Scott McCaughey, Peter Buck e Pearl Jam juntos em BerlimFoto: Diego de Godoy, Especial |
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Notícia quente pra quem curte R.E.M.: o novo álbum da banda deve sair em fevereiro. A info foi repassada por Scott McCaughey em primeira mão a Diego de Godoy, nosso influente amigo e soundcolocator dgdgd, íntimo de Michael Stipe e cia.
Diego esteve alguns dias de junho com Stipe em Berlim. Disse que foi ótimo e que o vocalista passou o mês na capital alemã para terminar as letras do novo disco. Ele gravou alguns vocais com Jacknife Lee em um estúdio da cidade.
De quebra, Diego conferiu direto do backstage Scott e o guitarrista Peter Buck tocando Kick Out the Jams, do MC5, ao lado do Pearl Jam no Wuhlheide Park! Stipe, Mike Mills e o batera Bill Rieflin também estavam vendo o show nos bastidores. Tá bom ou quer mais? Se quiser mais veja os vídeos abaixo. O primeiro, feito nas coxias do palco, é do Diego. O outro peguei de fã no youtube.
Foto: Dewitt Burton, Divulgação
Pra quem não lembra, Scott é músico de apoio do R.E.M. e tocava na banda The Young Fresh Fellows. Atualmente, é parceiro de Buck no The Minus 5 e no The Baseball Project. É um desses dois grupos que o Diego quer levar a São Paulo assim que possível. Basta que a agenda do R.E.M. seja definida. E o Diego também acertou uma exposição do Thomas, namorado de Stipe, para outubro no Espaço Soma em São Paulo. Tá Diego, tudo muito lindo! Mas e Porto Alegre?? :)
Mais uma dica do Diego: dgdgd toca dia 9 na festa da Dani Hyde, a Róque Town Especial Manchester Sounds/Smiths, no Beco Diskoclub, com Rafa Master, Mártin C. e Thiago Scott.
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Foto: Divulgação |
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Uma nova música do Pearl Jam vazou na rede. Better Days esteve em trânsito no site da Monkey Wrench Records, que agora está protegido por senha, mas o Antiquiet fez a mão e liberou o som antes da proibição.
Este site de fãs diz que a faixa seria sobra de estúdio de Riot Act (2002), mas a música poderia ser ainda mais atual, tanto da época de Pearl Jam (o disco do abacate, 2006) quanto do último álbum Backspacer (2009). Nada foi confirmado pela banda.
Ouça a balada com acordeão e cordas (antes que seja removida) aqui.
Em tempo: foi no Antiquiet que um blogueiro publicou as inéditas do Guns em 2008.
>>>>> Mais Pearl Jam
Capa do novo disco do STPFoto: Divulgação |
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Não sei se Stone Temple Pilots ainda faz algum sentido para você (ou se algum dia fez)... o fato é que a banda de Scott Weiland voltou e acaba de liberar uma nova música, Between the Lines.
Stone Temple Pilots - Between The Lines by Atlantic Records
Absolutamente Nirvana, certo? Naaaaaaaada de novo. Nada. E também nada muito diferente do que Weiland fez em Velvet Revolver (do qual saiu em abril do ano passado). Mas ok, STP criou a ótima Plush então, por mim, estão perdoados.
Between the Lines estará no novo disco da banda, chamado simplesmente Stone Temple Pilots. Sai no dia 25 de maio. A ilustração da capa (acima) foi criada por Shepard Fairey, mestre da arte de rua, ativista político e crítico do capitalismo que assombrou megalópoles a partir do fim dos anos 80 - e que, hoje, é condenado pela nova geração das artes visuais por se tornar o que ele tanto criticava: um mercantilista das artes. Pra quem não lembra, Fairey criou aquele famoso pôster da campanha de Barack Obama à presidência... e esse está MUITO longe de ser o trabalho mais legal do cara. Leitura recomendada: Obey: Supply and Demand, The Art of Shepard Fairey.
Então é isso... a 90s-nostalgia segue com Weiland e cia. após as voltas de Soundgarden, Pavement, Jane’s Addiction, Alice in Chains, Hole (que neste finde tocou no SXSW e, segundo Courtney Love, foi o pior show dela EVER) e a longa caminhada de Pearl Jam. Quem será o próximo? 4 Non Blondes?
