Foto: Arte, clicRBS |
Neste Dia Mundial do Rock, Volume lança o primeiro disco virtual de bandas do Rio Grande do Sul. No recorte feito, 25 grupos compõem um espectro variado, de diferentes gerações e estilos. São bandas antigas, novas e outras que estão no meio do caminho, sempre tendo o rock como ponto de partida.
Todos escolhidos são especiais por algum motivo, por isso foram convidados para participar dessa joint venture cultural. No entanto, vale destacar a nova música dos Walverdes, Spray, a faixa inédita de Mess (Don't mess with my heart), as ilustres participações dos Replicantes e da Pata de Elefante, as revelações Volantes e Procura-se Quem Fez Isso, a nova banda mais cool destas plagas globais, Wannabe Jalva, e a nova gravação feita por Diablo Fuck Show especialmente para este primeiro disco virtual. Sim, primeiro. Outros virão, certamente.
Abaixo, o streaming das músicas (dividido em dois players) e um raio-x básico sobre cada banda. Mas o melhor mesmo é escutar. E não esqueça: play it loud!
Apanhador Só: do indie ao folk, do rock à MPB, da psicodelia universal à raiz folclórica, da furadeira à máquina registradora, do pato de borracha ao projetor Super-8. Pega tudo, joga no liquidificador e aperta o play. O resultado é o refinado som da banda surgida em 2006, mas que lançou seu elogiado disco de estreia apenas neste ano. O nome do quarteto remete a O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger, e à música Marinheiro Só, de Caetano Veloso. O download do disco segue bombando no site oficial.
Um Rei e o Zé, Apanhador Só
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A Red So Deep: não é uma banda engraçadinha, não tem nome engraçadinho nem letras engraçadinhas. Desde 2004, A Red So Deep revê o que de melhor foi realizado no rock alternativo dos anos 90, sem nostalgia, com ímpeto e a partir de uma ótica celebratória fator 2000.
Guilt + Persecution, A Red So Deep
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Brollies & Apples: a banda dos casais Rodrigo Brandão e Bianca Jhordão (Leela) e Carol Teixeira e Fredi Chernobyl Endres (Comunidade Nin-Jitsu, produtor do Bonde do Rolê) começou com a amizade das meninas e deu o primeiro passo efetivo no verão de 2009, em Londres. Na orgia organizada da banda, todos integrantes trocam de instrumentos e cantam a toda hora. No som, guitarras pesadas e tons eletrônicos, no que já foi descrito por eles como electro-grunge. Brollies & Apples nasceu cult.
Roller Coaster, Brollies & Apples
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Dating Robots: banda de rock eletrônico sujo dos incansáveis Edu Normann e Mari Kircher + Fabio Gabardo (produção e programação de bateria). O projeto, que começou em outubro de 2008 (na época chamava-se Chiclé Demência), é o mais legal de Edu e Mari desde a Space Rave. Influências de Primal Scream, The Kills, New Order e Sonic Youth. O clipe da música Movement Talk mostra a que Dating Robots veio.
My Friend, Dating Robots
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Damn Laser Vampires: Ron Selistre, Francis K e Michel Munhoz são impossíveis. Ninguém segura a surf-polka-punk satânica do trio. A partir de 2005, a banda passou a tocar o terror na nossa Gotham imaginária. Pouco depois. o disco Gotham Beggars Syndicate (2006) extrapolou fronteiras reais com facilidade, sendo relançado nos EUA, no Canadá e na Argentina. No cinema, o trio atacou nas trilhas de Ainda Orangotangos, de Gustavo Spolidoro, do novo filme underground Trantastic, da ScUMBAG Movies, e do documentário Day By Day, sobre o surfista top Adriano de Souza, o Mineirinho. Mais: atuam como artistas visuais, ilustradores, produtores e diretores de seus clipes. Santa versatilidade, Batman! Melhor que isso só o show da banda – um dos mais legais há alguns anos, basta perguntar para público e organizadores dos festivais dos quais participaram. O segundo disco, Three-Gun Mojo, sai em breve pela Devil's Ruin Records.
I Wanna Be an Old Bitch, Damn Laser Vampires
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Diablo Fuck Show: A banda é de longe uma das mais legais que surgiram no Rio Grande do Sul desde... 2009! Vocal rouco e doidão de Bruno Mattos, letras divertidas, bem sacadas e irônicas, e um som psycho-country-core porrada, autêntico e robusto que nos leva a um Velho Oeste punk, bêbado e empoeirado, não muito distante daquele que habita nosso imaginário. Ouça enchendo a cara - e antes de morrer!
Enganando a Morte, Diablo Fuck Show
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Funkalister: 2002 viu surgir a superbanda mais cool do Estado, quando Chico Paixão, Everton Velásquez, Vicente Guedes e Junior Ribeiro se reuniram para gravar músicas instrumentais próprias. A ordem era criação e improvisação sem muitos limites. Atingir o objetivo ficou mais fácil quando um naipe de metais foi integrado ao grupo. O som gira em torno de funk, jazz, samba e rock, emulando groove safra 70 e elegância black. Já foram lançados dois discos (Volume 1 e 2) e algumas faixas já se tornaram trilhas de programas de rádio e do filme Andes Crossing.
