Foto: Arte, clicRBS |
![]() |
Neste Dia Mundial do Rock, Volume lança o primeiro disco virtual de bandas do Rio Grande do Sul. No recorte feito, 25 grupos compõem um espectro variado, de diferentes gerações e estilos. São bandas antigas, novas e outras que estão no meio do caminho, sempre tendo o rock como ponto de partida.
Todos escolhidos são especiais por algum motivo, por isso foram convidados para participar dessa joint venture cultural. No entanto, vale destacar a nova música dos Walverdes, Spray, a faixa inédita de Mess (Don't mess with my heart), as ilustres participações dos Replicantes e da Pata de Elefante, as revelações Volantes e Procura-se Quem Fez Isso, a nova banda mais cool destas plagas globais, Wannabe Jalva, e a nova gravação feita por Diablo Fuck Show especialmente para este primeiro disco virtual. Sim, primeiro. Outros virão, certamente.
Abaixo, o streaming das músicas (dividido em dois players) e um raio-x básico sobre cada banda. Mas o melhor mesmo é escutar. E não esqueça: play it loud!
Apanhador Só: do indie ao folk, do rock à MPB, da psicodelia universal à raiz folclórica, da furadeira à máquina registradora, do pato de borracha ao projetor Super-8. Pega tudo, joga no liquidificador e aperta o play. O resultado é o refinado som da banda surgida em 2006, mas que lançou seu elogiado disco de estreia apenas neste ano. O nome do quarteto remete a O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger, e à música Marinheiro Só, de Caetano Veloso. O download do disco segue bombando no site oficial. Um Rei e o Zé, Apanhador Só
>>>>> MySpace
>>>>> Site
>>>>> TramaVirtual
A Red So Deep: não é uma banda engraçadinha, não tem nome engraçadinho nem letras engraçadinhas. Desde 2004, A Red So Deep revê o que de melhor foi realizado no rock alternativo dos anos 90, sem nostalgia, com ímpeto e a partir de uma ótica celebratória fator 2000. Guilt + Persecution, A Red So Deep
>>>>> MySpace
>>>>> Site
>>>>> TramaVirtual
Brollies & Apples: a banda dos casais Rodrigo Brandão e Bianca Jhordão (Leela) e Carol Teixeira e Fredi Chernobyl Endres (Comunidade Nin-Jitsu, produtor do Bonde do Rolê) começou com a amizade das meninas e deu o primeiro passo efetivo no verão de 2009, em Londres. Na orgia organizada da banda, todos integrantes trocam de instrumentos e cantam a toda hora. No som, guitarras pesadas e tons eletrônicos, no que já foi descrito por eles como electro-grunge. Brollies & Apples nasceu cult. Roller Coaster, Brollies & Apples
>>>>> MySpace
Dating Robots: banda de rock eletrônico sujo dos incansáveis Edu Normann e Mari Kircher + Fabio Gabardo (produção e programação de bateria). O projeto, que começou em outubro de 2008 (na época chamava-se Chiclé Demência), é o mais legal de Edu e Mari desde a Space Rave. Influências de Primal Scream, The Kills, New Order e Sonic Youth. O clipe da música Movement Talk mostra a que Dating Robots veio. My Friend, Dating Robots
>>>>> MySpace
>>>>> Site
Damn Laser Vampires: Ron Selistre, Francis K e Michel Munhoz são impossíveis. Ninguém segura a surf-polka-punk satânica do trio. A partir de 2005, a banda passou a tocar o terror na nossa Gotham imaginária. Pouco depois. o disco Gotham Beggars Syndicate (2006) extrapolou fronteiras reais com facilidade, sendo relançado nos EUA, no Canadá e na Argentina. No cinema, o trio atacou nas trilhas de Ainda Orangotangos, de Gustavo Spolidoro, do novo filme underground Trantastic, da ScUMBAG Movies, e do documentário Day By Day, sobre o surfista top Adriano de Souza, o Mineirinho. Mais: atuam como artistas visuais, ilustradores, produtores e diretores de seus clipes. Santa versatilidade, Batman! Melhor que isso só o show da banda – um dos mais legais há alguns anos, basta perguntar para público e organizadores dos festivais dos quais participaram. O segundo disco, Three-Gun Mojo, sai em breve pela Devil's Ruin Records. I Wanna Be an Old Bitch, Damn Laser Vampires