>>>>> Mark Arm detona a volta do grunge
Alex Kapranos no início do showFoto: Larissa de Oliveira |
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Atualizado às 03h50min
Você foi ao show do Franz Ferdinand em Porto Alegre ontem/hoje? Lucky, lucky, you're so lucky! Foi uma das apresentações mais incríveis que POA viu nos últimos anos, não apenas pela excelência dos escoceses ao vivo, mas também pelo fato da passagem da banda por aqui ocorrer neste momento auge, algo importantíssimo para inserir ainda mais a cidade no plano de turnês de grupos de relevo no cenário de música atual, se opondo aos comuns giros gaudérios de bandas que tiveram seu ápice há 15 anos ou mais.
Metallica aqui de novo? Ótimo! Guns pela primeira vez? Perfeito! Oasis, Faith no More, R.E.M., Jerry Lee Lewis, Chuck Berry, Morrissey, Red Hot Chili Peppers, Pearl Jam, NOFX, Peter Murphy, Sisters of Mercy, B-52’s, Cult, Ben Harper, Echo & the Bunnymen e mais uma penca de "velhos"? Sim,vários ficaram pra história dos shows na capital. Porém, é raro ver nos palcos gaúchos bandas que estão em momento top – salvo raras exceções como Little Joy, The View, Matt and Kim, No Age, Steve Aoki, Owen Pallet, Hives e DJs gringos (apenas pra ficar nos nomes que lembro agora...)
Franz Ferdinand é uma das mais importantes bandas do rock safra 2000. Os caras revitalizaram o rock britânico ao inserir ambientações dançantes, energéticas e quase marciais por meio da guitarra - mas não apenas através dela, como é explícito no último disco, Tonight, recheado de experimentações eletrônicas definidas pelo produtor Dan Carey.
E foi com uma parafernália de instrumentos que Alex Kapranos (frontman de primeira), Nick McCarthy (guitarrista e tecladista alucinante), Robert Hardy (baixista discreto, mas imprescindível) e Paul Thomsom (batera incansável) incendiaram Porto Alegre com músicas como Do You Want To?, Tell Her Tonight, Take Me Out, Die On The Floor, Can´t Stop Feeling, No You Girls (em uma homenagem aos “great guys” da Pública, que fizeram um show de abertura aplaudidíssimo pela galera), The Dark of the Matinée (com seus riffs fortes e marcantes), This Boy (“I want a car, I want a car”, em versão 100 km/h), Walk Away (o som mais Smiths do Franz; a música mais melancolicamente britânica da banda, que desacelerou a apresentação).
O ritmo do show voltou a subir com Ulysses (“Come on, let's get high”...o hino primeiro de Tonight; a ressaca moral, a busca jovem noturna e constante por algo - qualquer coisa! - e o paralelo irônico com o herói grego de Odisséia que passa 20 anos em guerra longe de casa), Turn it On (funky) e 40’ (em versão pós-rock indie progressiva; virtuose absoluta), além de Michael (já clássica) e Outsiders (numa drum jam maluca com todos integrantes da banda socando tambores em alta sincronia - fazendo uma linha Stomp-Timbalada de brancos).
Versos de Jacqueline ("It's always better on holiday; So much better on holiday; That's why we only work when; We need the money") abriram o bis, que seguiu com Darts of Pleasure (superphantastisch!), This Fire (a melhor pra mim! E, pelo jeito, também pra muita gente, já que o público pulou junto e cantou “There is a fire in me; A fire that burns...; This fire is out of control; I'm gonna burn this city; burn this city” aos berros).
O final catártico foi com Lucid Dreams, surpreendentemente nonsense, com uma letra hermética e seu incrível apêndice eletrônico (um space-rock, psycho-disco, disco-inferno-distortion ou algo que o valha). Foi uma 'Party Anticonformiste' digna das melhores pistas. Total ruptura com o óbvio! Tão chapante ao vivo que deixou o povo quase paralisado. Ao fim da execução, o baterista Paul Thomsom ficou sozinho no palco numa espécie de Live PA apocalíptico. Encerramento nota 10 para um show memorável.