Tem Coragem?, Funkalister
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Gulivers: Cristiano, Thiago, Rodrigo e Fabricio curtem música e futebol. Não sei como eles jogam, mas tem uma galera que já sabe como eles tocam. E você? O cartão de visitas da banda é Ausente, que está no disco Em Boas Mãos, lançado neste ano, e que teve clipe dirigido pelo cinesta Lufe Bollini, do Coletivo Inconsciente, com Marcos Contreras no papel principal. Bom pra quem se liga em rock inglês e indie americano.
Ausente, Gulivers
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Identidade: uma banda versátil, de rock clássico inspirado nos Stones, mas com senso contemporâneo. Varia entre faixas agressivas, músicas dançantes e composições mais tranqüilas, cheias de groove. Os caras já tocaram tanto em eventos independentes quanto em festivais mainstream nos dez anos de carreira. Ativos na cena, já lançaram três discos, sendo Antiguidades x Modernidades o último deles, via Marquise 51, o selo/produtora comandado por Lucas Hanke (guitarra).
Não para de dançar, Identidade
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Lautmusik: orbita os ruidosos mundos do pós-punk 80 e do shoegaze 90, transitando entre a névoa do submundo musical e apostando em melodias soturnas, climas sufocantes e ambientações melancólicas pouco óbvias – mas sempre com muito punch e com uma carga pop nítida - o que surpreende em meio a um ambiente majoritariamente sombrio. Uma das melhores bandas do RS, Lautmusik se aproxima de Joy Division, My Bloody Valentine, Cure, Mogwai e Jesus & Mary Chain, mas consegue manter identidade própria.
Bury my Heart in Warsaw, Lautmusik
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Maria Elvira e os Suprassummos do Swing (MESS): o perfil da banda no MySpace indica muito bem o que se passa. "Maria Elvira e os Suprassummos do Swing não é uma banda de garotas, nem de garotos; não é rock gaúcho, nem paulista, nem inglês; não é mod, nem grunge, nem new wave; não toca de terninho, nem fantasiada. A MESS é uma banda, e está contente com isso". Rock'n'roll na veia, recheado por guitarra, baixo e bateria marcantes e vocal grave. Simples assim.
Don't mess with my heart, Maria Elvira e os Suprassummos do Swing
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Musical Amizade: mais que uma banda, o Musical Amizade é um acontecimento à base de guitarra, sintetizador, projeções audiovisuais e filosofia. Nos shows, um baterista virtual surge projetado em um telão, tocando em sincronia com o grupo. Nas letras, teorizações pop acerca da vida, do universo e tudo mais. No som, uma liberdade que os leva do rock cabeça ao funk safado. Um lance conceitual para ouvidos aguçados. O Musical começou em 2007 e hoje, com Patricia Spier vivendo em São Paulo, aguarda a agenda dos *integrantes integrados* para dar novos passos.
Applehead, Musical Amizade
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Os Replicantes: E a maior banda punk do Brasil precisa de apresentação? Basta dizer que a ótima De Sul a Norte está no novo disco, 2010, lançado pela Marquise 51. O resto é história.
De Sul a Norte, Os Replicantes
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Pata de Elefante: a banda gaúcha mais conceituada da atualidade também não é mistério pra ninguém há anos. Instrumentistas de primeira linha, o trio Gabriel Guedes, Daniel Mossmann e Gustavo Telles destilam rock 60-70, groove, melodia e surf music ao sabor de Stones, Beatles, George Clinton e Hendrix. Até parece big band! Bom, eles são big mesmo!
Marta, Pata de Elefante
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Procura-se Quem Fez Isso: a nova psicodelia gaúcha tem uma nova cor (a preta), mas não um novo rosto. O quarteto Procura-se Quem Fez Isso mantém o anonimato a todo custo, disfarçando-se com meia-calca, cartola e lanterna de minerador. Mas o segredo restringe-se à identidade dos músicos, já que a música é uma open source de referências e bom gosto. Lounge music dos 60, rock dos 70, brasilidade, ambient, Burt Bacharach, letras muito bem sacadas [a singela Bagdá (She's My Baby) é um primor da concisão], experimentalismos e mutantismos abrem um novo caminho no som feito no Sul.
Bagdá (She's My Baby), Procura-se Quem Fez Isso
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Superguidis: É praticamente impossível você que curte música não conhecer a banda de Guaíba que há uns quatro anos consegue cada vez mais espaço entre público e mídia. Com um indie lúcido, autoral, livre de referências castradoras e dona de um senso radiofônico efetivo, a banda cria composições arrebatadoras, que atraem fãs entusiasmados aos shows. É um lance meio messiânico, de culto mesmo, que toma forma em apresentações tanto em bares pequenos quanto em festivais no Brasil e no exterior. E por falar em fãs, Robert Pollard e Doug Gillard, da supercult Guided By Voices, já disseram que adoram...