>>>>> MySpace
>>>>> TramaVirtual
Diablo Fuck Show: A banda é de longe uma das mais legais que surgiram no Rio Grande do Sul desde... 2009! Vocal rouco e doidão de Bruno Mattos, letras divertidas, bem sacadas e irônicas, e um som psycho-country-core porrada, autêntico e robusto que nos leva a um Velho Oeste punk, bêbado e empoeirado, não muito distante daquele que habita nosso imaginário. Ouça enchendo a cara - e antes de morrer! Enganando a Morte, Diablo Fuck Show
>>>>> MySpace
Funkalister: 2002 viu surgir a superbanda mais cool do Estado, quando Chico Paixão, Everton Velásquez, Vicente Guedes e Junior Ribeiro se reuniram para gravar músicas instrumentais próprias. A ordem era criação e improvisação sem muitos limites. Atingir o objetivo ficou mais fácil quando um naipe de metais foi integrado ao grupo. O som gira em torno de funk, jazz, samba e rock, emulando groove safra 70 e elegância black. Já foram lançados dois discos (Volume 1 e 2) e algumas faixas já se tornaram trilhas de programas de rádio e do filme Andes Crossing. Tem Coragem?, Funkalister
>>>>> MySpace
>>>>> Site
>>>>> TramaVirtual
Gulivers: Cristiano, Thiago, Rodrigo e Fabricio curtem música e futebol. Não sei como eles jogam, mas tem uma galera que já sabe como eles tocam. E você? O cartão de visitas da banda é Ausente, que está no disco Em Boas Mãos, lançado neste ano, e que teve clipe dirigido pelo cinesta Lufe Bollini, do Coletivo Inconsciente, com Marcos Contreras no papel principal. Bom pra quem se liga em rock inglês e indie americano. Ausente, Gulivers
>>>>> MySpace
>>>>> TramaVirtual
Identidade: uma banda versátil, de rock clássico inspirado nos Stones, mas com senso contemporâneo. Varia entre faixas agressivas, músicas dançantes e composições mais tranqüilas, cheias de groove. Os caras já tocaram tanto em eventos independentes quanto em festivais mainstream nos dez anos de carreira. Ativos na cena, já lançaram três discos, sendo Antiguidades x Modernidades o último deles, via Marquise 51, o selo/produtora comandado por Lucas Hanke (guitarra). Não para de dançar, Identidade
>>>>> MySpace
>>>>> TramaVirtual
Lautmusik: orbita os ruidosos mundos do pós-punk 80 e do shoegaze 90, transitando entre a névoa do submundo musical e apostando em melodias soturnas, climas sufocantes e ambientações melancólicas pouco óbvias – mas sempre com muito punch e com uma carga pop nítida - o que surpreende em meio a um ambiente majoritariamente sombrio. Uma das melhores bandas do RS, Lautmusik se aproxima de Joy Division, My Bloody Valentine, Cure, Mogwai e Jesus & Mary Chain, mas consegue manter identidade própria. Bury my Heart in Warsaw, Lautmusik
>>>>> MySpace
>>>>> TramaVirtual
Maria Elvira e os Suprassummos do Swing (MESS): o perfil da banda no MySpace indica muito bem o que se passa. "Maria Elvira e os Suprassummos do Swing não é uma banda de garotas, nem de garotos; não é rock gaúcho, nem paulista, nem inglês; não é mod, nem grunge, nem new wave; não toca de terninho, nem fantasiada. A MESS é uma banda, e está contente com isso". Rock'n'roll na veia, recheado por guitarra, baixo e bateria marcantes e vocal grave. Simples assim. Don't mess with my heart, Maria Elvira e os Suprassummos do Swing
>>>>> MySpace
Musical Amizade: mais que uma banda, o Musical Amizade é um acontecimento à base de guitarra, sintetizador, projeções audiovisuais e filosofia. Nos shows, um baterista virtual surge projetado em um telão, tocando em sincronia com o grupo. Nas letras, teorizações pop acerca da vida, do universo e tudo mais. No som, uma liberdade que os leva do rock cabeça ao funk safado. Um lance conceitual para ouvidos aguçados. O Musical começou em 2007 e hoje, com Patricia Spier vivendo em São Paulo, aguarda a agenda dos *integrantes integrados* para dar novos passos. Applehead, Musical Amizade
>>>>> MySpace
>>>>> TramaVirtual
