Paul durante o show em LondresFoto: Divulgação, Rock Calling |
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Sabe quando você vai a um show e diz “nossa, o show estava muito bom”? Pois então, eu fui a uma quantidade considerável de shows nesses últimos anos e, em grande parte deles, saí achando que tinha assistido performances da mais alta qualidade. Isto até ontem, domingo, quando tive a honra e o prazer de ser uma entre as 40 mil pessoas amontoadas no clássico Hyde Park, um dos maiores e mais belos parques de Londres, para ver Sir Paul McCartney tocar. A partir de ontem, qualquer outra apresentação a que fui pareceu um show de banda de garagem.
Afinal, o que pode superar, três horas (três horas!), de puro rock n´roll, nostalgia e talento puro, presenteados pelo cara que junto com John, George e Ringo foi responsável pela maior e melhor banda do mundo? Foi assim desde o início, quando cinco minutos após as 19h30, Macca surgiu no palco, abrindo os trabalhos com as canções Venus & Mars e Rock Show, ovacionado como se não estivéssemos num concerto, e sim num culto.
– Gente, vou pedir um minuto antes de continuar tocando, quero olhar para vocês, porque essa visão é muito legal – disse, repousando os braços sobre o baixo para canhoto, olhando fixamente para toda a platéia, olhando humildemente como se fosse a primeira vez que estivesse tocando para uma multidão tão grande.
Em seguida, emendou as canções Jet, da sua banda Wings, seguida de All My Loving, para delírio da galera. Na sequência, vieram Letting Go, Got To Get You Into My Life e Let Me Roll it, esta uma homenagem a Jimmy Hendrix. Sentando-se no piano, Paul conta ao público que Hendrix aprendeu a tocar Sargent Pepper apenas dois dias após o álbum ser lançado, só para poder incluí-la no set list de um show que fez em Londres.
Ao virar-se de volta para o piano, os primeiros acordes de The Long and Winding Road fizeram muita gente chorar, inclusive esta que vos escreve, em um momento de puro êxtase.
A partir daí, tudo que se seguiu foi surpreendente até para quem conhece bem o tamanho do talento de Paul McCartney, dono de um bom humor, carisma e fôlego inigualáveis. Conversando muito com a multidão, fazendo brincadeiras e tocando sem parar, tudo parecia tão natural, que a sensação era a de que estávamos no quintal da casa dele, vendo-o tocar para um grupo de amigos. Artista com A maiúsculo que é, McCartney sabe muito bem da força da bagagem que carrega sobre os ombros, mas a apresenta com uma humildade e espontaneidade desconcertantes, emocionado como se fosse um menino que mal começou a carreira.
São inúmeros os momentos com altas doses de emoção, como quando Macca homenageou John Lennon cantando Here Today, canção que escreveu para o companheiro após sua morte.
– Esta música é para ser a conversa final que não tivemos – disse.
Ou então quando, munido de um Ukulele, lembrou George Harrison.
– Vocês sabem que o George adorava tocar Ukulele, e um dia, quando estávamos na casa dele, pedi para que me ensinasse uma de suas canções. Eu toquei para ele essa música, e agora gostaria de tocar para vocês – iniciando uma adorável versão de Something.
O tempo voou como se três horas fossem três minutos, onde o enfileirado de alguns dos maiores clássicos da música não teve fim: Hey Jude, A Day in the Life, I´m Looking Through You, Two of Us, Blackbird, Back in the USSR, Eleanor Rigby, Ob-La-Di, Ob-La-Da, Let it be, Paper Back Writer, Live and Let Die.... e isso tudo antes de primeiro bis!
Após terminar a primeira parte do show, o primeiro bis trouxe Lady Madonna, Day Tripper e Get Back. Ao voltar para o bis final, empunhando uma bandeira da Inglaterra, Macca brincou:
– Gente, eu vou ter parar em algum momento, viu? .
O público gritava “não!”.
– Vocês vão ter de ir embora em algum momento também! – disse, rindo.
E o público continuou gritando não para que ele, então, emendasse:
– Já sei, vamos todos dormir aqui no parque então!, ovacionado pela multidão completamente entregue ao seu magnetismo.
Helter Skelter e Sargent Pepper's Lonely hearts Club Band e The End arrebataram a noite, em que a frase “...and in the end, the love you take...is equal to the love you make” explicava exatamente a troca incrível entre o músico e a platéia.
Quando as luzes do palco se apagaram eu não conseguia parar de soluçar, coisa que em outras situações me deixariam envergonhada, mas milhares de pessoas estavam na mesma situação. Mesmo depois de três horas, ninguém queria ir embora. Muita gente ainda ficou parada ali, tentando absorver mais um pouquinho do que com certeza foi o melhor show da vida de muita gente. Da minha, pelo menos, foi.
>>>>> Leia sobre o show de Paul McCartney nos EUA em agosto de 2009
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Foto: Divulgação |
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Um dos artistas mais controversos da música eletrônica, o norte-americano Moby volta ao Brasil para a turnê do disco Wait for Me, lançado no ano passado. O show em Porto Alegre será amanhã, no Pepsi On Stage. Ainda nesta semana, o Midas eletrônico se apresenta em Curitiba (21), São Paulo (23) e Rio de Janeiro (24).
Moby não virá sozinho. No palco, estará acompanhado por uma banda de sete pessoas para realizar um “grande show”, como ressaltou em entrevista por telefone diretamente de Nova York. O grupo deverá interpretar as faixas do novo álbum, além de clássicos espalhados por 22 discos (sendo 10 de estúdio) e dezenas de singles.