Não fosse o bom humor, Superguidis
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Transmission: No som do quarteto há espaço para guitarras. Muitas guitarras. Altas guitarras. Guitarras marcantes, cortantes, sujas, distorcidas e metálicas. Assim, o foco da banda é instrumental, com vocais (masculino e feminino, em inglês) marcando presença de forma discreta, despreocupada, basicamente complementar. O som do grupo não é o mais fácil do mundo. Quem tem medo de Transmission?
Missing, Transmission
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Urso: O projeto instrumental ainda está em fase de crescimento, mas pela estatura do filhote é bem provável que se torne um gigante. O som da banda é forjado em jam sessions austeras, registradas em vídeos, textos e áudios publicados no blog do grupo liderado por Valmor Pedretti Jr. (Worldengine). Pós-rock contundente de alma metal. O primeiro show será dia 20 de agosto, no Dr. Jekyll, ao lado da MESS.
All Black, Urso
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Walverdes: Há mais ou menos 17 anos o trio de Porto Alegre cria pancadas sonoras com o que há de mais básico no rock: baixo, guitarra e bateria. Mas a crueza simples do som é inversamente proporcional ao esporro criativo de Mini, Marcos e Patrick. Foi com essa vitalidade underground, e a partir de demos, fitas K7, singles, EPs, discos e MUITOS shows, que os Walverdes se consolidaram frente à crítica e ao público como uma das bandas independentes mais importantes do país em todos os tempos. Neste primeiro disco virtual, eles lançam a nova Spray, faixa explosiva que estará no próximo disco. Walverdes se move lenta e bravamente ao som de rocks rápidos, autênticos e em volume máximo. Aumenta o som antes de dar o play!
Spray, Walverdes
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Wannabe Jalva: quando escutei o som da banda pela primeira vez não acreditei. Parecia pegadinha, tipo um perfil fake com faixas incríveis e obscuras de algum grupo desconhecido de alguma megacapital cosmopolita. Som coeso, inteligente e conectado com seu tempo. Experimentações sonoras que resultam em gemas pop do mais alto quilate, que poderiam ter sido feitas por qualquer banda indie britânica atual.
Come and Go, Wannabe Jalva
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Yesomar: esse trio é um tapão na orelha. Rock em alta voltagem testosterônica, pancadas sonoras viscerais furiosas, riffs feios, sujos e malvados, altos berros no vocal e nada de nhenhenhém musical. É rock, é simples, é cru e é direto. No espírito da Yesomar eu diria que se gostou, gostou, se não gostou que se %&#&¨*!!! Ah, e diz que a turnê argentina (ao lado de Los Lotus, Satan Dealers, Silverados e Motosierra) foi devastadora. Normal!
Ao Contrário, Yesomar
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Valentinos: rock britânico, melodias, letras e arranjos cuidadosos são os alicerces que sustentam a banda. Os trabalhos começaram em 2008 e, neste 2010, os caras lançaram Avante, o álbum de estreia com 11 faixas masterizadas na Carolina do Norte (EUA) por Dave Locke. Impossível escutar sem lembrar de Oasis, principalmente devido à voz de Jonts.
Mais Que Nunca, Valentinos
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Velocetts: a banda de Farroupilha também cultua o rock inglês (mas não apenas) tanto das antigas (anos 60) quanto do passado recente (anos 90) e da atualidade (2000). Rock fofo, fácil, pop, fresco e com poder radiofônico garantido por meio de guitarras leves, bateria redodinha e vocal 'amigo' de Maria Carolina Brites. Em 2008, os Velocetts gravaram um EP com três músicas e, em 2009, saiu o single A Cura, com produção de Ray-Z.
A Cura, Velocetts
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Viana Moog: indie sujo, distorcido, alterado e no wave. Rock 60, 70, 90. Poesia pulp, bossa under, jazz rock canalha e literatura beat corroída. Vocal rasgado, rouco, grave, químico. Boemia, insanidade, barulho e urgência. Isso é apenas parte do que forma o quinteto de São Leopoldo. O resto você precisa descobrir por conta própria.
Fleck, Viana Moog
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Volantes: Quando o Otávio Mastroberti me passou o disco da nova banda dele eu não me surpreendi. Ele é músico há anos, então era normal que estivesse metido em algo novamente. Como curto boa parte do que ele faz, imaginei que deveria ser bom. Mas quando escutei Volantes pela primeira vez caí pra trás! A banda tem a liberdade criativa dos autores independentes, o frescor de novas ideias, uma sonoridade atual e uma carga pop de boas referências que fazem a banda aliar os ideários do pós-punk, da eletrônica, e do novo rock a letras em português (voz de Arthur Teixeira), com alma brasileira, de poesia urbana, cotidiana e existencial (Caetano, Roberto Carlos, Chico Buarque e Los Hermanos são referências).
Vitória, Volantes
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>>>>> Agradecimento especial ao Márcio Ventura, da Rei Magro Produções, que deu a maior força no projeto!
Foto: Divulgação, Opinião Produtora |
Afrika Bambaataa dispensa muitas apresentações. Pai do electro? Sim. Pai do Miami bass? Sim. Pai da evolução do hip hop inserindo elementos com tecnologia? Sim. E você, que acha que entende de música, porque ficou em casa? A lenda viva passou por Porto Alegre e marcou história com sua originalidade, serenidade, amizade, talento e muita habilidade.
