Ozzy durante o showFoto: Divulgação |
![]() |
Ozzy Osbourne é uma lenda. Seja por ter sido o front man de uma das grandes bandas de heavy metal da história, seja por ter sobrevivido a uma vida de abusos de drogas que provavelmente só encontra um rival à altura no colega de profissão Keith Richards, o cara é histórico. Por isso, não importa se o som do cara é o seu tipo de música ou não: quando anunciam que ele vai tocar de graça no Itunes Festival, o que você faz? Você vai, é claro! Sem sombra de dúvidas, Ozzy Osbourne é o grande nome a puxar o line up do festival deste ano, e por isso mesmo, achei que seria muito difícil entrar sem ingresso para ver o proclamado príncipe das trevas. Mas me impressionei com a facilidade que foi entrar e, em poucos minutos, lá estava eu no meio do público - composto em grande parte por homens passando dos 40 anos, vale dizer – para conferir a performance do lead singer do Black Sabbath.
Antes mesmo do show começar, todo mundo gritava freneticamente o nome do cara, quando pontualmente às 21h, uma chuva de raio lasers varreu a platéia e, eis que surge no palco o Ozzy - meio cambaleante, mas cheio de energia – berrando o que seria o seu grito de ordem por toda a noite: “Quero ver a #@$% das mãos de vocês para cima!”. A galera obedeceu de prontidão e ele não decepcionou a plateia. Cheio de disposição e com o gogó em dia, o Ozzy que se apresentou pouco lembrava o senhor sequelado que todo mundo aprendeu a adorar no seriado The Osbournes.
Andando de um lado para outro do palco e parecendo estar se divertindo muito com tudo, ele cantou uma lista de hits como Bark at the moon, Let me hear you scream, Mr. Crowley, I don´t know, Suicide Solution, Shot in the dark e Road to nowhere. Os sucessos eram intercalados por inúmeros momentos em que Ozzy muniu-se de baldes e mais baldes cheios de água para tocar na galera que, para meu espanto, brigavam com ardor para serem molhados pelo britânico.
Uma saída estratégica do palco para recuperar o fôlego deu espaço para a ótima banda que o acompanhava exibir sua capacidade, com destaque para o baterista que fez um solo para lá de alucinado de mais de cinco minutos, prontamente emendado com as primeiras batidas de Iron Man e Crazy Train, para delírio do público. Com o final do show se aproximando, mais uma saída estratégica abriu espaço para o bis, um verdadeiro enfileirado de clássicos: Mamma I'm Coming Home, I don´t want to change the world, War pigs e Paranoid.
No final, enquanto o público saía, uma equipe ainda distribui máscaras de papelão com a cara do Ozzy, brinde que faltava para fazer a alegria da galera. Foi a primeira vez nos shows que assisti no Itunes Live Festival que deu para notar que o pessoal presente era composto em sua maioria por fãs. A dose de adoração foi às alturas. Fato que, além da performance bacana de Osbourne, foi um espetáculo à parte.
>>>>> Cientistas querem saber como Ozzy ainda está vivo
>>>>> Mais Ozzy
Foto: Divulgação |
![]() |
Que o Itunes Live Festival é um dos festivais mais bacanas na Europa a gente já sabia. Mais do que isso, é uma das maiores barbadas pra quem quer assistir shows de bandas muito legais assim, absurdamente de graça. Afinal, são nada menos do que 30 dias de música non-stop, 60 bandas tocando diariamente e, mesmo que você não tenha ganho o ingresso que eles distribuem na página do evento no Facebook, é só você parar lá na frente do furudunço que você entra tranqüilo! Nada pode ser melhor.
Nos últimos anos, gente de peso passou pelo festival, como Amy Winehouse, Placebo, Oasis, Franz Ferdinand e Kasabian. Tendo como palco a Roundhouse, na minha opinião a casa de shows mais bacana de Camden Town, o line up não deixa a desejar: Keane, Kate Nash, Florence and the Machine, Ozzy Osbourne, Tony Bennet e muitas outras atrações. Ontem, dia 1º de julho, mais uma vez lá estava eu sem ingresso na porta do Festival, para assistir a banda que abriria oficialmente os trabalhos: Scissors Sisters.
