do baú que você nunca desconfiou que iria assistir ao vivo, como As Tears Go By ou Far Away Eyes.
O filme é divertido, as duas horas passam rápido e a única coisa a lamentar é não poder levar um cervejinha para dentro da sala de cinema e acompanhar o show da maneira como ele deve ser feito. Assistir aos Stones comendo pipoca e tomando refri não dá.
>>> Confira a galeria de fotos de Shine a Light
Music non stop! A qualquer momento, notícias sobre música, entrevistas com bandas e artistas, reportagens, resenhas sobre shows e lançamentos de álbuns, dicas para downloads, sugestões de novos clipes, cena local, mercado mundial e mundos paralelos. Abaixo: textos separados conforme categorias (show, clipes, entrevistas, podcast...) Acima: clique na imagem do botão Volume para ler notícias em ordem de publicação E-mail:
volume@clicrbs.com.br
Siga o Volume:
Clique na imagem acima para conferir o calendário de shows
Clique na imagem acima para escutar Volume no BLIP.fm
Dúvidas Frequentes | Fale conosco | Anuncie - © 2009 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.