Nosso lendário idealizador da cultura hip hop desde os anos 80 , Piá, e seu parceiro Agent B abriram os trabalhos com excelentes mixagens que passearam por tudo que existe de bom no black music.
Eu comecei a tocar mais ou menos uma hora antes do mestre Bambaataa, que invadiu o palco para ajeitar seu set no computador (ele toca com Serato, um software que controla os toca-discos). Comecei com o puro Miami-bass e fui caindo na minha pilha, no baile-funk misturado com inúmeras coisas cosmopolitas, porém puxando para uma vibe mais old school, como Kraftwerk, James Brown, Quincy Jones e Michael Jackson.
De repente, começo a ouvir scrathes em meio as minhas músicas... Afrika Bambaataa estava interagindo comigo! Me emocionei, ganhei elogios do cara e fechei o set com o hino da invasão funk no meio do rock gaúcho: Merda de Bar, da Comunidade Nin-Jitsu.
Afrika Bambaataa realmente aniquilou com o Opinião botando o povo abaixo. Festa, pura festa. Só alegria, break, Miami bass, rap old school, mixagens infalíveis e muita interatividade dos seus excelentes MCs. O mestre dos DJs não decepcionou. Mesmo quem não conhece Salt’n’Pepa, 2 Live Crew, Herbie Hankock ou Human League pode se soltar na pista.
O jeito que ele toca é muito empolgante, nada fica chato, as viradas são rápidas e precisas. Não existe monotonia. Uma das partes mais legais da noite foi quando os b-boys invadiram o palco e mostraram que aqui se dança muito break. O clima estava eufórico e nostálgico com os amigos “ das antigas” do rap desde os tempos da Oswaldo Aranha.
Afrika Bombacha? Sim, isso. Pra mim ele é da nossa turma, da galera. E tenho certeza que ele é assim no mundo todo, um DJ que interage e que se interessa pelo som do gueto de cada parte do mundo.
Fui! (ressacão...)
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08 de julho, quarta-feira
Day off em Madrid: exposição de Annie Lebovitz, museu Reina Sofia (Picasso!!!) e janta no Rustika Café (falafel com cus cus). É mole?
Foto: Carol Teixeira, Kyp Malone, da TV On The Radio, e Fredi Chernobyl Endres
09 de julho, quinta-feira
Day off em Lisboa: Eu e Carol assistimos os shows de Klaxons, Tv On the Radio, Crytal Castles, Delphic, Air Traffic, Metallica e Lamb of God (Festival Optimus Alive). A gente sempre aprende muuuuuuito vendo as grandes bandas mundiais do momento, e as eternas também. Impressionante. Não é a toa que certos grupos se dão bem. Não tenho nada a criticar, só elogios que aqui não caberiam.
Foto: Fredi no museu
10 de julho, sexta-feira
Hoje eu vou tocar com o projeto Batida no Musicbox, um lugar f*** aqui de Lisboa. Tá ficando cada vez mais difícil de acessar a internet daqui. Amanhã pegaremos a estrada para Santa Pola (Espanha) onde tocaremos à noite depois de umas 15 horas de viagem. Prometo contar tudo assim que possível, e mandar fotos de performances, shows, discotecagens, estradas, etc...
03 de julho, sexta-feira
Dia de acordar tarde para ter energia à noite. Almoço no shopping (bacalhau com nata e feijao com arroz) próximo ao hotel Tuela (eu, Carol, Nando, Mano e Tabata) e muita bobeira pela tarde.
A noite começou bem: papo com o amigo Kassin seguido de show da Orquestra Imperial. O show dos caras é muito divertido, despretencioso e tem uma qualidade musical absurda. Fico pensando: “como eles sao MÚSICOS, como eles tem REPERTÓRIO”.
Amarante do Little Joy (ex- Los Hermanos) rodava pelo palco num clima de chalaça, cantando de vez em quando. E foi nesse clima de farra que a Orquestra Imperial conquistou os portugueses, que fizeram até trenzinho pela Casa da Música.
1h da manhã é hora de ir para o Plano B (club mais legal do Porto; foto ao lado). Carol encontra as amigas brasileiras que aqui estão morando, Duda e Thaís e, junto com a Comunidade, formamos um bonde para minha apresentaçao como DJ Chernobyl, pela segunda vez neste ano em Porto. Muito funk, electro, fidget, maximal, Baltimore, mash-ups, misturebas loucas e dançantes. A galera dançou muito e a casa lotou. Lá pelas tantas, chamei Mano Changes para inserir vocais, rimas e agitar a massa. Acho que toquei umas setenta músicas em uma hora e quarenta. Ritmo megafrenético para os portugueses descerem até o chão. Lá pelas seis da manha voltamos para o hotel e …dormimos.
04 de julho, sábado
Dia de tocar em um dos festivais mais legais da Europa, o festival Mestiço, na renomada Casa da Música, uma das construções mais incríveis que já vi em toda minha vida.