Tá aí uma banda que eu acho divertida. Não excelente, mas pra lá de divertida. E, embora o mais novo trabalho deles, o CD Night Work, já esteja circulando pela a internet há algumas semanas, seu lançamento oficial foi esta semana. Portanto, o show foi marcado por uma mistura dos maiores hits e a apresentação dos novos singles da banda americana. Normalmente, um show temperado por muitas músicas novas pode ser um problema, já que a platéia ainda não sabe cantar de cabo a rabo as canções...mas não no caso da Scissors Sisters.
Com uma presença de palco incrível e um repertório composto por músicas 100% dançantes, não havia quem ficasse parado, mesmo sem saber cantar uma linha do refrão de algumas das letras. Foi assim nas novíssimas Skin Tight, Fire with Fire e Night Life, que fizeram chacoalhar até os mais resistentes à batida disco do quinteto. Se nas músicas não tão conhecidas o clima já era de festa total, imaginem quando os primeiros acordes de sucessos como I don´t feel like dancing, Take your mamma e Laura ecoavam no espaço? Loucura, loucura!
– Londres é a nossa segunda casa –, gritou diversas vezes Anna Matronic, que junto com Jake Shears divide os vocais. E não é para menos. O Scissors Sisters é daquelas bandas que foram acolhidas com animação na Inglaterra antes de estourarem nos Estados Unidos, como aconteceu com o Killers e Kings of Leon, guardadas as devidas proporções, claro.
Ao final da noite, um cover para lá de dançante da pesadona Confortably Numb, do Pink Floyd, fez com que a galera saísse dançando porta afora da Roundhouse, dando a certeza de que julho será animado. Um ótimo começo para um mês inteiro de shows que prometem grandes performances.
>>>>> Leia sobre outros shows do Itunes Festival
Foto: Divulgação |
![]() |
Atualizado dia 17, às 18h55
A Sky News divulgou que uma amostra do sangue de Ozzy Osbourne será analisada por cientistas que querem descobrir como ele está vivo após anos de abuso de álcool e drogas. Para isso, os pesquisadores querem mapear o genoma do ex-vocalista do Black Sabbath. Genial.
O objetivo da companhia norte-americana Knome é entender como algumas pessoas podem viver uma vida de excessos e outras não. A pesquisa será feita durante três meses e custará
R$ 71.280,00.
Ozzy, 61 anos, já comentou que, em alguns momentos, chegou a beber quatro garrafas de conhaque, ter um teto, acordar e voltar a beber. Recentemente, se descreveu como um “milagre médico” e admitiu que não entende como sobreviveu a 40 anos de bebedeira.
Durante o programa de tevê The Osbournes, Ozzy tomava 42 tipos de medicamentos e fumava ilícitos no quarto, longe das câmeras. Também fumava charutos como se fossem cigarros. Além disso, ele sofre de uma doença degenerativa similar à doença de Parkinson e superou uma fratura no pescoço provocada em um acidente de bicicleta em 2003.
O cantor também já disse que seu cadáver deveria ser exibido no Museu de História Natural de Londres. Concordo.
Scream, o novo do Ozzy, sai no dia 22 de junho. As 11 faixas que integram o álbum foram liberadas no MySpace. Ozzy também disponibilizou seis músicas para download na Rock Band Music Store, sendo três do novo disco (Diggin' Me Down, Soul Sucker e Let Me Hear You Scream) e três antigas (I Don't Wanna Stop, Crazy Babies e No More Tears).
>>>>> Mais Ozzy
Foto: Reprodução |
![]() |
O documentário Lemmy - The Movie, sobre Lemmy Kilmister, líder icônico do Motörhead, será lançado em março no South by Southwest, o festival de música e cinema (leia aqui) que rola entre os dias 12 e 21 em Austin, no Texas.
Produzido em HD e 16mm, o doc tem entrevistas com amigos, familiares, músicos que passaram pela banda e fãs do quilate de Ozzy Osbourne, Alice Cooper, Mick Jones (Clash), Peter Hook (Joy Division, New Order), Dave Grohl, Metallica e Slash. Foram três anos de filmagens, que reúnem bastidores de shows e imagens do cotidiano do cara.
No trailer abaixo, Grohl dá o tom do lance: “que se foda Keith Richards e todos os caras que sobreviveram aos anos 60, voando em jatos e dizendo que pegaram supermodelos em hotéis caros em Paris. Você sabe o que Lemmy está fazendo? Provavelmente está bebendo Jack Daniels com Coca-Cola e escrevendo um novo disco.”