Confira o setlist (não seguido à risca):
Foto: Reprodução |
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Ano novo, banda velha - ok, velha mas legal. Chris Cornell disse no twitter que o Soundgarden voltará a tocar após o recesso de 12 anos, confirmando os boatos que rolaram durante 2009. O site Soundgarden World está online com um vídeo e também já recebe assinaturas de newsletter.
Em março, os músicos tocaram juntos durante um show de Tom Morello, do Rage Against the Machine, em Seattle. Em seguida, Cornell disse que teria se juntado a eles se estivesse no local. Meses depois, o vocalista declarou que os integrantes do Soundgarden estavam pensando em lançar uma caixa de raridades e B-sides.
A banda se separou em 1997, após cinco discos de estúdio. Desde 1998, o baterista Matt Cameron também toca no Pearl Jam. Ainda não foi informado como ele levará adiante as duas funções.
Foto: Reprodução |
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A maior parte dos leitores do Volume escolheu 21st Century Breakdown, do Green Day, o melhor disco internacional de 2009. O álbum obteve 16.55% dos votos na enquete de final de ano. Leia sobre o show deles em Miami aqui. The Fixer, do Pearl Jam, foi eleita a melhor música gringa, com 25.24%.
Já o Oasis conseguiu 30.66% dos votos na escolha do melhor show internacional em Porto Alegre (leia também sobre shows da banda em Londres aqui e aqui), o dobro do Faith No More. E o álbum Um pouco de cada dia, da Lítera, foi escolhido o melhor lançamento de banda gaúcha ao receber 37% dos votos.
Veja quem são os três mais em cada categoria:
Melhor disco internacional Green Day – 21st Century Breakdown 16.55% Pearl Jam - Backspacer 14.48% U2 – No Line on the Horizon 9.66% |
Melhor música internacional Pearl Jam - The Fixer 25.24% U2 - Get On Your Boots 16.5% Franz Ferdinand - Lucid Dreams 11.65% |
Melhor show internacional em POA Oasis 30.66% Faith No More 15.33% Deep Purple 8.76% |
Melhor lançamento de banda gaúcha Lítera - Um pouco de cada dia (CD) 37.0% Identidade - Antiguidades x Modernidades (CD) 26.63% Pública - Como num filme sem um fim (CD) 13.32% |
Reprodução, Rock'n'Roll ComicsFoto: Capa da edição sobre Elvis |
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O rock está sendo revisado em uma reedição das graphic novels Rock'n'Roll Comics, série que surgiu nos anos 90 e que volta agora ao mercado. A parceria entre a Bluewater Productions, especializada HQ’s biográficas, e a Revolutionary Comics, editoria original das histórias, rendeu o lançamento de 10 volumes, incluindo especiais de Elvis Presley, Beatles, Led Zeppelin e Pink Floyd.
Ao todo, as empresas indicam uma coleção com mais de 70 biografias, publicadas bimestralmente. Não há previsão de lançamento no Brasil. Veja a lista:
Volume 1: Hard Rock Heroes - Guns N’ Roses, Metallica, AC/DC, Black Sabbath/Ozzy Osbourne, Mötley Crüe, Poison, Van Halen, Black Crowes, Motörhead, Pantera, Megadeth, Sammy Hagar, Anthrax, Joan Jett/Lita Ford, Skid Row. |
Volume 2: The Beatles |
Volume 3: The Spirit of the 60’s – Doors, Grateful Dead, Bob Dylan, Jimi Hendrix, Spirit, Janis Joplin, 60s San Francisco Scene (Bill Graham, Jefferson Airplane, etc), British Invasion (Herman’s Hermits, the Animals, Yardbirds, Zombies, Small Faces, etc). |
Volume 4: Led Zeppelin Experience |
Volume 5: A Rock Pantheon - Eric Clapton, Rolling Stones, Elton John, Bruce Springsteen, Aerosmith, Alice Cooper, ZZ Top, The Jackson 5, Rod Stewart, Def Leppard. |
Volume 6: Pink Floyd Experience Volume 7: The Art of Rock - The Who, Queen, Rush, Genesis, David Bowie, Frank Zappa, Kate Bush, ELO, The Cure. |
Volume 8: The King: Elvis Presley |
Volume 9: SMASH! A Punk/Alternative Retrospective - Sex Pistols, R.E.M., Jane’s Addiction, Nirvana, Red Hot Chili Peppers, Soundgarden, Alice in Chains, Pearl Jam, Dead Kennedys, Ramones, The Runaways, Iggy Pop/Stooges, MC5, New York Dolls, U2. |
Volume 10: Hip-Hop and Funk Heroes - Public Enemy, 2 Live Crew, NWA, Ice Cube, Ice-T, George Clinton and Parliament Funkadelic, MC Hammer, Janet Jackson |
Foto: Reprodução, Rock'n'Roll Comics
A Bluewater Productions tem lançado graphic novels legais (como a de Michael Jackson e uma sobre Clash of the Titans - quem nunca viu o clássico de 1981? E quem já viu o incrível trailer do remake que sairá em 2010? Confira aqui - tem uma versão estendida muito mais legal, mas não achei agora....), curiosas (Black History Leaders) e bizarras (Ellen DeGeneres, Sarah Palin).