Logo depois do almoço, passamos o som com o técnico do evento, pois atrasou o voo do Rafa Hauck, nosso ex-técnico de monitor no Brasil que hoje mora em Londres e que está nos acompanhando nesta tour na Europa. Primeiro mundo é impressionante mesmo… só pessoas qualificadas e equipamentos de última geração… a energia do palco já estava arrepiante enquanto checávamos o som com Funk da Paz (rebola o resbolah). Lá pelas 21h30min, quando o sol se põe aqui, fomos jantar no restaurante do sétimo andar da Casa da Música e comemos um peixe sensacional, com pimenta piri-piri e vinho branco.
O festival começa com o show da MC de ragga/dancehall brasileira Lei di Dai, que aquece a massa junto com uma cantora norueguesa que ela conheceu pelo Myspace. Grande presença da parceria paulistana zona leste com escandinávia. O público e a Comunidade Nin-Jitsu amaram.
Fotos: Divulgação
Às 23h30min, a Comunidade Nin-Jitsu entra no palco e começa a chalaça européia. 2,5 mil pessoas que lotavam a platéia e que esgotaram os ingressos já no meio da semana passada cantaram e dançaram de forma impressionante o show inteiro. Receptividade incrível. Obviamente fizeram coro em Ah! Eu to sem Erva!, que aqui já veio no começo do show pra ganhar a galera de cara, como um time que faz dois gols nos primeiros dez minutos de uma partida fora de casa. Fora de casa? Não! Em casa! Pois nos sentimos muito a vontade e mandamos ver do começo ao fim com uma reação perfeita do público. De chorar.
Que mais que eu vou dizer? Só temos a agradecer a esse povo que nos recebeu tão bem e desejamos que os próximos shows sejam perfeitos, como este foi. Estamos muito felizes.
Natiruts encerra a noite com uma chuva de hits e com uma jam session com Mano Changes, Lei di Dai e eu. Excelente!
>>>>> Diário da Comunidade Nin-Jitsu na Europa # 1
Começamos a publicar hoje no Volume o Diário de Bordo da turnê da Comunidade Nin-Jitsu na Europa, assinado pelo Fredi Chernobyl Endres com exclusividade pro blog. Valeu, meu velho!
Fotos: Divulgação
29 de Junho, segunda-feira
Saímos de POA às 13h, chegamos no Rio de Janeiro e fomos direto para a fila da Ibéria para fazer o check-in. O Galeão, aeroporto carioca super anos 80 falido, estava com os computadores fora do ar. Ficamos ali, naquele cantão comendo sanduíches bancados pelo Calcanhotto, tomando Coca Zero e acessando a internet pelo maravilhoso ZTE Connection da Vivo. Ligamos para Rodrigo e Bianca (casal Leela), que iriam voar para Londres (com escala em Paris) no mesmo horário que a gente (!) e eles já estavam chegando. Pra completar a coincidência, o check-in da Air France era do lado do nosso. Mais uma vez, Carol e Fredi encontram Rodrigo e Bianca em uma situação megainusitada. Carol mandava mensagens pelo Twitter e Bianca escrevia no Facebook. Enquanto isso, eu empurrava o carrinho com o note em cima do case da minha guitarra Gibson SG. A fila começa a andar. Lembrei que tinha que sacar os R$ 250 que o DJ Schutz tinha me dado pra eu comprar um fone Wesc pra ele em Lisboa. Saí correndo atrás de um caixa de Itaú, saquei o dinheiro e depois fui trocar por Euros. Fotos no embarque, Rodrigo e Bianca pelo portão 10, Fredi, Carol, Nando e Calcanhotto pelo portão 11.
Descobri porque a Ibéria é barata ao entrar no airbus. Poltronas apertadas sem tela de televisão interativa e… no resto tudo ok. Comida razoável, pão, pão, pão, pão, pão, um vinho tinto excelente e uma lata de Pilsener quente pra me ajudar a dormir.
30 de junho, terça-feira
Depois de 10 horas de vôo, chegamos em Madrid. Na imigração, apenas disse que eu não estava indo pra Espanha e que Madrid fazia parte da conexão que me levara a Porto, Portugal. Ok. Carimbão de entrada pra Carol e para mim. Acho que casais enfrentam menos problemas do que caras sozinhos entrando nesse tipo de país que não tem relações diplomáticas muito legais com o Brasil. Agora, Carol dorme encostada na janela do avião, dopadinha de Rivotril. E eu, digito com os ouvidos entupidos, tomando suco de tomate enquanto o avião desce até Porto para, finalmente, chegarmos na cidade das três primeiras apresentações (duas da Comunidade Nin-Jitsu e uma de Chernobyl).
01 de junho, quarta-feira
Acordamos perto do meio dia e fomos almoçar no restaurante da Casa da Música, que é o lugar onde acontece o Festival Mestiços. Estávamos completamente desregulados do sono, por causa do famoso jet lag. Pois na terça, quando chegamos, dormimos das 14h às 21h e obviamente trocamos a noite pelo dia. Perto da Rotunda da Boa Vista, mandei fazer um cabo que conectasse o computador à mesa de som para disparar as batidas eletrônicas no show. Em qualquer país do mundo isso seria algo complicado, mas quando se está em Portugal é diferente, pois todos falam a nossa língua, e, além de terem a energia parecida com a dos brasileiros, são extremamente simpáticos. Acho que Portugal vê o Brasil como uma espécie de filho, ou melhor, filhão.