Sim, Lemmy é o rock’n’roll incorporado. Em entrevista à Folha de S.Paulo no ano passado, disse que o rock é a sua vida:
– Se eu tivesse que parar de tocar, significaria que não posso mais andar. Então ficaria por aí, andando na minha cadeira de rodas..
Você até pode não gostar de heavy metal, mas é meio impossível não curtir a banda que misturou os primórdios do punk com os primeiros tempos do metal setentista para tocar realmente ALTO.
Reprodução, Rock'n'Roll ComicsFoto: Capa da edição sobre Elvis |
![]() |
O rock está sendo revisado em uma reedição das graphic novels Rock'n'Roll Comics, série que surgiu nos anos 90 e que volta agora ao mercado. A parceria entre a Bluewater Productions, especializada HQ’s biográficas, e a Revolutionary Comics, editoria original das histórias, rendeu o lançamento de 10 volumes, incluindo especiais de Elvis Presley, Beatles, Led Zeppelin e Pink Floyd.
Ao todo, as empresas indicam uma coleção com mais de 70 biografias, publicadas bimestralmente. Não há previsão de lançamento no Brasil. Veja a lista:
Volume 1: Hard Rock Heroes - Guns N’ Roses, Metallica, AC/DC, Black Sabbath/Ozzy Osbourne, Mötley Crüe, Poison, Van Halen, Black Crowes, Motörhead, Pantera, Megadeth, Sammy Hagar, Anthrax, Joan Jett/Lita Ford, Skid Row. |
Volume 2: The Beatles |
Volume 3: The Spirit of the 60’s – Doors, Grateful Dead, Bob Dylan, Jimi Hendrix, Spirit, Janis Joplin, 60s San Francisco Scene (Bill Graham, Jefferson Airplane, etc), British Invasion (Herman’s Hermits, the Animals, Yardbirds, Zombies, Small Faces, etc). |
Volume 4: Led Zeppelin Experience |
Volume 5: A Rock Pantheon - Eric Clapton, Rolling Stones, Elton John, Bruce Springsteen, Aerosmith, Alice Cooper, ZZ Top, The Jackson 5, Rod Stewart, Def Leppard. |
Volume 6: Pink Floyd Experience Volume 7: The Art of Rock - The Who, Queen, Rush, Genesis, David Bowie, Frank Zappa, Kate Bush, ELO, The Cure. |
Volume 8: The King: Elvis Presley |
Volume 9: SMASH! A Punk/Alternative Retrospective - Sex Pistols, R.E.M., Jane’s Addiction, Nirvana, Red Hot Chili Peppers, Soundgarden, Alice in Chains, Pearl Jam, Dead Kennedys, Ramones, The Runaways, Iggy Pop/Stooges, MC5, New York Dolls, U2. |
Volume 10: Hip-Hop and Funk Heroes - Public Enemy, 2 Live Crew, NWA, Ice Cube, Ice-T, George Clinton and Parliament Funkadelic, MC Hammer, Janet Jackson |
Foto: Reprodução, Rock'n'Roll Comics
A Bluewater Productions tem lançado graphic novels legais (como a de Michael Jackson e uma sobre Clash of the Titans - quem nunca viu o clássico de 1981? E quem já viu o incrível trailer do remake que sairá em 2010? Confira aqui - tem uma versão estendida muito mais legal, mas não achei agora....), curiosas (Black History Leaders) e bizarras (Ellen DeGeneres, Sarah Palin).
E por falar em Led Zeppelin, a BBC transmitirá um especial sobre a banda neste 25 de dezembro. Jimmy Page falará sobre as primeiras sessões do Led na rádio britânica. Veja aqui o que vai rolar. Abaixo, segue um áudio do produtor Jeff Griffin falando sobre como foi trabalhar com o Led na gravação de BBC Concert em 1971.
Foto: Divulgação |
![]() |
Atualizado às 15h27min
As declarações de Paul McCartney sobre o destino das músicas dos Beatles, publicadas ontem, correram o mundo. O músico afirmou ao semanário NME que gostaria que as músicas da banda estivessem disponíveis para download. Ao mesmo tempo, a Mojo fez uma lista das 20 mais da banda (veja abaixo).
Oficialmente, o catálogo dos britânicos esteve longe do mundo virtual até agora, mas McCartney garantiu que está trabalhando para que os fãs possam, finalmente, baixar as músicas de forma legal. O músico culpou a gravadora EMI pelo atraso.