Os Replicantes: E a maior banda punk do Brasil precisa de apresentação? Basta dizer que a ótima De Sul a Norte está no novo disco, 2010, lançado pela Marquise 51. O resto é história. De Sul a Norte, Os Replicantes
>>>>> MySpace
>>>>> Site
>>>>> TramaVirtual
Pata de Elefante: a banda gaúcha mais conceituada da atualidade também não é mistério pra ninguém há anos. Instrumentistas de primeira linha, o trio Gabriel Guedes, Daniel Mossmann e Gustavo Telles destilam rock 60-70, groove, melodia e surf music ao sabor de Stones, Beatles, George Clinton e Hendrix. Até parece big band! Bom, eles são big mesmo! Marta, Pata de Elefante
>>>>> MySpace
>>>>> Site
>>>>> TramaVirtual
Procura-se Quem Fez Isso: a nova psicodelia gaúcha tem uma nova cor (a preta), mas não um novo rosto. O quarteto Procura-se Quem Fez Isso mantém o anonimato a todo custo, disfarçando-se com meia-calca, cartola e lanterna de minerador. Mas o segredo restringe-se à identidade dos músicos, já que a música é uma open source de referências e bom gosto. Lounge music dos 60, rock dos 70, brasilidade, ambient, Burt Bacharach, letras muito bem sacadas [a singela Bagdá (She's My Baby) é um primor da concisão], experimentalismos e mutantismos abrem um novo caminho no som feito no Sul. Bagdá (She's My Baby), Procura-se Quem Fez Isso
>>>>> MySpace
>>>>> Site
Superguidis: É praticamente impossível você que curte música não conhecer a banda de Guaíba que há uns quatro anos consegue cada vez mais espaço entre público e mídia. Com um indie lúcido, autoral, livre de referências castradoras e dona de um senso radiofônico efetivo, a banda cria composições arrebatadoras, que atraem fãs entusiasmados aos shows. É um lance meio messiânico, de culto mesmo, que toma forma em apresentações tanto em bares pequenos quanto em festivais no Brasil e no exterior. E por falar em fãs, Robert Pollard e Doug Gillard, da supercult Guided By Voices, já disseram que adoram... Não fosse o bom humor, Superguidis
>>>>> MySpace
>>>>> Site
>>>>> TramaVirtual
Transmission: No som do quarteto há espaço para guitarras. Muitas guitarras. Altas guitarras. Guitarras marcantes, cortantes, sujas, distorcidas e metálicas. Assim, o foco da banda é instrumental, com vocais (masculino e feminino, em inglês) marcando presença de forma discreta, despreocupada, basicamente complementar. O som do grupo não é o mais fácil do mundo. Quem tem medo de Transmission? Missing, Transmission
>>>>> MySpace
>>>>> TramaVirtual
Urso: O projeto instrumental ainda está em fase de crescimento, mas pela estatura do filhote é bem provável que se torne um gigante. O som da banda é forjado em jam sessions austeras, registradas em vídeos, textos e áudios publicados no blog do grupo liderado por Valmor Pedretti Jr. (Worldengine). Pós-rock contundente de alma metal. O primeiro show será dia 20 de agosto, no Dr. Jekyll, ao lado da MESS. All Black, Urso
>>>>> Blog
Walverdes: Há mais ou menos 17 anos o trio de Porto Alegre cria pancadas sonoras com o que há de mais básico no rock: baixo, guitarra e bateria. Mas a crueza simples do som é inversamente proporcional ao esporro criativo de Mini, Marcos e Patrick. Foi com essa vitalidade underground, e a partir de demos, fitas K7, singles, EPs, discos e MUITOS shows, que os Walverdes se consolidaram frente à crítica e ao público como uma das bandas independentes mais importantes do país em todos os tempos. Neste primeiro disco virtual, eles lançam a nova Spray, faixa explosiva que estará no próximo disco. Walverdes se move lenta e bravamente ao som de rocks rápidos, autênticos e em volume máximo. Aumenta o som antes de dar o play! Spray, Walverdes
>>>>> MySpace
>>>>> TramaVirtual
Wannabe Jalva: quando escutei o som da banda pela primeira vez não acreditei. Parecia pegadinha, tipo um perfil fake com faixas incríveis e obscuras de algum grupo desconhecido de alguma megacapital cosmopolita. Som coeso, inteligente e conectado com seu tempo. Experimentações sonoras que resultam em gemas pop do mais alto quilate, que poderiam ter sido feitas por qualquer banda indie britânica atual. Come and Go, Wannabe Jalva