Depois de algumas horas na recepção do hotel tomando cafés e Carol acessando internet com muita sagacidade, subo para o quarto do Eron, produtor nosso em Portugal, para traçarmos o cronograma de transporte da tour. Às 19h30min nos mandamos para o primeiro show da Comunidade Nin-Jitsu na Europa. O cabo que mandei fazer não funcionou, me avisa Rafa, nosso técnico de som. Hahaha! Era bom demais pra ser verdade. Mas o mestre do som da Fnac nos emprestou um cabo que funcionava.
O show foi divertido, bem light, como uma espécie de aquecimento para os mais pesados e “responsa” que viriam na sequência da tour. Tocamos superbem e o público diversificado que ali estava adorou e comprou CDs com a gente. Após nosso debut no Velho Mundo, fomos jantar na casa do Fernando, o diretor da Casa da Música, que é um dos grandes responsáveis por estarmos sendo tão bem acolhidos no Porto. Picanha, feijão com arroz, farofa, couve, cerveja, vinho e muito som no toca-discos da sala de sua casa incrível, que fica localizada em uma rua extremamente estreita, que lembra as servidões de Floripa.
Na volta pro hotel, uma carona em um carro igual ao da Quadrilha de Morte da Corrida Maluca, sendo guiado pelo excelente fotógrafo que é sósia de Jesus Cristo, Norberto, ouvindo Tom Waits a milhão.
02 de Julho, quinta-feira
Descemos do táxi no Mercado do Bolhão e caminhamos muito pela parte mais antiga-medieval-com-cara-de-europa da cidade, próximo ao Rio Douro. Atravessamos a ponte, andamos em ruas, ladeiras similares ao centro de Porto Alegre, porem muito mais antigas. Visitamos castelos, igrejas e comemos bolinho de bacalhau à beira do Rio Douro, visualizando as fábricas de vinho do Porto. Uma delícia mesmo foi a porção de berbigões que o dono do restaurantezinho nos deu de cortesia. De noite, show do mestre brasileiro Naná Vasconcelos na primeira noite do festival Mestiço.
>>>>> Saiba como foi a turnê de Chernobyl pela Europa em 2008
The TwelvesFoto: Divulgação |
A Michele Fatturi, da Beco 203 Produtora, acaba de me passar a programação do Electroshock por dia. A novidade é a confirmação do duo veterano No Porn, de São Paulo, que já veio algumas vezes a Porto Alegre.
O festival rola nos dias 17 e 18 de abril no Porão do Beco. Olha só:
17 de abril, sexta-feira | 18 de abril, sábado |
Fenx (RS) | |
Schutz + Machuca (RS) | |
Schutz + Machuca (RS) | Las Bibas from Vizcaya (BR/ES/UK) |
The Twelves (RJ) | No Porn (SP) |
Database (SP) | Boss in Drama (PR) |
Boss in DramaFoto: Divulgação |
O Schutz, DJ residente do Beco, deu a dica: o Festival Electroshock trará para Porto Alegre os mais importantes nomes da produção eletrônica atual, que gira em torno do flúor, do maximal, de mash-ups e do electro. O lance rola nos dias 17 e 18 de abril no Porão do Beco. Maneiríssimo!
Além dele, tocam Machuca, Boss in Drama (que segue bombando no Brasil, ainda mais com a nova Favorite Song apavorando em sets e charts por ae), Database, o duo de Porto Alegre Fenx, Killer on the Dancefloor (duo que já remixou Digitalism, Turbo Trio, Larry Tee e tocou com Jus†ice, Digitalism, Steve Slingeneyer do Soulwax, So Me, Pendulum, The Go Team!, Fujiya & Miyagi e N.A.S.A.) , os DJs gaúchos Lúcio Ka-hara e Cevallos, da NEON, a diva trash Madame Mim, as caóticas Las Bibas From Vizcaya, os cariocas do The Twelves (em extensa turnê entre EUA e Austrália, eles já remixaram M.I.A., Asobi Seksu, Erlend Oye e tocaram com Justice, Diplo, LCD Soundsystem, She Wants Revenge, Van She, Phoenix, Groove Armada; o último foi para The Brighton Port Authority, o novo projeto de Norman Cook/Fat Boy Slim) e os prata da casa Edu K e Chernobyl.
Em comum entre eles, muito groove e disco revirados (sempre com alma Daft Punk), house revigorada pelo electro, ícones da música pop remexidos para as pistas (muitas vezes com forte influência de hip hop e eletrônica old school) e um claro objetivo: hedonismo e diversão acima de tudo. Im-per-dí-vel!
Festival Electroshock, dias 17 e 18 de abril no Porão do Beco
Ouça:
>>>>> Boss in Drama
>>>>> Database
>>>>> Fenx
>>>>> Killer on the Dancefloor
>>>>> Lúcio Ka-hara
>>>>> Cevallos
>>>>> Madame Mim
>>>>> Las Bibas From Vizcaya
>>>>> The Twelves
>>>>> Edu K
>>>>> Chernobyl
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E neste sábado, dia 14, a NEON do Lúcio e do Cevallos traz ao Cabaret do Beco (Independência, 590) o alemão Stefan Eichinger, a.k.a. Lopazz para um live P.A com a sua mulher e vocalista, a equatoriana Mariella Landivar. Eles tocam com vários instrumentos. Ingressos a R$ 15 antes da 1h30min e a R$ 20 depois.
