Foto: Juliano Antunes, Opinião Produtora |
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O Opinião estava lotado de porto-alegrenses querendo conferir na noite deste domingo mais um show do Matanza na capital gaúcha. Com a infinidade de rótulos que existem atualmente, fica difícil enquadrar um grupo original como este em um estilo. Por isso, fico com a definição que eles mesmos usam: country-core.
Os caras usam alguns elementos do country nas introduções de algumas músicas e fazem muitas menções às velhas canções norte-americanas nas letras, mas a pegada HC fica evidente, principalmente nos shows. Especialmente em músicas como Meio Psicopata, que conta a história de um brigão que faz de tudo para fugir da confusão, mas, quando é provocado, resolve o problema usando a chave de roda do seu carro. A apologia à violência é minimizada pelo tom satírico da letra.
E foi com ela que o Matanza deu início ao show deste domingo, depois de uma intro que fez o público pular. Não deu nem tempo de respirar e os cariocas já emendaram Sabendo que eu posso morrer, outro som que mostra a pegada da banda. Era só o começo da quebradeira.
Os fãs sentiram falta do guitarrista Donida, o metaleiro que compõe as letras tão polêmicas da banda. Mas seu substituto, Maurício Nogueira, que tocava na banda de death metal Torture Squad, deu conta do recado. O Maurício já é figurinha carimbada nos shows do Matanza, e mostrou um bom entrosamento com os músicos.
O vocalista Jimmy deu um show à parte, auxiliado em parte por um efeito para deixar sua voz ainda mais grave. É difícil uma pessoa tão carrancuda ter tanto carisma. O ruivo barbudo e cabeludo mostra que tem empatia com o público ao fazer o povo cantar e até mesmo gritar os nomes das músicas. O baterista Jonas mostrou muita vitalidade, principalmente nos momentos em que a banda emendava duas ou três músicas das mais pegadas. O cara não parava. E o baixista China mostrou que toca muito ao fazer um belo solo no meio do show.
Logo no início, a banda tocou Mesa de Saloon. A canção de amor sobre o bandido que recebe a ajuda de sua amada para fugir da prisão fez falta em outros shows dos caras por aqui. O público cantou junto Clube dos Canalhas, praticamente um hino à infidelidade masculina. Foi legal ver os cariocas mandando Taberneira, traga o gim, uma ótima musica com levada punk rock, que Jimmy já disse em algumas entrevistas que o Matanza não toca nos shows. Foi uma exceção ou eles mudaram de ideia?
Mas o ponto alto, claro, foi quando eles tocaram Ela roubou meu caminhão, o maior sucesso da banda. E não podia faltar a homenagem ao Black Sabbath. Antes de Bom é quando faz mal, a banda tocou o instrumental do primeiro verso do clássico Paranoid, e o vocal ficou por conta da galera.
Os diálogos com o público, as famosas frases feitas que Jimmy costuma entoar, apareceram menos desta vez. Talvez pelo grande número de shows que a banda vem fazendo, as piadas deixaram de ser novidade, e a banda se preocupou mais com o som. Musicalmente, os caras mandam muito bem, mas a falta de novidades mostra que já está na hora de o Matanza brindar seus fãs com um novo álbum.
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