Parente distante de Herman Melville, autor do clássico Moby Dick, Moby tem uma vida peculiar. Tocava música clássica quando criança, teve uma banda punk na adolescência e estudou teoria musical e filosofia. Multinstrumentista, compositor, produtor e DJ, já foi muito pobre, morou em uma fábrica abandonada, tornou-se herói da resistência underground, virou ícone mainstream e agora trilha um novo caminho independente com seu selo Little Idiot Records.
Moby já participou de trilhas sonoras de filmes e de séries de TV (veja a tabela abaixo), remixou gente graúda, disse não a Axl Rose e à Madonna, criou festival de música, foi aclamado com o álbum Play e detonado por licenciar suas músicas para comerciais (algo comum atualmente, diga-se).
Mais do que isso, o nova-iorquino ajudou a consolidar a cena rave do final dos 80 e início dos 90 em uma época em que a acid house dividia espaço com um estilo melódico de techno, muito inspirado na house music em si, repleto de pianos e vocais de divas. Foi naquela época, em 1993, que Moby passou por Porto Alegre pela primeira vez.
Na entrevista abaixo, o músico relembra esta viagem, comenta o novo disco e diz que o próximo álbum será duplo, sendo um eletrônico e outro acústico.
Ouça a conversa:
Edição de som: Natália Cagnani
Wait For Me tem muitas músicas melódicas e sutis que o diferenciam de Last Night, disco de 2008 mais voltado à dance music. Como você define o espírito de um álbum? Você pensa nisso antes de compor músicas? Às vezes sim. |
Os vídeos do álbum foram feitos por amigos que tiveram controle criativo absoluto. David Lynch foi um deles. Como foi trabalhar com ele? Você gostou do resultado do clipe de Shot in The Back of The Head? Sim. Ele é um dos meus cineastas preferidos. É um dos meus americanos favoritos. Depois de oito anos de George W. Bush havia momentos em que eu ficava muito deprimido com os Estados Unidos. E eu tinha que me lembrar que, por mais que os EUA possam ser ruins, ainda é a terra de Lou Reed e de David Lynch. Então, trabalhar com ele foi incrível. Amo quase todos os seus filmes. Fiquei muito honrado de trabalhar com ele. |
Por falar Lou e eu tocamos em muitos shows beneficentes e, com o passar dos anos, ficamos amigos. Uma das coisas estranhas em ser uma figura pública é conhecer meus heróis e trabalhar com eles. Enquanto crescia, era muito fã de Lou Reed, Velvet Underground, David Bowie, Joy Division. E, quando adulto, pude trabalhar com todos eles, o que ainda é muito incrível para mim (nota do editor: Moby tocou com New Order, ex-Joy Division).
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Você também trabalha como novos artistas, DJs e produtores como em Wait for Me Remixes, que será lançado em maio com faixas dos brasileiros Mixhell e Gui Boratto. Quando vocês entraram em contato e como você vê o trabalho deles? Bom, Mixhell (Iggor Cavalera) eu conheço há algum tempo, pois sou fã do Sepultura. Nós já tocamos juntos |
Eu gostaria de falar sobre Play, que é muito especial, pois faz referências a muitas vertentes da música eletrônica, como trip hop, big beat, house, techno, disco e também porque lida com hip hop, gospel, soul music e rock. Como você criou essa impressionante equação sonora? Foi acidental. Quando estava fazendo o disco, tentava compilar vários elementos dos quais eu gosto. Não sei, eu misturei tudo no estúdio. Eu não pensava muito enquanto fazia. |
Como você vê o impacto do seu primeiro hit, Go, na sua carreira? Foi o que deu início a tudo para mim, porque eu nunca esperava ter um contrato com uma gravadora nem ter sucesso. E Go, por ter sido meu segundo single lançado e ter se tornado um grande sucesso, foi algo surpreendente. Isso me possibilitou ir adiante e fazer outros discos. |
Você é conhecido por seu ativismo político, especialmente no que diz respeito aos direitos humanos e dos animais. Como você encara o governo de Barack Obama com relação ao Iraque e ao Afeganistão? Acho que ele está fazendo um bom trabalho e é preciso lembrar que ele é um ser humano e um político, e não um super-herói. Claro, queremos que políticos façam tudo perfeitamente, mas não é assim que o mundo funciona. Especialmente com relação à natureza da política norte-americana, que pode ser muito lenta. |
Mudando de assunto, em 1993 você esteve aqui tocando com Altern 8 na L&M Music, a primeira rave realizada no Brasil. Ocorreu em três cidades, incluindo Porto Alegre. Eu estive lá. O que você lembra? Sim, lembro muito dessa viagem com Carlos Soul Slinger, que é brasileiro, sua namorada Mari, Altern 8 e muitas outras pessoas da cena rave de NY. Uma das minhas memórias estranhas foi uma noite em que subi no telhado de um hotel em Curitiba e fui picado por um inseto. Entrei em pânico achando que podia ser muito venenoso e que iria morrer. |