No domingo após a festa, às 19h, o artista fará um workshop no audiotório do Instituto Goethe (Rua 24 de Outubro, 112) abordando os seguintes pontos:
• Indústria fonográfica.
• Venda de música. Donwload vs plataforma física.
• Diferenças de público ao redor do mundo e curiosidades.
• Apresentação live e técnicas de produção (Tenori on).
A entrada é gratuita.
LOPAZZ live Get Physical Tour
R.E.M. fez um dos melhores shows do ano em POAFoto: Diego De Carli, Especial |
2008 chegando ao fim!
Hora de fazer aquele tradicional balanço do que de melhor rolou na música.
No ano em que o Guns N’ Roses tentou (e, por alguns momentos, conseguiu) voltar para si o foco do jornalismo de música com o lançamento do controverso Chinese Democracy, duas duplas despretensiosas roubaram a cena: MGMT, emulando David Bowie e Eltohn John dos anos 70 com o tropicalismo high-tech do novo-milênio contido em Oracular Spectacular, e Ting Tings, que em We Started Nothing consome, regurgita e bota pra fora a seu modo tudo que de mais legal foi feito na música pop a partir dos anos 60.
Entre eles, um fato comum: são bola dentro pra quem tem a cabeça aberta para a música e bola fora para quem parou de escutar novas bandas em 1982.
Correndo por fora entre os melhores álbuns estão os discos de Beck, Verve, Weezer, Glasvegas, TV on the Radio, Oasis, Metallica, Santogold, The Last Shadow Puppets, Vampire Weekend e a grande supresa do ano: Little Joy.
Já no quesito show (enquete limitada apenas aos que rolaram em Porto Alegre), a briga entre Ben Harper, Chuck Berry, Cyndi Lauper, Iron Maiden, José González, Jorge Drexler, R.E.M. e Hives é forte!
E, com o auxílio do especialista Diogo Nunes, editor do Portal do Rock Gaúcho, selecionamos abaixo alguns dos mais destacados lançamentos de bandas do Estado para você votar no mais legal.
Sem muito blábláblá, clique nos links abaixo e ajude a escolher os melhores de 2008! As enquetes seguem ativas até o dia 07 de janeiro de 2009, quarta-feira. Os resultados saem depois.
>>>>> Qual a melhor música internacional de 2008?
>>>>> Qual o melhor álbum internacional de 2008?
>>>>> Qual o melhor show internacional realizado em Porto Alegre em 2008?
>>>>> Qual o melhor disco de banda gaúcha em 2008?
>>>>> Qual a notícia mais quente de 2008?
Relembre as notícias aqui:
-> Noel Gallagher é atacado durante show no Canadá
-> Amy Winehouse ganha cinco prêmios Grammy
-> Guns N' Roses finaliza Chinese Democracy
-> Blur voltará em 2009
-> AC/DC fará turnê mundial em 2009
-> A volta dos irmãos Cavalera
-> DeFalla pode voltar aos palcos
-> Bowie lançará Ziggy Stardust ao vivo
-> Jagger, Bowie e Elton John podem formar banda
-> Ringo Starr não quer mais saber dos fãs
-> Bandas e artistas criam grupo contra gravadoras
-> Bloc Party faz playback no VMB
-> Série de shows cancelados em Porto Alegre
-> Deep Purple tem o melhor riff de guitarra EVER
-> Bohemian Rhapsody é escolhida a melhor música pop
-> Billie Jean é a melhor música dance desde sempre
Leia sobre alguns shows realizados neste ano em Porto Alegre (ou em outro local -> quando indicado):
-> Andina, Tom Bloch e Turbo Trio
-> Ben Harper
-> Björk em Portugal
-> Chernobyl na Europa
-> Cyndi Lauper
-> CSS em Londres
-> Dado Villa-Lobos e Nenung
-> Echo & the Bunnymen
-> Fernanda Takai
-> Fruet & Os Cozinheiros no South by Southwest
-> Jorge Drexler
-> José González
-> Joss Stone
-> Judas Priest
-> Iron Maiden em Porto Alegre
-> Iron Maiden em São Paulo
-> Karl Bartos (ex-Kraftwerk)
-> Korn
-> Leonard Cohen na Romênia
-> Madonna em Cardiff (UK)
-> Madonna em NY
-> Madonna em Buenos Aires
-> Madonna em São Paulo
-> Mallu Magalhães
-> Marcelo Camelo
-> Millencolin
-> Owen Pallet
-> Paul McCartney em Tel Aviv
-> Pearl Jam com Kiss e Ramones em NY
-> Portishead em Milão
-> Radiohead em Berlim
-> R.E.M. em Madri
-> R.E.M. em Porto Alegre
-> Steve Aoki
-> Titãs e Paralamas - 25 anos
-> The Beats
-> The Cult
-> The Cure nos EUA
-> The Doors - Riders on the Storm
-> The Hives
-> Ultramen
-> Woody Allen em Barcelona
Resenhas, fotos e vídeos sobre festivais:
-> Coachella
-> GIG ROCK POA
-> Glastonbury 1
-> Glastonbury 2
-> Prog Metal Fest
-> Rock in Rio Lisboa
-> T in the Park
-> V Festival em Toronto
-> Wacken Open Air
-> Infos gerais sobre festivais (divulgação de lin-ups e outros anúncios)
Foto: Reprodução, Glória |
A primeira festa B-Sides, da revista Cidade B, traz hoje a Porto Alegre a dupla Alexandre Herchcovitch e Johnny Luxo, da bombada noite Alelux, que rola no Glória, em Sampa, há tempos. Ale e Johnny já tocaram algumas vezes aqui na cidade. Sempre foi ótimo.