E por falar em Led Zeppelin, a BBC transmitirá um especial sobre a banda neste 25 de dezembro. Jimmy Page falará sobre as primeiras sessões do Led na rádio britânica. Veja aqui o que vai rolar. Abaixo, segue um áudio do produtor Jeff Griffin falando sobre como foi trabalhar com o Led na gravação de BBC Concert em 1971.
VésperaFoto: Lucas Martins de Mello, Divulgação |
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Teve gente que ficou perplexa quando a Véspera foi escolhida a banda de abertura do show do Faith No More em Porto Alegre, marcado para a próxima terça-feira. O motivo é simples, mas talvez não seja justo: os caras ainda não são muito conhecidos. E você sabe... o desconhecido mete medo em uma galera.
Na entrevista abaixo, feita por e-mail, você fica sabendo um pouco mais sobre a banda de Lucidio Gontan (voz), Marcelo Falcão (guitarra), Vinícius Ferrari (guitarra), Eduardo da Camino (baixo) e Renato Siqueira (bateria), suas influências musicais e literárias, e o que eles esperam sobre o aguardado 03/11 - o dia mais importante para o grupo até hoje.
E se por algum motivo você não conferir a apresentação da Véspera antes do show mais esperado do ano na capital gaúcha, saiba que eles tocam no dia 07/11 na festa OK:ROCK!, lá no Garagem Hermética.
A escolha da Véspera para a abertura do show do Faith No More causou surpresa em muitas pessoas, pois a banda ainda não é muito conhecida. Desde quando vocês tocam? E como rolou essa escolha? Como vocês receberam a notícia? Lucidio: A Véspera existe, oficialmente, desde 2007. Mas eu, o Marcelo (Reichelt, guitarra) e o (Eduardo Da) Camino (baixo), somos amigos de infância e tocamos juntos desde...deixa pra lá.... Na época da escola, nos encontrávamos quase todas as noites para assistir à MTV com o sinal UHF péssimo na casa do Camino, e foi importante ver todos aqueles clipes do Pearl Jam, Alice in Chains, Faith No More... Conhecemos o Renato (Siqueira, bateria) e o Rodrigo Bonjour (antigo guitarrista, atualmente na banda Lìtera) numa época em que estavam nascendo as melodias que seriam as primeiras músicas da Véspera. Com a entrada do Vini (Vinícius Ferrari, guitarra), a banda ganhou uma energia extra. Esse guri, que vive lendo tudo quanto é blog de música, viu no Remix o post do Gustavo Brigatti abrindo uma enquete informal sobre qual banda deveria o show do Faith no More |
Este será o primeiro grande show de vocês? Onde a banda costuma tocar e, no geral, qual é o seu público? Lucidio: Será, sim, nosso maior show! Apesar de pouco conhecida do grande público, a banda conseguiu formar uma verdadeira família. Nossos fãs acabam virando nossos amigos e fãs assim valem por mil! Essa proeza é culpa deles, e é pra eles esse show! Mas voltando à pergunta, a Véspera é a banda oficial da festa OK:ROCK!. O