O que você está planejando para esta nova turnê brasileira? Você terá uma banda no palco? Sim, somos oito pessoas, com uma seção de cordas, duas vocalistas, baterista, guitarrista, tecladista... eu toco guitarra, teclado, percussão e canto. É um grande show. |
Você tem planos para novo disco, vídeo ou algum projeto para o selo Little Idiot? Vou lançar o single Wait For Me e o vídeo desta música, feito pela minha amiga Jessica Dimmock (nota do editor: já estão no site). Além disso, estou trabalhando no meu próximo disco, que eu quero que seja duplo, sendo um eletrônico e outro acústico e orquestral. |
Você é músico, DJ, compositor e produtor que ama o rock. Você já teve uma banda de punk rock. Como se tornou uma das pessoas mais importantes da música eletrônica? O que aconteceu? Quando eu era muito novo tocava música clássica, depois punk rock, folk. Adoro muitos tipos de música e nunca senti a necessidade de escolher um deles. O que sinto pela música é o mesmo que sinto por comida e pessoas. Eu amo gastronomia indiana, chinesa, tailandesa... Acho que a vida é mais interessante quando há diversidade e variedade. |
Variedade é uma boa palavra, porque você também é dono de uma casa de chá em NY, não? Eu tive. Ainda existe, mas eu não me envolvo há três anos porque prefiro me focar mais na música do que em ser um homem de negócios. |
E como vai NY? NY está ótima. Nunca muda. É sempre ocupada, cara, cheia de turistas. Mas é onde nasci, é minha casa, e é incrível. |
Curiosidades:
O single Go foi eleito pela Rolling Stone um dos melhores de todos os tempos. |
Remixou David Bowie, Metallica, Beastie Boys, Public Enemy e outros. |
Fez mais de três mil shows. |
Vendeu cerca de 20 milhões de discos. |
Play vendeu nove milhões de cópias e teve uma turnê de 2 anos e 5 meses. |
Já fez tour com U2, Prodigy, Richie Hawtin, Orbital, Aphex Twin e outros. |
Criou The Area One Festival, com shows de John Digweed, Paul Oakenfold, Nelly Furtado, New Order, Outcast, Incubus e outros. |
Trilha para cinema: Cecil B. DeMented, 24 Hour Party People, Fogo Contra Fogo, 007 - O Amanhã Nunca Morre, A Praia, O Diabo Veste Prada, Cloverfield, a trilogia Bourne e outros. |
Trilha para TV: Twin Peaks, Arquivo X, Smallville, The Sopranos, CSI: NY, Cold Case, Gossip Girl, The Vampire Diaries. |
Fornece faixas para filmes no site http://www.mobygratis.com/. |
Liberou faixas de Wait for Me Remixes com Gui Boratto, Mixhell, Carl Cox, Tiësto e outros no http://waitformeremixes.com/ |
Fonte: moby.com
Vídeos:
Está rolando um concurso aberto a fãs para a criação de clipes para a música Wait For Me. Ana Rovati e Marisele Gzelchak, de Porto Alegre, fizeram um vídeo em stop motion. Foi tudo por conta delas. A pré-produção rolou durante uma semana e a gravação se deu em um dia. Veja aqui!
>>>>> Mais Moby
O palco da U2 360º TourFoto: Divulgação |
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A Billboard listou as 25 maiores turnês de 2009 conforme faturamento entre 06 de dezembro de 2008 e 21 de novembro de 2009. O U2 ficou em primeiro lugar ao obter mais de US$ 311 milhões em caixa. Em 44 shows com lotação esgotada, a banda reuniu público superior a 3 milhões de pessoas. Olha só:
1. U2 Faturamento: US$ 311,637,730 Número de shows: 44 Público total: 3,071,290 Lotação esgotada/sell-out: 44 | 14. FLEETWOOD MAC Faturamento: US$ 62,590,677 Número de shows: 59 Público total: 640,201 Lotação esgotada/sell-out: 9 |
2. MADONNA Faturamento: US$ 222,017,248 Número de shows: 46 Público total: 2,187,993 Lotação esgotada/sell-out: 46 | 15. BEYONCÉ Faturamento: US$ 57,138,765 Número de shows: 57 Público total: 697,093 Lotação esgotada/sell-out: 25 |
3. BRUCE SPRINGSTEEN & THE E STREET BAND Faturamento: US$ 156,340,910 Número de shows: 72 Público total: 1,736,926 Lotação esgotada/sell-out: 42 | 16. CELINE DION Faturamento: US$ 56,984,471 Número de shows: 33 Público total: 526,438 Lotação esgotada/sell-out: 31 |
4. AC/DC Faturamento: US$ 135,287,350 Número de shows: 76 Público total: 1,583,143 Lotação esgotada/sell-out: 52 | 17. IL DIVO Faturamento: US$ 53,494,139 Número de shows: 103 Público total: 649,748 Lotação esgotada/sell-out: 36 |
5. PINK Faturamento: US$ 102,878,271 Número de shows: 131 Público total: 1,550,026 Lotação esgotada/sell-out: 69 | 18. DAVE MATTHEWS BAND Faturamento: US$ 52,338,154 Número de shows: 58 Público total: 997,158 Lotação esgotada/sell-out: 23 |
6. ANDRE RIEU Faturamento: US$ 95,854,338 Número de shows: 112 Público total: 834,992 Lotação esgotada/sell-out: 18 | 19. NICKELBACK Faturamento: US$ 49,908,542 Número de shows: 70 Público total: 1,046,973 Lotação esgotada/sell-out: 42 |