>>>>> MySpace
>>>>> TramaVirtual
Yesomar: esse trio é um tapão na orelha. Rock em alta voltagem testosterônica, pancadas sonoras viscerais furiosas, riffs feios, sujos e malvados, altos berros no vocal e nada de nhenhenhém musical. É rock, é simples, é cru e é direto. No espírito da Yesomar eu diria que se gostou, gostou, se não gostou que se %&#&¨*!!! Ah, e diz que a turnê argentina (ao lado de Los Lotus, Satan Dealers, Silverados e Motosierra) foi devastadora. Normal! Ao Contrário, Yesomar
>>>>> MySpace
Valentinos: rock britânico, melodias, letras e arranjos cuidadosos são os alicerces que sustentam a banda. Os trabalhos começaram em 2008 e, neste 2010, os caras lançaram Avante, o álbum de estreia com 11 faixas masterizadas na Carolina do Norte (EUA) por Dave Locke. Impossível escutar sem lembrar de Oasis, principalmente devido à voz de Jonts. Mais Que Nunca, Valentinos
>>>>> MySpace
>>>>> Site
>>>>> TramaVirtual
Velocetts: a banda de Farroupilha também cultua o rock inglês (mas não apenas) tanto das antigas (anos 60) quanto do passado recente (anos 90) e da atualidade (2000). Rock fofo, fácil, pop, fresco e com poder radiofônico garantido por meio de guitarras leves, bateria redodinha e vocal 'amigo' de Maria Carolina Brites. Em 2008, os Velocetts gravaram um EP com três músicas e, em 2009, saiu o single A Cura, com produção de Ray-Z. A Cura, Velocetts
>>>>> MySpace
>>>>> TramaVirtual
Viana Moog: indie sujo, distorcido, alterado e no wave. Rock 60, 70, 90. Poesia pulp, bossa under, jazz rock canalha e literatura beat corroída. Vocal rasgado, rouco, grave, químico. Boemia, insanidade, barulho e urgência. Isso é apenas parte do que forma o quinteto de São Leopoldo. O resto você precisa descobrir por conta própria. Fleck, Viana Moog
>>>>> MySpace
Volantes: Quando o Otávio Mastroberti me passou o disco da nova banda dele eu não me surpreendi. Ele é músico há anos, então era normal que estivesse metido em algo novamente. Como curto boa parte do que ele faz, imaginei que deveria ser bom. Mas quando escutei Volantes pela primeira vez caí pra trás! A banda tem a liberdade criativa dos autores independentes, o frescor de novas ideias, uma sonoridade atual e uma carga pop de boas referências que fazem a banda aliar os ideários do pós-punk, da eletrônica, e do novo rock a letras em português (voz de Arthur Teixeira), com alma brasileira, de poesia urbana, cotidiana e existencial (Caetano, Roberto Carlos, Chico Buarque e Los Hermanos são referências). Vitória, Volantes
>>>>> MySpace
>>>>> TramaVirtual
>>>>> Agradecimento especial ao Márcio Ventura, da Rei Magro Produções, que deu a maior força no projeto!
Paul durante o show em LondresFoto: Divulgação, Rock Calling |
![]() |
Sabe quando você vai a um show e diz “nossa, o show estava muito bom”? Pois então, eu fui a uma quantidade considerável de shows nesses últimos anos e, em grande parte deles, saí achando que tinha assistido performances da mais alta qualidade. Isto até ontem, domingo, quando tive a honra e o prazer de ser uma entre as 40 mil pessoas amontoadas no clássico Hyde Park, um dos maiores e mais belos parques de Londres, para ver Sir Paul McCartney tocar. A partir de ontem, qualquer outra apresentação a que fui pareceu um show de banda de garagem.
Afinal, o que pode superar, três horas (três horas!), de puro rock n´roll, nostalgia e talento puro, presenteados pelo cara que junto com John, George e Ringo foi responsável pela maior e melhor banda do mundo? Foi assim desde o início, quando cinco minutos após as 19h30, Macca surgiu no palco, abrindo os trabalhos com as canções Venus & Mars e Rock Show, ovacionado como se não estivéssemos num concerto, e sim num culto.
