Metallica tocou pela segunda vez em Porto AlegreFoto: Tadeu Vilani |
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Atualizado às 13h54min do dia 29/01
O primeiro show do Metallica dentro da World Magnetic Tour no Brasil, em Porto Alegre, começou por volta das 21h50min de hoje, com um pequeno atraso, mas de forma absolutamente explosiva. Um tapão na orelha! O pé na porta do Parque Condor foi com a clássica Creeping Death.
O vocalista e guitarrista James Hetfield convocou o público (cerca de 25 mil pessoas) para uma noite hiper-sônica desde início, praticamente incendiando a galera, que já estava quente antes mesmo da banda subir ao palco (veja o primeiro vídeo). Na mesma onda, os parceiros Lars Ulrich (bateria), Kirk Hammett (guitarra) e Robert Trujillo (baixo) deram ainda mais peso ao vivo para o naturalmente som pesado da banda.
O show (o segundo da banda na cidade - o primeiro foi em 1999) foi encerrado por volta da 0h15min desta sexta. Depois, houve um ENGARRAFAMENTO MONSTRO nas imediações do Parque Condor, principalmente na Av. Severo Dullius, em frente ao Aeroporto.
Depois de 11 anos da última passagem dos caras por aqui, o desejo dos fãs era de ouvir as músicas mais antigas. E o Metallica sabia disso. Quando o primeiro acorde de Creeping Death ecoou no Parque Condor, quem estava lá esqueceu a lama, o cansaço e qualquer outro detalhe. Em seguida, veio For whom the bell tolls. Muito peso.
GAFE! James Hetfield tem muita presença de palco, e continua com a mania de chamar os fãs de amigos. Bacana. Mas se perdeu quando aparentemente esqueceu a apresentação que fez no Jockey há 11 anos:
– É a nossa primeira vez aqui. Finalmente!
O público nem deu bola. Ainda mais que, depois, eles tocaram The Memory Remains. A galera mostrou que não conhece apenas os clássicos dos anos 80 e 90. O setlist (veja abaixo) era variado e, logo em seguida, a banda executou com maestria uma das baladas mais clássicas do heavy metal: Fade to Black.
O Metallica de hoje não é o de 20 anos atrás. A idade pesa. Depois de uma música, um tempo para descansar. Um pouco menos de pegada. Mas o legal é ver como eles conseguem, mesmo com todos estes anos de estrada, fazer um show inesquecível. Comandam a platéia muito bem, fazem todos se sentirem em casa.
Lars Ulrich ainda é um grande baterista e continua sendo o maestro do show. Kirk Hammet toca muito, e deixou isso bem claro. A voz de James Hetfield continua a mesma, e olha que o telão mostrou bem as rugas deste senhor. Robert Trujillo não é Jason Newsted, e muito menos Cliff Burton, mas mostrou ter condições de tocar em uma das maiores bandas da história do rock, tanto nas batidas quanto nos backing vocals.
Muito carismático, James continuou conversando com o público. Disse que ouvira que os brasileiros gostam de música pesada. O público concordou. Foi a deixa para Sad But True, que levantou o público. Não é a música mais pesada da banda. Mas foi pesado. E muito. Tanto que, no final, o vocalista largou a arriada:
– Desculpem se foi muito pesada.
Como se pode ver na imagem abaixo, o setlist era variado. Em sua maioria, composto de clássicos e algumas músicas do novo álbum, Death Magnetic, como Cyanide. Não rolou nenhuma do St. Anger. Não era necessário. Se bem que The day that never comes, apesar de ser recente, foi uma das mais ovacionadas.
O setlist do Metallica em POA:
Um dos pontos altos do evento foi quando as luzes do palco se apagaram e barulhos de tiros foram ouvidos. E fã do Metallica que se preze sabe o que isto significa: One! O clássico do ...And Justice For All veio precedido de fogos de artifícios e fogos de verdade, que chegavam a dar um calor nos sortudos que estavam perto do palco. Emocionante. Logo em seguida, mais um clássico: Master of Puppets. O público delirava.
Show do Metallica é assim: quanto mais chega perto do fim, melhor fica. Depois de Battery, vieram duas músicas do Metallica, o Black Album do início dos anos 90: a balada Nothing Else Matters e a explosiva Enter Sandman. E não podia faltar um cover de Misfits, ótima banda de hardcore da qual Hetfield é fã: Die, die, my darling, gravada em 1998 no Garage Inc.
O guitarrista e vocalista voltou a cometer a gafe de dizer que esta era a primeira vez que o Metallica tocava em POA. Desta vez, o público chiou, até que Kirk Hammet sorriu para os fãs e apontou dois dedos, como quem diz "é a segunda, besta!". E Lars Ullrich tratou de esclarecer que nem toda a banda perdeu a memória ao dizer:
– Foi muito bom voltar a Porto Alegre, 11 anos depois.
Agora sim!
Parecia que era o fim do show. Só parecia. Fã que é fã sabia que faltava um detalhe. Como disse Hetfield, era uma música que eles precisavam tocar. O vocalista acrescentou que eram três simples palavras, que o próprio público entoou:
– Seek and Destroy!
E com este clássico o Metallica encerrou o show que com certeza ficará na memória dos brasileiros que foram ao Parque Condor. Afinal, um tapão na orelha assim ninguém esquece!
Hibria empolga na abertura
O show de abertura da Hibria (fotos abaixo) foi igualmente intenso. Os músicos demonstraram uma dedicação absoluta. A banda gaúcha apresentou músicas do álbum The Skull Collectors e faixas antigas, claramente inspiradas em Iron Maiden, contando com ótima receptividade do público.
A banda, que tem alta experiência internacional, mostrou muita energia em suas composições próprias. Não podia ser diferente, dada a importância do evento do qual eles participavam. O próprio vocalista Iuri Sanson resumiu o sentimento dos integrantes:
– Muitos dizem que o maior show da nossa banda foi no Japão. Não é verdade. Nosso maior show é este aqui! Estamos abrindo para uma das bandas que nos influenciou!
Vídeo: Creeping Death
Vídeo: For Whom the Bell Tolls
Vídeo: Hibria abre para Metallica
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