7. BRITNEY SPEARS Faturamento: US$ 94,813,948 Número de shows: 70 Público total: 1,097,229 Lotação esgotada/sell-out: 61 | 20. DEPECHE MODE Faturamento: US$ 45,658,648 Número de shows: 31 Público total: 690,936 Lotação esgotada/sell-out: 9 |
8. BILLY JOEL & ELTON JOHN Faturamento: US$ 90,218,314 Número de shows: 32 Público total: 719,423 Lotação esgotada/sell-out: 31 | 21. TRANS-SIBERIAN ORCHESTRA Faturamento: US$ 42,862,677 Número de shows: 109 Público total: 1,010,067 Lotação esgotada/sell-out: 43 |
9. TINA TURNER Faturamento: US$ 86,372,137 Número de shows: 59 Público total: 822,083 Lotação esgotada/sell-out: 47 | 22. RASCAL FLATTS Faturamento: US$ 42,298,302 Número de shows: 55 Público total: 768,152 Lotação esgotada/sell-out: 40 |
10. COLDPLAY Faturamento: US$ 84,369,360 Número de shows: 66 Público total: 1,199,862 Lotação esgotada/sell-out: 31 | 23. LIL WAYNE Faturamento: US$ 39,314,413 Número de shows: 69 Público total: 728,655 Lotação esgotada/sell-out: 7 |
11. METALLICA Faturamento: US$ 76,613,910 Número de shows: 66 Público total: 1,120,917 Lotação esgotada/sell-out: 47 | 24. BRAD PAISLEY Faturamento: US$ 35,736,893 Número de shows: 66 Público total: 841,228 Lotação esgotada/sell-out: 39 |
12. JONAS BROTHERS Faturamento: US$ 73,293,001 Número de shows: 62 Público total: 1,089,453 Lotação esgotada/sell-out: 42 | 25. PAUL MCCARTNEY Faturamento: US$ 33,650,567 Número de shows: 10 Público total: 275,256 Lotação esgotada/sell-out: 7 |
13. KENNY CHESNEY Faturamento: US$ 70,999,090 Número de shows: 52 Público total: 1,034,021 Lotação esgotada/sell-out: 36 |
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Calvin Harris, príncipe britânico nervosinho das dancefloors, meteu o pau, através do twitter, na galera que falou mal do seu novo álbum, Ready For The Weekend. Chamou todo mundo de filinho de papai e ficou passado com o fato de alguém ter tido a coragem de falar mal de um álbum que ele demorou dois anos pra finalizar.
Fotos: Divulgação
Bom, eu não temo o Calvin e resolvi resenhar o novo disco dele também. Se sou fucking rich people’s kids? Talvez até sim, mas ainda sei o que é música boa. Vamoaí:
Os singles que saíram antes do álbum - Dance Wiv Me, I’m Not Alone e Ready For The Weekend - te fazem pensar que o vem em seguida será fantástico, porque essas três músicas são supercontagiantes e têm melodias perfeitas pra se jogar muito na pista. Foi meio o mesmo que aconteceu com o disco da La Roux, que tava todo mundo louco pra ouvir e, quando saiu, que grande porcaria! A única coisa que se salvava ali eram os singles que já tinham sido lançados há eras.
Mas voltando ao Mr. Harris, tudo o que tinha de bom e catchy acabou não sendo repassado para o resto de Ready For The Weekend, fazendo o álbum como um todo soar bem… amador. Letras nunca foram o seu forte, todo mundo sabe que a música dele é música bestinha feita pra dançar, então o mínimo que podia rolar era um investimento maior nos beats.
Siliconeator e Burns Night são duas instrumentais que dá até pra dormir sentado. E de resto, do que se salva, comentarei em poucas palavras:
Flashback: é tipo a Celebration, da Madonna. Não que seja BOA, mas dá pra por no repeat e só tirar uma semana depois, de tão cativante e dançante que é. Sucesso na buatchy certo!
Limits: tá perfeita pra correr na esteira ou para aquela aula de aeróbica cafona.
The Rain: rolou até uns sopros ali no começo, depois voltou pro sintetizador generalizado. Dá pra dizer que é gracinha assim.
Worst Day vai além do pop. Já tem nome pra isso?
Caso você esteja com viagem marcada pra Ibiza, eu recomendo a compra!
Fotos: Divulgação
São 5h30min e eu estou saindo do meu apartamento com uma mochila nas costas. Tenho que atravessar toda a Downtown Nashville para chegar até a estacao da Greyhound e pegar um ônibus para Atlanta na Georgia. Serão dez quadras num passo apertado. Por mais que eu só veja alguns bebuns saindo dos honk-tonk bars da Boadway, quero evitar contratempos. Na mochila? Uma calça, duas camisetas extras, uma muda de roupa, máquina fotográfica e meu bem mais precioso: o ingresso pra ver Sir Paul McCartney tocar no Piedmont Park em Atlanta.
Viajar de ônibus nos Estados Unidos e uma confusão so. As rodoviárias são desorganizadas, ninguém sabe a que horas o ônibus vai realmente sair (e se vai sair!!!) e muito menos a que hora vai chegar no destino (e se vai chegar!!!). Por isso que aqui se anda muito mais de avião. Além disso, todo mundo tem seu carro. Quando digo para as pessoas que ando de ônibus, todo mundo aqui me olha como se eu tivesse cometido alguma espécie de crime. Os ônibus são desconfortáveis, velhos e sujos. Mas quando eu entro no bus, esqueço disso e penso que tudo vale a pena pra ver o velho Macca em ação.