– Gente, vou pedir um minuto antes de continuar tocando, quero olhar para vocês, porque essa visão é muito legal – disse, repousando os braços sobre o baixo para canhoto, olhando fixamente para toda a platéia, olhando humildemente como se fosse a primeira vez que estivesse tocando para uma multidão tão grande.
Em seguida, emendou as canções Jet, da sua banda Wings, seguida de All My Loving, para delírio da galera. Na sequência, vieram Letting Go, Got To Get You Into My Life e Let Me Roll it, esta uma homenagem a Jimmy Hendrix. Sentando-se no piano, Paul conta ao público que Hendrix aprendeu a tocar Sargent Pepper apenas dois dias após o álbum ser lançado, só para poder incluí-la no set list de um show que fez em Londres.
Ao virar-se de volta para o piano, os primeiros acordes de The Long and Winding Road fizeram muita gente chorar, inclusive esta que vos escreve, em um momento de puro êxtase.
A partir daí, tudo que se seguiu foi surpreendente até para quem conhece bem o tamanho do talento de Paul McCartney, dono de um bom humor, carisma e fôlego inigualáveis. Conversando muito com a multidão, fazendo brincadeiras e tocando sem parar, tudo parecia tão natural, que a sensação era a de que estávamos no quintal da casa dele, vendo-o tocar para um grupo de amigos. Artista com A maiúsculo que é, McCartney sabe muito bem da força da bagagem que carrega sobre os ombros, mas a apresenta com uma humildade e espontaneidade desconcertantes, emocionado como se fosse um menino que mal começou a carreira.
São inúmeros os momentos com altas doses de emoção, como quando Macca homenageou John Lennon cantando Here Today, canção que escreveu para o companheiro após sua morte.
– Esta música é para ser a conversa final que não tivemos – disse.
Ou então quando, munido de um Ukulele, lembrou George Harrison.
– Vocês sabem que o George adorava tocar Ukulele, e um dia, quando estávamos na casa dele, pedi para que me ensinasse uma de suas canções. Eu toquei para ele essa música, e agora gostaria de tocar para vocês – iniciando uma adorável versão de Something.
O tempo voou como se três horas fossem três minutos, onde o enfileirado de alguns dos maiores clássicos da música não teve fim: Hey Jude, A Day in the Life, I´m Looking Through You, Two of Us, Blackbird, Back in the USSR, Eleanor Rigby, Ob-La-Di, Ob-La-Da, Let it be, Paper Back Writer, Live and Let Die.... e isso tudo antes de primeiro bis!
Após terminar a primeira parte do show, o primeiro bis trouxe Lady Madonna, Day Tripper e Get Back. Ao voltar para o bis final, empunhando uma bandeira da Inglaterra, Macca brincou:
– Gente, eu vou ter parar em algum momento, viu? .
O público gritava “não!”.
– Vocês vão ter de ir embora em algum momento também! – disse, rindo.
E o público continuou gritando não para que ele, então, emendasse:
– Já sei, vamos todos dormir aqui no parque então!, ovacionado pela multidão completamente entregue ao seu magnetismo.
Helter Skelter e Sargent Pepper's Lonely hearts Club Band e The End arrebataram a noite, em que a frase “...and in the end, the love you take...is equal to the love you make” explicava exatamente a troca incrível entre o músico e a platéia.
Quando as luzes do palco se apagaram eu não conseguia parar de soluçar, coisa que em outras situações me deixariam envergonhada, mas milhares de pessoas estavam na mesma situação. Mesmo depois de três horas, ninguém queria ir embora. Muita gente ainda ficou parada ali, tentando absorver mais um pouquinho do que com certeza foi o melhor show da vida de muita gente. Da minha, pelo menos, foi.
>>>>> Leia sobre o show de Paul McCartney nos EUA em agosto de 2009
>>>>> Mais Paul McCartney
>>>>> Mais Beatles
Oasis no show em Porto Alegre em 2009Foto: Diego Vara |
![]() |
A produtora In 1 Productions, de Liam Gallagher, anunciou que está elaborando um documentário sobre os últimos anos dos Beatles antes da separação em 1970. O filme será baseado no livro The Longest Cocktail Party: An Insider's Diary Of The Beatles, Their Million Dollar Apple Empire And Its Wild Rise And Fall, de Richard DiLello, publicado em 1972. Um porta-voz da produtora avisou que o doc terá humor e será uma visão sobre negócios de música, celebridades e o fim da swinging London dos anos 60.