repertório fica recheado de versões de Beatles, Muse, Placebo, coisas mais diferentes como Prince e outras bandas que a gente curte. Também fomos a banda residente do Art & Bar por sete meses entre 2008 e 2009. Nosso público é o mais variado possível. Já vimos pessoas com a camiseta da Tom Bloch e do Slayer na mesma festa! Aliás, ontem (terça-feira) fizemos um showzaço neste bar para amigos e fãs como forma de agradecer a todos pelo carinho que temos recebido. E o bar lotou! Ficamos perplexos! |
A Véspera tem algumas composições interessantes. Faixas que parecem sinceras, não ligadas a modismos, um tanto quanto despretensiosas e que podem variar de tonalidade de uma para outra, como nos casos de Tudo sobre Nada, Sobre esses dias e Não uso o coração. Como vocês compõem? O lance rola em grupo? Ou alguém tem um peso maior nisso? Eduardo: Compor é sempre um processo coletivo pra se chegar ao resultado final de cada música. Geralmente o Vini e o Marcelo trazem algo inicial pros ensaios, depois de tocarem em casa, no violão, repetindo um milhão de vezes um riff ou uma seqüência de acordes. No estúdio, “encaixamos” baixo e bateria. E aí, tome repetição de novo, pro Lucidio criar a linha vocal em cima da melodia. Às vezes ele faz isso já com letras prontas, e a métrica do texto na folha de papel acaba influenciando a melodia. E mexemos nas músicas até a hora de gravar, quando geralmente o Lucidio vem com sugestões de detalhes sutis no arranjo que acabam fazendo uma diferença enorme pra quem ouve a música. Lucidio: Nosso método mais clássico, e o mais difícil, é o de compor o arranjo e a linha melódica da voz antes da letra. Estamos, aos poucos, tentando inverter isso, porque é muito mais fácil e rápido. Sobre esses dias é nossa música mais antiga. Nasceu pronta e foi concebida assim: arranjo antes, letra depois. |
Quais bandas vocês curtem? Em que tipo de som vocês se espelham pra compor? Renato: Somos de escolas musicais diferentes, e ao mesmo tempo, com muitas coisas Lucidio: Temos buscado estruturas diferentes para as músicas, mas a fórmula da banda Live, uma de nossos preferidas, é infalível: estrofes mais calmas, ponte com alguma tensão e refrão explosivo. |
Outra característica de vocês são as letras inspiradas. No MySpace vocês indicam apenas uma influência: Fernando Pessoa. Qual o peso dele e da literatura em geral para o som da banda? Lucidio: Nossa paixão por Fernando Pessoa é declarada. É como se ele nos entendesse e escrevesse letras para a Véspera! Tanto que temos parte de um de seus poemas (O Andaime) musicado. E Não uso o coração (o nome da música é uma frase dele!) foi toda escrita inspirada na rima e na métrica de outro de seus poemas, chamado Isto. Dá uma olhada no original e como ficou nossa letra: Excerto de Isto, de Fernando Pessoa.
Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo, O que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. Não uso o coração, da Véspera De vez em quando eu minto E vivo de ilusão Prefiro o meu instinto A tua devoção Exponho o meu fracasso Procuro uma saída E junto os pedaços Do que sobrou de vida |
Senti uma proximidade entre o som de vocês e o da Tom Bloch, que também sempre privilegiou letras rebuscadas, românticas e desesperadas. Vocês concordam com isso? Eduardo: É uma comparação que muito nos alegra, somos muito fãs da Tom Bloch. As músicas deles têm uma aura de desespero silencioso, falta de perspectiva e resignação. Isso é muito Mal do Século! E falar das letras deles é covardia! |
Qual a expectativa da banda para a abertura do FNM em POA? Estão nervosos? Renato: O Faith No More é e sempre foi uma das nossas bandas preferidas! Tanto que eu e o Camino temos uma banda cover só de FNM. Não diria que estamos nervosos, até porque ensaiamos constantemente e saímos agora de uma rotina puxada de shows, tocando todas as quintas no Art&Bar! Estamos ansiosos pelo momento de subir no palco e dar nosso sangue! É o nosso maior show até o momento, mas faremos o que melhor sabemos fazer: tocar. |
Acredito que enfrentar o público do FNM em POA seja um trabalho difícil. O que vocês estão planejando pro show? Apenas músicas próprias? Algum cover ou algo assim? Eduardo: Faith No More é uma banda muito inclassificável. Tem pedacinhos de metal, de funk, de progressivo, de hardcore, mas é absolutamente única. Juntando a isso a voz bizarra e as letras lindas e doentias do Mike Patton, fica bem difícil delinear um perfil médio do fã de Faith No More. Espero que saibamos surpreender o público tanto quanto o FNM. Lucidio: Eu fui ao primeiro show do FNM no Gigantinho em 1991. Eu estava nas cadeiras, bem longe, de frente para o palco e lembro do público jogando revistas em chamas na banda de abertura, a Maggie´s Dream, do ex-vocalista do Menudo, Robby Rosa (risos). É um público insano, sim. Dizem que os gaúchos pecam pelo bairrismo. Já ouvi dizerem que para o gaúcho não basta seu time ganhar, o adversário tem que perder. Detesto ouvir isso e acho que no dia 03 a gauchada vai provar que é o melhor público de rock do Brasil! Renato: Não somos uma banda que toca covers, nós apenas pegamos músicas que gostamos e fazemos versões, sempre imprimindo nossa marca pessoal! Ainda não fechamos o set list definitivo, mas estamos armando algo impactante, para prender a atenção do público do Faith No More. Pode ter certeza de que não iremos decepcionar todos que acreditam em nós! Esse show é pra vocês! |
>>>>> Veja o Faith No More tocando em Lima
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Show do Mudhoney em 2008Foto: Matt Komalchyk, Divulgação |
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Alice in Chains, Therapy? e Dinosaur Jr estão na estrada. Além deles, os ícones do under Pixies (há anos) e Jane’s Addiction (mais recentemente) também estão fazendo shows. Pearl Jam, Sonic Youth e Mudhoney sempre estiveram ativos. Apesar dos anos 90 estarem vivos como nunca em diversas vertentes da música, o guitarrista e vocalista Mark Arm disse que “a volta do grunge” é ficção.
Em entrevista à BBC 6 Music, o músico do Mudhoney voltou a dizer que o termo foi criado pela indústria cultural para vender produtos. Arm declarou que, no início da banda, eles se achavam punks.
– Não eram apenas cabelos pontudos e jaquetas de couro. Havia The Replacements e The Butthole Surfers. Eram muito diferentes, consideradas bandas punk do underground nos EUA. Nós sentíamos que cabíamos em algum lugar dentro disso – explicou.
Como todos sabem, o som de Seattle do final dos anos 80 se tornou sucesso comercial no início dos 90 sob a alcunha “grunge” especialmente após o lançamento de Nevermind (Nirvana) e Ten (Pearl Jam). Mas, para Arm, o grunge já estava morto no primeiro minuto em que foi usado como ferramenta de marketing. – Nós éramos uma banda crua e tínhamos guitarras radicais, e ainda temos, mas a ideia de que isso [o grunge] acabou sendo uma palavra para descrever um movimento que é mais conhecido por discos de gravadoras altamente produzidos é meio desconcertante para mim – admitiu.
O guitarrista concluiu dizendo que mesmo seus amigos do Pearl Jam nunca se viram como uma banda grunge e que o rótulo tinha mais a ver com a moda do que com a música.
A BBC 6 Music também relembrou parte de uma recente entrevista de Lou Barlow, do Dinosaur Jr, na qual ele disse que o grunge é superestimado.
– Nunca entendi por que as pessoas são nostálgicas com relação a esse período [da música] ou acham que ele realmente começou. Ele logo se tornou um heavy metal genérico. Havia apenas uma banda... Nirvana.
O Pearl Jam lançou nesta semana o clipe de The Fixer, música que está no novo álbum da banda, Backspaper. O vídeo foi dirigido por Cameron Crowe (Quase Famosos e Vida de Solteiro) durante um show em Seattle. O disco sai no dia 20 de setembro.
Também caiu na rede a música Supersonic:
>>>>> Pearl Jam promove jogo para liberar download
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