Quem me conhece, sabe que eu sou um beatlemaníaco xiita (e chato). Não consigo me lembrar da primeira vez que eu ouvi Beatles, mas lembro do primeiro disco que eu ganhei. Aos 7 anos, seu Milton, meu coroa, voltou de viagem não sei de onde e, por algum motivo, me deu o LP The Beatles Ballads. Ouvi aquele disco até literalmente furar (sim, ele furou!!!). Depois, aos 12, eu comprei o disco RAM do Macca e surtei, não aceitei mais a vida como ela era. Há quase 15 anos que eu escuto esse disco pelo menos uma vez por semana. RAM é um disco que toda crianca deveria receber ao nascer. Nasceu, cortou o cordão, conheceu mamãe, papai, tomou um banho, a vacina e mamou ouvindo RAM.
Mas ver o cara ao vivo é diferente. Porque todas aquelas músicas que eu conheço, cantei, toquei e que me acompanham há mais ou menos 20 anos foram escritas pelo cara que estaria ali na minha frente. O cara que me levou a ser músico e aprender a tocar algum instrumento, cantar alguma musica, compor uma melodia.
Cinco desconfortáveis horas depois, chego a Atlanta, pego o metrô, um bus e chego no meu motel para deixar as coisas. Fiquei hospedado num daqueles motéis que a gente vê nos filmes, manja? Com os quartos abertos para o estacionamento. Um lixo. Outro ônibus depois e eu estava em frente ao local do show almoçando e ouvindo a passagem de som do tio Macca. Quer saber o que ele tocou? Coming Up, Blue Suede Shoes, Blue Moon of Kentucky, Let Me Roll It, Dance Tonight, She Came in Through the Bathroom Window, How Kind Of You, Honey Don't, Peggy Sue e All My Loving. Já dava pra voltar para casa, certo?
Mas ainda tinha mais. Duas horas de espera na fila foram suficientes para saber algumas histórias das pessoas que estavam ali no aguardo assim como eu. Uma senhora com a filha adolescente tinha visto os Beatles ao vivo ali em Atlanta em 1965. Um senhor com os netos tinha visto os Beatles há exatos 45 anos naquele mesmo dia no Shea Stadium. Ele espera que hoje consiga ouvir alguma coisa do que o Paul vai tocar. Uma turma de australianos tinha visto o Paul na turnê de 1975, que gerou o injustiçado e subestimado álbum ao vivo Wings Over America. Um casal de Atlanta tinha visto outros dois shows dele ainda esse ano. Crianças, adolescentes, adultos, idosos. Gente de tudo quanto era idade. Mas, com o perdão do trocadilho infame, nem tudo é um “passeio no parque”. Uma turma numerosa estava revoltada porque tinha comprado ingressos com entrada antecipada e acabaria entrando junto com a gente, meros mortais.
Com os portoes abertos, 60 mil pessoas se posicionaram para ver o show. Embora as placas lá fora rogassem a contínua proibição ao uso de álcool em público nas cidades americanas, la dentro a cerveja era livremente vendida a quem se dispusesse a pagar US$ 7,00 e mostrar a identidade. Também e interessante notar que, apesar dessa proibição, a Budweiser era uma das patrocinadoras do show.
Um solaço rachava a cabeça de todos. Mas isso nem tinha tanta importância. Duro mesmo foi agüentar o show da banda de abertura, a irlandesa The Script (ou algo do gênero), que em 45 minutos me fez perceber como essas bandas que querem ser como o Coldplay gostam de eco em abundância na voz. O baterista era bom. O melhor da banda, com pegada segura e voz potente. Tocava uma viola de forma competente também, fazendo uma interessante versão de Heroes, do David Bowie, tocando ambos os instrumentos.
Pontualmente às 20h, começou um filme no telão mostrando várias memorabilias e quinquilharias que o Macca guarda para lembrar as diferentes épocas de sua carreira. Botons, bones, cartas, posteres, pele da bateria do Ringo, provas de capas de disco, provas de fotos, lembranças da Linda, John e George, fotos dos filhos, filmes caseiros. Tudo isso passando ao som de um mix de músicas da carreira solo do velho.
Meia hora depois, as luzes se apagam. O parque ruge em silêncio. Um murmuro toma conta de todos e a tensão salta faíscas no ar. De repente, o spotlight acende e Paul McCartney está no meio do palco, com um terno preto justo, sem gola, impecável e a banda tomando seus postos para comecar.
Mesmo aos 67 anos, Paul exibe uma silhueta esguia e boa forma. Como eu estava na quarta ou quinta fila do show, vi que o tempo deixou marcas no rosto do cantor e que a tinta do cabelo reflete a luz de forma mais forte do que deveria. A voz, obviamente, não exibe mais o vigor de 40 anos atrás, mas ainda assim ele cantou perfeitamente e com emoção todas as músicas do repertório nos tons originais. Mas e o que isso importa? Ele estava ali, a cinco metros de mim, tocando num parque pra 60 mil cabeças como se tivesse num boteco, com a mesma energia e vontade com que provavelmente ele tocou pra 23 bebuns em alguns shows em Hamburgo há 50 anos.
O repertorio? Três (!!!!) horas com: Drive My Car, Jet, Only Mama Knows, Flaming Pie, Got To Get You Into My Life, Let Me Roll It, Highway, The Long And Winding Road, My Love, Blackbird, Here Today, Dance Tonight, Calico Skies, Mrs. Vaderbilt, Eleanor Rigby, Sing the Changes, Band On The Run, Back In The USSR, I’m Down, Something, I’ve Got A Feeling, Paperback Writer, A Day In The Life, Let it Be, Live And Let Die e Hey Jude.