DiLello foi funcionário da Apple Records, a gravadora fundada pelo quarteto em 1968. O filme de Liam se passará entre 1967 e 1970 e deverá contar detalhes sobre os problemas pessoais e financeiros enfrentados por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr.
Liam ainda estaria procurando um diretor e um roteirista para o longa. A escolha do elenco será feita após a definição do roteiro. A In 1 Productions e a parceira Revolution Films apresentarão o projeto oficialmente no Festival de Cinema de Cannes, que rola entre 12 e 23 de maio.
Com isso, o roqueiro amplia seu escopo de atuação: além da música, ele já atua com moda e com provocações em geral.
Zumbis
Ontem, foi anunciado que em breve será lançado um filme baseado no livro Paul is undead, de Alan Goldsher, no qual os Beatles são zumbis. Na história, Lennon criança é transformado em zumbi e, 15 anos depois, mata e transforma Paul, Ringo e George.
O quarteto comerá cérebros dos fãs pelo mundo, combaterá a ninja Yoko Ono e será perseguido pelo caçador de zumbis Mick Jagger. O projeto é da produtora Doublé Feature.
>>>>> Oasis fazia show em Porto Alegre há exatamente um ano
>>>>> Músicas do Oasis são eleitas as 3 melhores do Reino Unido
>>>>> Mais Oasis
Foto: Reprodução |
![]() |
Os ouvintes da XFM elegeram músicas do Oasis como as três melhores do Reino Unido em todos os tempos. Na ordem: Live Forever, Don't Look Back in Anger e Wonderwall. Mais: Champagne Supernova ficou em nono lugar no ranking das 10 mais. Veja:
1. Live Forever - Oasis
2. Don't Look Back in Anger - Oasis
3. Wonderwall - Oasis
4. Love Will Tear Us Apart - Joy Division
5. I Am The Resurrection - The Stone Roses
6. London Calling - The Clash
7. I Bet you Look Good On The Dancefloor - Arctic Monkeys
8. My Generation - The Who
9. Champagne Supernova - Oasis
10. Bittersweet Symphony - The Verve
Ok, Oasis é legal. Mas quatro sons entre as 10?? A própria Bittersweet Symphony poderia ter ficado mais bem posicionada. E Beatles? Rolling Stones? Led? Kinks? Bowie? Cure? Smiths? Radiohead? Sex Pistols? Clash? New Order?
There Is A Light That Never Goes Out (12ª) e How Soon is Now? (15ª), ambas dos Smiths, ficaram de fora do grupo das 10. Common People, do Pulp, ficou em 14º lugar e Song 2, do Blur, foi a 16ª. Enquanto Gimme Shelter, dos Stones, ficou em 19ª, Hey Jude, dos Beatles, foi eleita a 20ª.
Na mesma votação, Creep, do Radiohead, ficou na 23ª posição, Blue Monday, do New Order, na 27ª, Another Brick In The Wall, do Pink Floyd, na 87ª, I Can't Get No (Satisfaction), dos Stones, ficou em 83º lugar e Everyday Is Like Sunday, do Morrissey, 80º. Já Life On Mars, do Bowie, amargou o 35º lugar.
>>>>> Relembre o show do Oasis em Porto Alegre
>>>>> Londres: Oasis faz barraco e Kasabian, espetáculo
Foto: Divulgação |
![]() |
Wilco, MGMT, Hole e Smashing Pumpkins também vão lançar novas músicas para o Record Store Day, que defende a permanência das lojas de disco independentes pelo mundo. O material chegará ao mercado dia 17 de abril.
Wilco: liberou um deluxe box do álbum ao vivo Kicking Television (2005) com quatro LPs, oito faixas extras e um CD. Serão apenas mil cópias.
MGMT: lançará a música Siberian Breaks, de 12 minutos, que está em Congratulations, em vinil 12″.
Hole: terá uma versão de Skinny Little Bitch e uma faixa inédita do novo álbum Nobody’s Daughter em vinil branco 10″.
Smashing Pumpkins: lança ainda hoje, no site da Amoeba Records, o download da nova música Astral Planes para antecipar o show da banda na loja neste final de semana.
