Helga e Guffo, da FenxFoto: Caco Santana e Arlise Cardoso, Divulgação |
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Neste final de semana, o festival Electroshock reunirá alguns dos principais produtores, Djs e bandas de música eletrônica no Porão do Beco, em Porto Alegre. O lance rola em dois dias, como eu já te disse aqui.
Entre o line-up, figuras bombadas na mída nacional e muito requisitadas no exterior, como The Twelves (RJ), Database (SP), Boss in Drama (PR) e Killer on the Dancefloor (SP). No meio deles, o duo gaúcho Fenx, do multi-instrumentista e cineasta Guffo e da designer e jornalista Helga Kern, tenta se firmar com um live act de força a partir de boa performance e intensa produção electrorock.
Duos eletrônicos não são novidade no Rio Grande do Sul. A Spleen, do Otávio Mastroberti e do Nando Barth, emitia ecos de Joy Division e New Order em 1993. Sob produção deles, a Sideral explorava garage dance music poucos anos depois. Hoje, Nando produz a Superluxo (Joy Division + electro + New Order + The Cure) e Otávio toca na banda Volantes e produz a electro bitch Blush. E antes da Spleen e da Sideral, a cantora Cristiane F já desenvolvia um projeto que misturava sons eletrônicos com vocais finos misturados a trechos de vocal hip hop, num clima total Snap.
Mas, enquanto Spleen, Sideral e Cris F ficaram dentro das fronteiras gaúchas e acabaram encerrando suas atividades, a Fenx acumula planos. Conquistar o mundo é um deles. Bom, Guffo e Helga estão no caminho. Já fizeram show em Buenos Aires, conseguiram emplacar Natural na Sky FM, de Londres, estão finalizando o primeiro álbum agora em abril e já gravaram o primeiro clipe (de Natural, em stop motion). Além disso, está para sair uma turnê na Europa, com shows em vários locais, incluindo um no Favela Chic, em Paris. No MySpace tem vídeos de shows e gravações. Confere!
Como e quando vocês começaram a tocar? Helga: Começamos como Fenx em abril de 2008 e a estréia foi no GIG ROCK V, em junho do ano passado. |
Como vocês criam música? Vocês dividem todas as atividades? A composição é conjunta? Helga: As músicas são todas do Guffo. Letras e melodias que estavam engavetadas, pois não se encaixavam a nenhum projeto anterior. É claro que sempre rola algum ajuste feito Guffo: Eu componho compulsivamente. É algo que faço desde criança, e em todas as bandas que tive (confira no site dele) sempre fui o principal compositor. Claro que, quando se compõe em grande quantidade nem sempre se tem muita qualidade. E eu sei que componho muita porcaria, mas que às vezes servem como ponte para outra coisa. No caso da Fenx, começou com algumas canções que eu tinha na gaveta, e só coloquei o traje que nós vestimos pra ficar a nossa cara. Um exemplo é a música Nunca olhei pra trás, que está no MySpace. Eu compus essa música pro primeiro disco do Leela, banda carioca de amigos meus (morava no Rio nessa época). Eles chegaram a gravar e tudo, mas não entrou no primeiro disco deles. Agora, eu revivi a música pra Fenx. E há também músicas que nasceram agora, durante o processo da banda mesmo, caso de Natural ou Egoísta. Os arranjos e as programações sou eu que faço também. Tenho cobrado da minha amada colega de banda que me passe algumas das letras que ela está escrevendo, e tenho certeza que pro segundo disco da Fenx teremos maiores parcerias entre nós. |
A velha pergunta: quais as principais influências da Fenx? E como vocês fazem para ter um som próprio e não soar como uma mera repetição do que já foi feito por eles?
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Como têm sido os shows? Helga: Os shows têm sido maravilhosos. O de Buenos Aires nos surpreendeu, bar lotado e um público supercaloroso. Guffo: Cara, tem uma coisa que eu quero dizer nessa pergunta. Eu tenho banda desde os meus 15 anos. Ou seja, estou a 18 anos nessa função. Já tive banda de sucesso, banda desconhecida, banda boa, banda ruim, banda pop, jazz, instrumental...de tudo....e posso afirmar COM CERTEZA que de todas essas bandas, a Fenx é a que tem a melhor resposta de público, e de maneira imediata. É incrível como as pessoas gostam da banda de entrada, de primeira. Isso nunca tinha me acontecido. |
O que vocês pretendem apresentar no Electroshock? Alguma faixa nova? Helga: Pretendemos apresentar todas as faixas que vão entrar no cd que estamos gravando. |
Vocês têm shows marcados na Europa. Onde vão tocar e como surgiram esses convites? Helga: Temos shows marcados na França e em Portugal.
E essas respostas se percebem primeiro no nosso Myspace. A maioria das pessoas e bandas que nos adicionam são estrangeiras. E geralmente, elogiam bastante o trampo. Depois, a resposta do público na Argentina no nosso show lá. Sold out pra uma banda nova e desconhecida, sem divulgação. Voltamos 3 vezes pro bis, foi inesquecível. E em terceiro lugar, a inclusão da música Natural na programação da Sky FM, uma das principais rádios indie de Londres. Sendo que nas rádios daqui, às vezes é até difícil que te recebam pra conversar. Tudo isso aconteceu naturalmente, sem um esforço maior da nossa parte. A Europa é um objetivo pra gente. Os festivais, a cena, o público. Tenho certeza que lá seremos muito mais reconhecidos e entendidos do que aqui. E não há nada de errado nisso, é apenas uma questão de identidade. Tenho um tio em Portugal, reconhecido artista plástico, chamado Renato Rodyner. Ele é fã da banda e sempre me incentivou pra irmos tocar lá. Levou nosso demo e fechou três shows pra gente, dois em Lisboa e um Estou agora tentando conseguir patrocínio para as passagens. Lá temos transporte e lugar para ficar, e com a grana dos shows vai dar pra outros gastos. Mas não queríamos gastar com a passagem. Então, to correndo atrás. Se não conseguir, bom, vamos desembolsar mesmo. |
Planos para um CD? Clipe? Ou novos projetos? Helga: No início de março deste ano gravamos nosso primeiro vídeo clipe, da música Natural, pela TGD Filmes, com direção do Rafa Ferretti. Está em fase de finalização. O CD começamos a gravar ainda no final do mês. Guffo: Estamos em plena gravação do disco. Já terminei de passar todas as bases e de gravar as guitarras. Esperamos terminar tudo em abril. O disco está sendo gravado no estúdio da Radioativa e também no sitio do Marcelo Figueiredo, onde vamos gravar guitarras e vozes. Nossa idéia é fazer algumas cópias em vinil do disco. Ele estará em mp3 no site e |
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