– Tivemos problemas com o iTunes - quer dizer, a EMI era o problema -, com os downloads, e queremos consertar isso porque é assim que muita gente adquire músicas – disse McCartney.
Foto: Reprodução
O primeiro passo dado em direção ao ciberespaço foi dado há algum tempo e se concretiza hoje, com o lançamento do game The Beatles: Rock Band.
– Nós meio que superamos [os problemas com download], pois agora você pode baixar no Rock Band. Sempre gostei disso: quando dizem que você não pode fazer algo e, de repente, há uma pequena rota pelos fundos – completou.
Mas McCartney admitiu que não está por dentro do jogo:
– Eu ainda não tentei. Quando vou a uma demonstração e as pessoas jogam eu penso: 'Deus, isso parece difícil'.
The Beatles: Rock Band tem 45 canções, terá um preço mínimo de US$ 60 e ganhou a aprovação de McCartney, do baterista Ringo Starr, de Yoko Ono e da viúva de George Harrison. Leia mais sobre o jogo no Canal dos Games.
Yoko diz que catálogo será lançado hoje no iTunes
Também ontem, segundo o canal de música do G1, Yoko Ono teria dito em entrevista à Sky News que todo o catálogo dos Beatles estará disponível na loja virtual do iTunes a partir desta quarta-feira (9).
A notícia chegou a ser veiculada no site da Sky News, mas foi removida logo depois, já que este seria o assunto de um anúncio que a Apple fará hoje.
Já gravadora EMI informou ao Financial Times que as negociações para disponibilizar o catálogo da banda na internet ainda estão em andamento e que o suposto anúncio da novidade não será feito hoje.
Atualização: a EMI disse nesta tarde (aqui e aqui) que o catálogo da banda não será disponibilizado no iTunes neste momento. O executivo Ernesto Schmitt declarou que as negociações entre as gigantes seguem em andamento. Mojo lista as 20 mais da banda
Na sua última edição, a Mojo listou o top 20 das músicas dos Beatles.
O ranking foi comentado por ilustres como Paul Weller, Wayne Coyne (Flaming Lips), David Crosby, John Cale, Ozzy Osbourne, Tom Petty, Bettye LaVette, Pete Shelley (Buzzcocks), Danger Mouse (Gnarls Barkley, Gorillaz), Win Butler (Arcade Fire), Tom Rowlands (The Chemical Brothers), James Skelly (The Coral), Tori Amos, David Crosby, Dave Okumu, John Cale e outros. Veja:
11. Eleanor Rigby | |
2. Strawberry Fields Forever | 12. Come Together |
3. Yesterday | 13. Hey Jude |
4. Tomorrow Never Knows | 14. I Want To Hold Your Hand |
5. Something | 15. With A Little Help From My Friends |
6. She Loves You | 16. Revolution |
17. While My Guitar Gently Weeps | |
8. Happiness Is A Warm Gun | 18. Can't Buy Me Love |
19. Norwegian Wood (This Bird Has Flown) | |
20. Rain |
Foto: Divulgado |
![]() |
Os advogados de Ozzy Osbourne entraram com um processo no Escritório de Marcas e Patentes dos EUA contra o guitarrista Tony Iommi, colega de Osbourne no Black Sabbath, alegando que o mesmo tentou assumir ilegalmente o controle total do nome da banda.
Segundo o jornal New York Post, o processo de Ozzy exige que o cantor fique com 50% da propriedade da marca Black Sabbath e parte dos lucros que Iommi ganhou com o uso do nome, sugerindo que foi a voz de Osbourne que ajudou a criar o sucesso da banda.
O processo de Osbourne acontece após outro feito por Iommi em dezembro de 2008 contra a Live Nation, no qual guitarrista afirmava que a empresa continuou vendendo material relacionado ao Black Sabbath após o fim do contrato em 2006. Logo após o fim do acordo, Iommi teria registrado a marca do grupo em seu nome.
>>>>> Mais sobre Ozzy
Atualizado às 16h39min
Fotos: Liny Rocks, Especial
No mundo do metal existe uma diferença gigantesca entre Angra e Sepultura. Se não fossem ambas brasileiras, essas bandas de renome internacional não teriam nada a ver uma com a outra, e dificilmente se cruzariam. Mas em um país onde a qualidade dos metaleiros contrasta com a falta de bons shows para a gurizada local, a iniciativa destes gigantes é ótima, e fortalece a cena do som pesado nacional.