Mais: Beastie Boys (vinil com faixas do próximo álbum, Hot Sauce Committee Pt. 1), Bruce Springsteen, Buddy Guy, Built To Spill, Charlotte Gainsburg, Coco Rosie, Devo, Elvis Costello, Flaming Lips, Fucked Up, Goldfrapp, Gorillaz, Infected Mushroom, Jeff Beck, Joan Baez, Julian Casablancas, La Roux, LCD Sound System, Modest Mouse, Muse, Nada Surf, Of Montreal, Pantera, Passion Pit, Pavement, Peter Gabriel, Queens of the Stone Age, R.E.M., Ramones, Sonic Youth, Soundgarden, The Cribs, Them Crooked Vultures, Tom Waits, TV on the Radio, Weezer, Yeah Yeah Yeahs também farão lançamentos.
Beatles, The Doors, Elvis Presley, Jimi Hendrix, Joe Strummer & The Mescaleros, John Lennon, Joy Division, Sex Pistols e Velvet Underground terão singles de edição limitada colocados à venda.
Você já leu no Volume que Rolling Stones e Blur também lançarão material inédito para o Record Store Day. Veja a lista completa de lançamentos (e morra querendo tudo) aqui.
Josh Homme foi "eleito" embaixador da causa:
O Record Store Day, pasmem, foi concebido por Chris Brown. Entenda aqui.
>>>>> Leia o que já foi publicado no Volume sobre as bandas citadas fazendo uma busca no campo ao lado.
Reprodução, Rock'n'Roll ComicsFoto: Capa da edição sobre Elvis |
![]() |
O rock está sendo revisado em uma reedição das graphic novels Rock'n'Roll Comics, série que surgiu nos anos 90 e que volta agora ao mercado. A parceria entre a Bluewater Productions, especializada HQ’s biográficas, e a Revolutionary Comics, editoria original das histórias, rendeu o lançamento de 10 volumes, incluindo especiais de Elvis Presley, Beatles, Led Zeppelin e Pink Floyd.
Ao todo, as empresas indicam uma coleção com mais de 70 biografias, publicadas bimestralmente. Não há previsão de lançamento no Brasil. Veja a lista:
Volume 1: Hard Rock Heroes - Guns N’ Roses, Metallica, AC/DC, Black Sabbath/Ozzy Osbourne, Mötley Crüe, Poison, Van Halen, Black Crowes, Motörhead, Pantera, Megadeth, Sammy Hagar, Anthrax, Joan Jett/Lita Ford, Skid Row. |
Volume 2: The Beatles |
Volume 3: The Spirit of the 60’s – Doors, Grateful Dead, Bob Dylan, Jimi Hendrix, Spirit, Janis Joplin, 60s San Francisco Scene (Bill Graham, Jefferson Airplane, etc), British Invasion (Herman’s Hermits, the Animals, Yardbirds, Zombies, Small Faces, etc). |
Volume 4: Led Zeppelin Experience |
Volume 5: A Rock Pantheon - Eric Clapton, Rolling Stones, Elton John, Bruce Springsteen, Aerosmith, Alice Cooper, ZZ Top, The Jackson 5, Rod Stewart, Def Leppard. |
Volume 6: Pink Floyd Experience Volume 7: The Art of Rock - The Who, Queen, Rush, Genesis, David Bowie, Frank Zappa, Kate Bush, ELO, The Cure. |
Volume 8: The King: Elvis Presley |
Volume 9: SMASH! A Punk/Alternative Retrospective - Sex Pistols, R.E.M., Jane’s Addiction, Nirvana, Red Hot Chili Peppers, Soundgarden, Alice in Chains, Pearl Jam, Dead Kennedys, Ramones, The Runaways, Iggy Pop/Stooges, MC5, New York Dolls, U2. |
Volume 10: Hip-Hop and Funk Heroes - Public Enemy, 2 Live Crew, NWA, Ice Cube, Ice-T, George Clinton and Parliament Funkadelic, MC Hammer, Janet Jackson |
Foto: Reprodução, Rock'n'Roll Comics
A Bluewater Productions tem lançado graphic novels legais (como a de Michael Jackson e uma sobre Clash of the Titans - quem nunca viu o clássico de 1981? E quem já viu o incrível trailer do remake que sairá em 2010? Confira aqui - tem uma versão estendida muito mais legal, mas não achei agora....), curiosas (Black History Leaders) e bizarras (Ellen DeGeneres, Sarah Palin).