Tá bom? Ah, não? Quer mais? Então, olha o primeiro bis: Day Tripper, Lady Madonna, I Saw Her Standing There.
Nao ficou satisfeito? Então o segundo bis resolve: Yesterday, Helter Skelter, Get Back, Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band e The End.
Vale ressaltar alguns pontos como a homenagem a George tocando Something no ukelele (espécie de cavaquinho havaiano que o guitarrista adorava), a homenagem a John com Here Today, do étimo album Tug of War. Helter Skelter é capaz de deixar qualquer banda da moda que acha que faz som pesado extremamente depressiva e dependente de medicamentos, tamanha a sua forca e impacto, mesmo tendo sido composta há 41 anos.
Eu? Chorei feito uma chiliquenta. Chorei de soluçar mesmo e não tenho vergonha de admitir isso. E acho que não fui o único. Aposto que até o Paul se emocionou, afinal, por mais que se esteja acostumado com o sucesso, fazer um show para 60 mil pessoas e ouvir cada uma delas cantar todas as músicas do show como se fossem o hino da nação tem que ser emocionante. Um sinal de que alguma coisa que se fez na sua carreira deu certo.
Pode não ter mudado o mundo, pode não ter trazido a paz mundial, pode não ter parado o tempo. Mas, para cada uma daquelas pessoas, uma música que Paul McCartney compos foi trilha sonora de algum momento bacana. Ouvir 60 mil partilhando a mesma trilha sonora deve ser emocionante para ele.
Eu, pelo menos, me emociono só de lembrar.
>>>>> McCartney poderá tocar no Brasil
>>>>> Diego Lopes é baixista da banda Acústicos & Valvulados
Fotos: Divulgação
GREEN DAY, SPARKLING NIGHT.
AMERICAN AIRLINES ARENA.
AGOSTO, 4, 2009.
Show do Green Day em Miami.
Mal aporto na cidade e fico sabendo que no outro dia teria show da minha banda punk rock preferida. Não podia acreditar, coincidências assim não me acontecem nunca. Incredulamente descobri que ainda havia ingressos. Era a minha vez de conferir o fenômeno Billie Joe Armstrong live por apenas U$ 49,50. Sinto por minha irmã não estar comigo, ela mesma meu vetor para conhecer os meninos de She e Paranoid, tocadas só no violão num momentinho solo. Billie + voz + violão. Mas primeiro o início. A parte João Gilberto ficou para o primeiro bis.
O AAA é um imenso ginásio high-tech com seis andares altíssimos divididos em três níveis. O meu era o quinto, pouco recomendado a quem sofre de vertigem. Capacidade: 19,6 mil espectadores.
Kaiser Chiefs faz seu competente show de abertura, não esquecendo de citar a atração da noite entre as músicas, dando uma de simpático para o pequeno público que chegou cedo. Os Chiefs iniciam pontualmente às 20h e o vozeirão de Ricky Wilson faz o megateatro silenciar.
21h cravadas, AAA 90% cheio e a hecatombe começa. Desnecessário dizer que o público cantou junto e respondeu a cada provocação do incontrolável Billie Joe. Sua figura baixinha, debochada e desbocada se agiganta e ele ziguezagueia dementemente pelo palco, seu território. Invade a platéia várias vezes e chega a outros territórios desnorteando o batalhão de seguranças. Ele é o enterteiner da galera prioritariamente teen presente. Brinca com metralhadora lança-chamas, e com uma bazuca acrílica transparente dispara várias camisetas prensadas em todas as direções e pontos do estádio. Empunha outra pistola e dispara rolos de papel higiênico em cima da pista. Com um mangueirão, molha o pessoal da pista, simula masturbação, numa peformance mix Jim Morrison/Madonna, faz sexo com o assoalho. O público a-do-ra. O Green Day pesado também sabe brincar.
Mas nem tudo são flores. A banda sabe seu lugar. Hits e músicas novas são tocados à perfeição. Billie Joe e seus dois amigos formam um relógio suíço daqueles, auxiliados por mais três músicos e não uma, mas duas imensas mesas de som instaladas em um palco absolutamente fantástico. Cascata de fogos de artifício, chuva de confetes e inúmeras explosões literalmente incendiando o palco e acompanhando a batida da bateria. Completando tudo, um telão gigante formando imagens tudo a ver com a arte de 21st Century Breakdown, como o globo holográfico onde, ao invés de brilhar os quadradinhos de espelho, brilham caveiras - ora reproduzindo com muitos efeitos o que acontece no palco, ora servindo de pano de fundo obscuro, misturando técnicas de imagens inventivas, provando que ainda é possível ser novo em duas dimensões.
23h30min em ponto, o melhor show visto por mim até hoje termina com a certeza de que existe vida longa além de American Idiot. Palmas para Billie Joe, Tré Cool e Mike Dirnt, os greeners cantando e tocando sempre no volume máximo.
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Bruce SpringsteenFoto: Divulgação |
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Bruce Springsteen, U2, Metallica, Eric Clapton, Aretha Franklin, Stevie Wonder, Crosby, Stills, Nash and Friends, Paul Simon e Simon & Garfunkel são alguns dos nomes cofirmados para as duas noites de shows em comemoração ao 25º aniversário do Rock & Roll Hall of Fame, que fica em Ohio, nos Estados Unidos.
A Rolling Stone informou que as apresentações rolam nos dias 29 e 30 de outubro no Madison Square Garden, em Nova York.