Já entrevistei o estilista umas três ou quatro vezes e ele sempre faz questão de dizer que curte muito - e acha importante - desfilar suas coleções em Porto. Pelo jeito, sente o mesmo por suas discotecagens por aqui.
Ale e Johnny (house, electro, disco rock) tocam na pista da Pulp Friction ao lado de João Gordo (rock, punk, glam, new wave) e do Trio Frictura (Dreguz, Lio e Rafas).
A B-Sides também terá uma pista para a Festa do Zé, com Zé Starosta, Beto Lewin, o carioca João Brasil (mashups e pós-baile funk -> saiba o que é isso na entrevista com Chernobyl) e Kid Vinil (rock em geral a partir dos anos 60).
Os ingressos antecipados estão à venda por R$ 30 na Loja Imaginarium do Iguatemi e no Caminito Bar (Padre Chagas, 318). A noite rola no Clube de Regatas GPA (R. João Moreira Maciel, 470, em Porto Alegre, junto à ponte do Guaíba). Mais infos em http://www.festabsides.com.br/ e (0 xx 51) 3028.3832.
Foto: Divulgação |
A próxima festa NEON rola neste sábado, no Cabaret do Beco, com live act de Bo$$ in Drama, projeto capitaneado pelo produtor curitibano Péricles Martins, de 20 anos.
Reconhecido como um dos caras mais importantes do cenário eletrônico atual, this Bo$$ é the next big thing após Cansei de Ser Sexy e Bonde do Role para os gringos.
Nos sets ao vivo de Bo$$ in Drama, Péricles provoca uma experiência sonora a partir de beats dos mais diferentes gêneros, especialmente electrorock e house/new wave. Suas composições próprias são executadas com sampler e sintetizadores virtuais. Além disso, o curitibano ataca de MC.
Em entrevista exclusiva por e-mail, Péricles contou como começou a tocar e quando começou essa grande fase de sua carreira: ele já tocou com Diplo e LCD Soundsystem, entre outros.
A noite também terá os DJs residentes Cevallos e Ka-hara, que tocam na abertura e depois comandam o after. Na mesma noite, o pessoal projetará os incríveis vídeos do coletivo Assume Vived Astro Focus (AVAF), que integram a mostra Beleza Imperfeita: Em Busca de uma Nova Estética, que está rolando na sala PF Gastal.
Para agosto, a NEON agiliza a presença do DJ, produtor e músico alemão Ben Mono, que tem um projeto eletrônico com o guitarrista do Franz Ferdinand Nick McCarthy.
Leia a entrevista:
Hoje você é um músico e produtor respeitado nas pistas brasileiras, inclusive com reconhecimento internacional de blogs e sites especializados. Mas já faz um tempo que começou a mexer com música. Quando foi isso? E de que forma rolou esta virada da tua carreira? |
Comecei a produzir em 2005, mas só em 2006 comecei a levar a sério, quando criei o Gomma Fou. A "virada" aconteceu quando fui tocar no Motomix em 2006 e tive contato com grandes produtores, porque até então tudo que sabia tinha aprendido sozinho |
Como foi abrir para Franz Ferdinand no Motomix 2006 com o Gomma Fou? |
Foi ótimo, porque conheci muitas pessoas do meio artístico que são amigos até hoje. |
E teus sets com Diplo e LCD Soundsystem? Onde, quando e como foram? |
Meu primeiro live foi com o Diplo |
O teu som (e também o visual do Bo$$ in Drama) remetem às batidas oitentistas, flertando com new wave, mas também tem um aspecto contemporâneo forte, com um pé no electro. Como você chega neste híbrido? Que tipo de som te influência mais? E com quais equipamentos você cria música? |
Os sons que mais me influenciam são aqueles que lembram minha infância.. E o equipamento é o mesmo que todos os produtores usam, o que diferencia é a maneira como você os manipula. |
Nos sets de Bo$$ in Drama você toca e canta. O que está programando para a NEON, |
Vou tocar várias faixas do meu primeiro álbum, que está em fase de produção, além de remixes inéditos e algumas surpresas. |
O que você recomendaria escutar para quem está por fora da eletrônica atual? Que tipo de som é imperdível hoje? |
Os australianos estão detonando! Recomendo Miami Horror, BMX, Gameboy Gamegirl, Bag Raiders, Cut Copy, etc. |
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