Mas... fica aquela dúvida... Será que não vai ser esquisito ver dois estilos tão diferentes? As duas bandas fizeram neste domingo na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre, a terceira apresentação da turnê nacional em parceria. No final, mostraram ter mais em comum do que todos imaginavam.
Pelas oito e meia, lá estava a Tierramystica mandando seu metal farofa melódico com direito a flauta do peruano Hernando e charango.
Agradeço peloscomentários que me alertaram que o instrumento usado pela banda é um CHARANGO, de origem andina, que nada tem a ver com cavaquinho.
Pena que a acústica da Casa do Gaúcho não favorecia, e pouco se ouviu destes instrumentos inusitados..
Empolgaram mais com os covers de Run to the Hills, do Iron Maiden, e Burn, do Deep Purple. Enquanto os homens da flauta e do cavaquinho ficavam sentados esperando para tocar as composições próprias.Foi só acabar o show que o público já começou a chamar a banda seguinte, com os gritos tradicionais que sempre rolam quando o Angra toca:
– Olê, olê, olê, olê! Angra! Angra!
Mesmo se não fosse a gritaria, seria bem fácil perceber quem iria aparecer no palco. Era só ver a movimentação das garotinhas ensandecidas, loucas para ver de perto o vocalista Edu Falaschi, que conquista as metaleiras com seu jeitinho Hanson de bom moço.
Mas nos primeiros acordes, os caras já mostraram que são muito mais do que gestos suaves e mexidinhas no cabelo do vocalista. Abriram com dois clássicos: Carry On, do Reaching Horizons(1992), ainda da época de André Matos, e Nova Era, do Rebirth (2001), o primeiro trabalho da atual formação. O suficiente para empolgar o público até fim.
Entre uma ajeitadinha no cabelo e outra, Edu Falaschi disse que o Angra fez questão de iniciar a turnê em Porto Alegre, para "começar com o pé direito". E deu de "presente" para a gauchada uma bela performance do single Lisbon, de 1998. Continuaram encantando o público com os solos de Kiko Loureiro e a batida rápida de Ricardo Confessori. Depois da pausa para o bis, voltaram e fizeram a Casa do Gaúcho inteira cantar junto com Rebirth, do álbum de mesmo nome. Deixaram o palco aplaudidíssimos.
Assim como ocorreu com Angra, foi bem fácil perceber qual seria a banda seguinte. As mesmas guriazinhas que gritavam por Edu Falaschi agora saíam da pista e iam para perto do bar. Elas sabem o que acontece quando o Sepultura sobe no palco.A banda iniciou o show tocando duas músicas do novo álbum, A-Lex, todo inspirado na clássica obra Laranja Mecânica. Com a pegada de sempre, aquela bateria rápida e muito peso na guitarra de Andreas Kisser, com aquela emocionante distorção suja. Jean Dolabella provou não deve nada a seu antecessor Igor Cavalera. Mandou muito bem.
E não demorou para abrir aquele clarão na pista. A gurizada curtia o show pulando, pogando, batendo cabeça e fazendo o clássico sinal do demo com a mão.
Quando vou a um show de banda com mais de 20 anos de estrada, geralmente prefiro as musicas antigas. Mas os sons que eles mandaram do novo álbum mostraram que a banda, mesmo com tanto tempo de existência, não perdeu a pegada.
Mas, obviamente, o Sepultura não ia deixar de brindar os fãs com os clássicos. A terceira foi Refuse/Resist, do álbum Chaos AD (1993). A casa veio abaixo só no primeiro riff. Era o Sepultura das antigas! Toda a pista pulava e cantava junto. Aliás, o show teria tido vários belos "singalongs" se o volume dos instrumentos não estivesse tão alto. O público cantava a maioria das musicas junto, mal dava para ouvir a galera.Foi assim também com Territory, do mesmo disco, que emocionou muito a gurizada. Lindo mesmo foi quando Derrick olhou para a galera e disse:
– I need you to f*ckin’... ARISE!
Era o som do álbum de 1991. Teve uma hora que a banda sentiu que a galera tinha se acomodado um pouco. Resolveram o problema rapidinho, mandando Roots, Bloody Roots, faixa de abertura do Roots (1996). Emocionante a ponto de levar um jornalista ruivo que estava cobrindo o show a encarar o tumulto para curtir pertinho do palco cantando junto.
