Foto: Divulgação |
![]() |
Paul McCartney disse à revista Prospect que foi ele e não John Lennon quem politizou os Beatles a ponto de fazê-los ver que a Guerra do Vietnã era um erro.
A entrevista será publicada apenas em janeiro, mas o The Sunday Times adiantou que McCartney, de 66 anos, quer mudar totalmente o que se sabe até agora sobre o interesse da banda pelo conflito bélico e também a idéia de que o mais politizado do grupo era Lennon.
O ex-beatle alegou que foi ele quem convenceu Lennon a se opor à Guerra do Vietnã em 1968, quando a banda de Liverpool gravou a música Revolution.
McCartney afirmou que começou a se dar conta do conflito por causa de uma reunião que teve em Londres com Bertrand Russell (1872-70), escritor, filósofo, matemático e pacifista britânico que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1950. O músico disse que Russell era fabuloso.
– Falou da Guerra do Vietnã, a maioria de nós não sabia sobre isso, ainda não estava nos jornais, e também me disse que era uma guerra muito ruim – afirmou McCartney em sua entrevista, antecipada pelo jornal.
– Lembro-me de ir outra vez ao estúdio, naquela tarde ou no dia seguinte, e falar aos meninos, particularmente a John Lennon, sobre esta reunião e dizer como esta guerra era ruim – ressaltou McCartney.
Segundo ele, o grupo ignorou os pedidos de seus representantes para que evitassem mencionar o Vietnã quando estivessem nos Estados Unidos.
– Certamente, falamos disso o tempo todo, e dissemos que era uma guerra muito ruim. Obviamente, apoiamos o movimento pacifista – disse. Se foi McCartney quem politizou os Beatles, foi John Lennon quem manifestou abertamente sua opinião através da música Revolution e o que gravou mais hinos pacifistas, como Give Peace a Chance, ressaltou o dominical britânico.
Além disso, McCartney disse que está convencido de que a música pode mudar as coisas, já que "as pessoas ouvem o que dizem os músicos famosos", como o caso de Bob Geldof e Bono, que trabalham contra a fome na África.
No entanto, a opinião de McCartney contrasta com as de alguns especialistas nos Beatles, indica o Sunday Times.
Alan Clayson, autor de biografias dos Beatles, acha que McCartney está voltando a escrever a história, "agora que Lennon não está".
Spencer Leigh, que escreveu a história do clube Cavern, onde os Beatles começaram a tocar em Liverpool, disse que "tanto Paul quanto John estavam interessados no que acontecia a seu redor, mas, se Paul politizou John, não tenho certeza".
Tariq Ali, um dos líderes do movimento britânico contra a guerra, admitiu que a afirmação de McCartney é nova, pois, naquela época, não se sabia qual era a opinião dele sobre o Vietnã.
– Foi John Lennon quem estava preocupado com a guerra. Ele nunca mencionou McCartney e nunca pensei em pedir (ao segundo) que se unisse a nós – acrescentou Ali.
>>>>> McCartney quer lançar música de 14 min dos Beatles
>>>>> Álbum mais raro dos Beatles é posto à venda
>>>>> Ringo Starr não quer mais saber dos fãs
>>>>> McCartney toca para 50 mil em Tel Aviv
Music non stop! A qualquer momento, notícias sobre música, entrevistas com bandas e artistas, reportagens, resenhas sobre shows e lançamentos de álbuns, dicas para downloads, sugestões de novos clipes, cena local, mercado mundial e mundos paralelos. Abaixo: textos separados conforme categorias (show, clipes, entrevistas, podcast...) Acima: clique na imagem do botão Volume para ler notícias em ordem de publicação E-mail:
volume@clicrbs.com.br
Siga o Volume:
Clique na imagem acima para conferir o calendário de shows
Clique na imagem acima para escutar Volume no BLIP.fm
Dúvidas Frequentes | Fale conosco | Anuncie - © 2009 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.