Para marcar a data, o Rock Hall planeja lançar em agosto uma caixa com nove DVDs misturando highlights do período e cenas inéditas de shows, além do livro The First 25 Years, em setembro.
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Foto: Divulgação |
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Atualizado às 17h50min
Parte do palco do próximo show de Madonna no estádio Vélodrome, na cidade portuária de Marselha, no sul da França, desabou hoje enquanto estava em construção, causando a morte de uma pessoa e deixando pelo menos nove feridos. Madonna disse estar "prostrada".
Uma grua provocou a queda da estrutura que seria erguida sobre o palco, conforme o Corpo de Bombeiros.
– Acabo de saber da notícia trágica e estou prostrada. Minhas preces estão voltadas para os feridos e suas famílias, e expresso minha simpatia profunda por todos os envolvidos nesta notícia dilacerante – escreveu Madonna, segundo nota da Live Nation France, braço da gigante que organiza seus espetáculos.
O show da turnê Sticky and Sweet, que ocorreria no dia 19 de julho, foi desmarcado.
De acordo com o Le Monde, o desabamento ocorreu por volta das 17h (hora local). Quatro ambulâncias foram enviadas ao local e cães ajudaram nas buscas entre os escombros. O TMZ tem um vídeo sobre o acidente.
O estádio tem capacidade para 60 mil pessoas. É o segundo maior da França. Na semana passada, Madonna se apresentou para 15 mil pessoas em Paris.
Foto: Ambulância busca feridos no estádio (Claude Paris, AP)
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Michael Jackson e Madonna no Oscar em 1991Foto: Reprodução |
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Atualizado às 12h54min
Um dos produtores da turnê This is it declarou ao MSNBC que a mesma equipe que já estava contratada para a temporada de shows na O2 Arena, em Londres, poderá realizar um espetáculo em tributo a Michael Jackson em setembro. O evento poderá ter a participação de Janet Jackson, de outros irmãos do cantor, e de Madonna, que já estaria sendo contatada. O local do show ainda não foi decidido, mas deverá ocorrer em Los Angeles.
A primeira apresentação da volta de Michael seria no dia 13 de julho, na capital inglesa. Com o cancelamento da turnê, o prejuízo da produtora AEG poderia ultrapassar os R$ 900 milhões.
A Billboard informou que Janet deverá ser a estrela de um giro que este show tributo poderá fazer por cidades norte-americanas.
Já Madonna, em seu site oficial, fez uma homenagem ao cantor morto no último dia 25. E o empresário dela, Guy Oseary, disse em seu twitter, um dia após a morte de Michael, que a cantora planejava fazer uma participação especial em um dos shows dele na capital inglesa.
Hoje, Perez Hilton publicou que um ensaio para a turnê feito por Michael dias antes de morrer poderá virar um álbum póstumo. O ensaio foi gravado com câmeras de alta qualidade e som digital.
Resultados da autópsia
Conforme a Agência EFE, Michael pesava apenas 51 quilos, tinha comprimidos parcialmente dissolvidos no estômago e apresentava várias costelas quebradas (resultado das tentativas para reanimá-lo) no momento da primeira autópsia realizada no corpo dele. A agência citou o jornal sensacionalista The Sun, que teria obtido o resultado dos exames.
Por outro lado, o site TMZ, primeiro veículo a noticiar a morte de Michael Jackson, afirmou no final da manhã desta segunda que o suposto relatório da autópsia publicado pelo The Sun é falso. Oficialmente, diz-se que os resultados dos exames podem demorar um mês para serem divulgados.
Neste fim de semana, o corpo foi submetido a uma segunda autópsia, solicitada pela família. Além dos medicamentos e das fraturas, havia quatro marcas de injeções em torno da área do coração, aplicadas para injetar adrenalina no órgão. O Sun também publicou que Michael tinha ficado praticamente careca e usava peruca.
Os legistas também encontraram hematomas nos joelhos e tíbias do cantor, assim como nas costas, que poderiam ser as sequelas de uma recente queda. O corpo de Michael apresentava cicatrizes cirúrgicas provocadas por pelo menos 13 operações estéticas. O Times também publicou um texto sobre a autópsia, ressaltando a magreza do cantor.
O médico pessoal de Michael, Conrad Murray, ficou livre de suspeita após o interrogatório de três horas prestado à polícia de LA. Murray é “testemunha presencial” da morte. De acordo com o jornal britânico, a família de Michael está preparando um processo multimilionário contra o médico.
Foto: Fãs prestam homenagem a Michael em Paris (Agência EFE)
Enterro
O corpo do cantor poderá ser enterrado em Neverland, residência localizada em uma zona vinícola do condado de Santa Barbara, ao sul da Califórnia. A propriedade foi o lar de Michael desde que ele a adquiriu, em 1987 (por US$ 28 milhões), até seu julgamento por abuso de menores, em 2005.
Apesar de o tribunal ter eximido o cantor dos crimes pelos quais era acusado, Michael nunca voltou a residir em Neverland. Ele se mudou para o Barein, no Golfo Pérsico. Em 2008, Neverland esteve a ponto de ser leiloado devido à inadimplência do dono, mas acabou resgatada pela companhia de investimentos Colony Capital, que assumiu a hipoteca estimada em US$ 24,5 milhões.
O senegalês Tohme Tohme, da Colony, que era amigo de Jackson, já teria proposto à família do artista transformar Neverland em um parque temático que honre a memória do cantor. O local deverá se transformar em um lugar de peregrinação para fãs de todo o mundo, assim como ocorreu com Graceland, de Elvis Presley.