Aí no fim rolou uma surpresa. E que surpresa! Os integrantes de Sepultura e Angra se juntaram para "duelar", tocando clássicos do rock and roll!
– Sepul Angra! Ou Angratura, como preferirem – brincou Andreas Kisser.
Primeiro, foi Immigrant Song, do Led Zeppelin. Aí Edu Falaschi provou sua eficácia imitando com perfeição os gritos histéricos de Robert Plant. Depois, rolou um AC/DC. Back in Black, para mim a melhor da lendária banda australiana. Quem cantou foi o batera do Angra, Ricardo Confessori.
Como quem diz "metal melódico é comigo", Edu Falasci pegou o microfone para cantar o clássico The Number Of The Beast, do Iron Maiden, com três guitarras, como o Iron toca agora. E três grandes guitarristas, o que garantiu a qualidade.
Por último, Andreas Kisser e Kiko Loureiro fizeram misérias com os riffs de Paranoid, do Black Sabbath. Sem ensaiar! Pelo menos foi o que disse Edu depois. O bacana é que Derrick Green havia ouvido o público pedindo o Sabbath e resolveu pedir também! E foi ele quem cantou, impressionando todo mundo com um timbre que chega perto do de Ozzy Osbourne.
Sepultura e Angra podem ter estilos diferentes, até mesmo opostos, mas mostraram ter algo em comum: o gosto pelo rock and roll de qualidade. E é isso que importa. Mandaram bem.
Foto: reprodução |
![]() |
Foi divulgado essa semana o trailer do documentário Wreckage Of My Past, que contará a história de Ozzy Osbourne vista de um ponto diferente, com lançamento previsto para 2010. A intenção é apagar a imagem que o seriado The Osbournes criou do rockeiro, segundo palavras de Jack, seu filho, e produtor executivo do documentário:
- Eu estou tentando pintar um retrato realista do meu pai. Acho que The Osbournes manchou a percepção da opinião pública em relação ao meu pai e o tratou como um sujeito senil e engraçado. Sim, meu pai pode ser aquele cara, mas não é. Meu pai não é um idiota. Ele é nada menos que um gênio, na minha opinião. Ele tem enormes falhas, e estamos tentando demonstrar isso no filme.
Dirigido por Mike Piscitelli e escrito e produzido por Jordan Tappis, esta será a primeira produção da Jacko Productions, empresa fundada por Jack.
O documentário pretende mostrar clareza e sobriedade em um novo Ozzy Osbourne, bem como problemas enfrentados com bebidas, doenças, laços familiares cortados e uma recente dependência de drogas e álcool. O objetivo do documentário é conciliar os problemas do passado e olhar para o futuro.
O título, Destroços do meu passado, em português, é em alusão à música Road To Nowhere do álbum No More Tears, da qual Ozzy retrata também seus problemas do passado.
As filmagens começaram em janeiro de 2008 e apresentam entrevistas com os membros do Black sabbath, familiares e amigos, vários shows, além de estar programada uma entrevista com a primeira esposa de Ozzy.
WRECKAGE OF MY PAST from MIKE PISCITELLI on Vimeo.
Foto: Reprodução |
![]() |
O baixista dos Sex Pistols foi escolhido o roqueiro mais controverso do mundo por 25% das pessoas que responderam à pesquisa feita pelo Orange.co.uk. Sid ficou à frente de Ozzy Osbourne, Keith Richards e Amy Winehouse na lista de "roqueiros" feita pelo site:
1. Sid Vicious
2. Ozzy Osbourne
3. Keith Richards
4. Amy Winehouse
5. Michael Jackson
6. Marilyn Manson
7. Pete Doherty
8. Britney Spears
9. Courtney Love
10. Madonna
Concorda?
Music non stop! A qualquer momento, notícias sobre música, entrevistas com bandas e artistas, reportagens, resenhas sobre shows e lançamentos de álbuns, dicas para downloads, sugestões de novos clipes, cena local, mercado mundial e mundos paralelos. Abaixo: textos separados conforme categorias (show, clipes, entrevistas, podcast...) Acima: clique na imagem do botão Volume para ler notícias em ordem de publicação E-mail:
volume@clicrbs.com.br
Siga o Volume:
Clique na imagem acima para conferir o calendário de shows
Clique na imagem acima para escutar Volume no BLIP.fm
Dúvidas Frequentes | Fale conosco | Anuncie - © 2009 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.