A família Jackson ainda não decidiu como será realizado o funeral do cantor nem onde será o enterro. O NME postou nesta manhã um resumo das notícias dos jornais ingleses de hoje.
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Foto: Agência EFE |
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Atualizado às 13h
O rei está morto. Viva o rei!
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É num clima de emoção e perplexidade que músicos e celebridades lamentam a morte de Michael Jackson em todo o mundo. Confira o que alguns já disseram:
Quincy Jones, produtor musical de 76 anos: estou totalmente devastado por esta trágica e inesperada notícia. Michael tinha tudo: talento, graça, profissionalismo e dedicação.
John Landis, diretor do clipe de Thriller, que recentemente levou músico aos trinunais numa disputa por direitos autorais: perdi meu irmão mais novo e parte da minha alma se foi com ele. Michael tinha uma vida turbulenta e complicada, mas seu legado e sua contribuição à música serão lembrados para sempre.
Al Sharpton, reverendo ativista e líder da comunidade negra nos Estados Unidos: Ele foi uma figura histórica e o que fez com sua música teve uma grande repercussão. Nenhuma polêmica apagará o impacto histórico de sua música e de seu carisma. Lisa Marie Presley, ex-mulher do cantor, com quem casou-se em 1994 e de quem se separou em 1996: Estou muito triste e confusa com todas as emoções possíveis. Estou com o coração partido devido aos seus filhos, que eu sei que eram tudo para ele e para sua família. É uma perda enorme. Me falta palavras.
Priscilla Presley, viúva de Elvis Presley e ex-sogra do cantor: Estou em choque, como todo mundo deve estar. Meu coração e meus pensamentos estão com sua família neste momento difícil.
Madonna: Não consigo parar de chorar com esta triste notícia. O mundo perdeu um gigante, sua música sempre estará viva.
Lenny Kravitz: se não fosse por ele, não seria músico. Nunca haverá outro talento como Michael Jackson. Ele foi um menino que Deus abençoou com uma voz angelical. Escutem um dos primeiros álbuns do Jackson Five e ouçam essa voz. A pureza, o sentimento, a interpretação das letras. Ele é comparável a James Brown e Aretha Franklin. Se não fosse por ele, não estaria fazendo o que faço. Ele era música. Ponto.
Foto: Fãs e imprensa em frente ao hospital da Universidade da Califórnia (Agência EFE)
Arnold Schwarzenegger, governador da Califórnia: Nossos corações estão com a família de Michael Jackson, seus filhos e seus fãs no mundo todo. Desde suas apresentações com o Jackson Five à estreia do passo moon walk e do álbum Thriller, Michael foi um fenômeno do pop que nunca parou de impulsionar a criatividade.
Donna Summer: Vou sentir saudades. O mundo sentirá saudades de Michael.
Cher: um adorável adolescente com o extraordinário dom de tocar as pessoas. O músico era otimista e adorável, mas não acreditava nisso.
Brooke Shields, atriz que teve um caso com o artista: um extraordinário amigo e artista, que deixou sua contribuição para o mundo. Meu coração está cheio de tristeza pela perda do meu verdadeiro amigo Michael.
Britney Spears: Michael sempre foi uma fonte de inspiração.
Jamie Foxx, ator: Não é possível expressar quanto ele nos deu música e culturalmente. Tudo o que ele quis foi nos dar uma fantástica música, e isso foi o que fez a cada dia dedicado a nós.
Foto: imprensa britânica repercute a morte do astro (Agência EFE)
Mark Lester, ex-ator e padrinho dos filhos do cantor: Ele estava perfeitamente bem. Não posso acreditar, é muita comoção. Sempre vou me lembrar dele como um homem muito doce, amável e carinhoso.
Uri Geller, amigo e famoso por seus "poderes psíquicos": Estou comovido e devastado. Espero que este seja um sonho do qual vou acordar, mas sei que não é isso. Michael está morto. O fato de ele não estar mais por aqui, de ter partido, é surreal.
Sophia Loren: o cantor finalmente encontrará a paz que merece após tanto sofrimento. O mundo perdeu um ícone, que deixou um verdadeiro tesouro com suas canções.
Ricky Martin: Ninguém poderá substituí-lo. Mas tenho certeza de que a luz que nos presenteou nos palcos continuará iluminando todos aqueles que o viram.
Mikhail Baryshnikov: É uma história muito triste, porque ele era um homem muito doente, mas também muito jovem. 50 anos não é nada. Eu o vi há alguns anos pela última vez e era impressionante sua energia, seu perfeito estado físico e o que conseguia fazer com seu corpo. Mas o trabalho corporal não é tudo, é necessário um equilíbrio entre o corpo e a mente e está claro que esse equilíbrio não funcionava em Michael Jackson. Ele era um intérprete incrível e um artista muito interessante.
>>>>> Ainda não há informações oficiais sobre a causa da morte. O resultado da necropsia no corpo do cantor deverá ser divulgado na tarde desta sexta-feira. A hipótese de uma overdose de remédios não está descartada. Também não há notícias sobre o funeral. Se aberto, deverá ser o evento midiático mais estrondoso do mundo após o casamento (e, claro, a morte) de Lady Di.
Hoje, a produtora do Glastonbury, Emily Eavis, anunciou que o festival de música inglês fará tributos à Michael durante sua realização, neste final de semana, de hoje à domingo.
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