E por falar em Led Zeppelin, a BBC transmitirá um especial sobre a banda neste 25 de dezembro. Jimmy Page falará sobre as primeiras sessões do Led na rádio britânica. Veja aqui o que vai rolar. Abaixo, segue um áudio do produtor Jeff Griffin falando sobre como foi trabalhar com o Led na gravação de BBC Concert em 1971.
VésperaFoto: Lucas Martins de Mello, Divulgação |
![]() |
Teve gente que ficou perplexa quando a Véspera foi escolhida a banda de abertura do show do Faith No More em Porto Alegre, marcado para a próxima terça-feira. O motivo é simples, mas talvez não seja justo: os caras ainda não são muito conhecidos. E você sabe... o desconhecido mete medo em uma galera.
Na entrevista abaixo, feita por e-mail, você fica sabendo um pouco mais sobre a banda de Lucidio Gontan (voz), Marcelo Falcão (guitarra), Vinícius Ferrari (guitarra), Eduardo da Camino (baixo) e Renato Siqueira (bateria), suas influências musicais e literárias, e o que eles esperam sobre o aguardado 03/11 - o dia mais importante para o grupo até hoje.
E se por algum motivo você não conferir a apresentação da Véspera antes do show mais esperado do ano na capital gaúcha, saiba que eles tocam no dia 07/11 na festa OK:ROCK!, lá no Garagem Hermética.
A escolha da Véspera para a abertura do show do Faith No More causou surpresa em muitas pessoas, pois a banda ainda não é muito conhecida. Desde quando vocês tocam? E como rolou essa escolha? Como vocês receberam a notícia? Lucidio: A Véspera existe, oficialmente, desde 2007. Mas eu, o Marcelo (Reichelt, guitarra) e o (Eduardo Da) Camino (baixo), somos amigos de infância e tocamos juntos desde...deixa pra lá.... Na época da escola, nos encontrávamos quase todas as noites para assistir à MTV com o sinal UHF péssimo na casa do Camino, e foi importante ver todos aqueles clipes do Pearl Jam, Alice in Chains, Faith No More... Conhecemos o Renato (Siqueira, bateria) e o Rodrigo Bonjour (antigo guitarrista, atualmente na banda Lìtera) numa época em que estavam nascendo as melodias que seriam as primeiras músicas da Véspera. Com a entrada do Vini (Vinícius Ferrari, guitarra), a banda ganhou uma energia extra. Esse guri, que vive lendo tudo quanto é blog de música, viu no Remix o post do Gustavo Brigatti abrindo uma enquete informal sobre qual banda deveria o show do Faith no More |
Este será o primeiro grande show de vocês? Onde a banda costuma tocar e, no geral, qual é o seu público? Lucidio: Será, sim, nosso maior show! Apesar de pouco conhecida do grande público, a banda conseguiu formar uma verdadeira família. Nossos fãs acabam virando nossos amigos e fãs assim valem por mil! Essa proeza é culpa deles, e é pra eles esse show! Mas voltando à pergunta, a Véspera é a banda oficial da festa OK:ROCK!. O repertório fica recheado de versões de Beatles, Muse, Placebo, coisas mais diferentes como Prince e outras bandas que a gente curte. Também fomos a banda residente do Art & Bar por sete meses entre 2008 e 2009. Nosso público é o mais variado possível. Já vimos pessoas com a camiseta da Tom Bloch e do Slayer na mesma festa! Aliás, ontem (terça-feira) fizemos um showzaço neste bar para amigos e fãs como forma de agradecer a todos pelo carinho que temos recebido. E o bar lotou! Ficamos perplexos! |
A Véspera tem algumas composições interessantes. Faixas que parecem sinceras, não ligadas a modismos, um tanto quanto despretensiosas e que podem variar de tonalidade de uma para outra, como nos casos de Tudo sobre Nada, Sobre esses dias e Não uso o coração. Como vocês compõem? O lance rola em grupo? Ou alguém tem um peso maior nisso? Eduardo: Compor é sempre um processo coletivo pra se chegar ao resultado final de cada música. Geralmente o Vini e o Marcelo trazem algo inicial pros ensaios, depois de tocarem em casa, no violão, repetindo um milhão de vezes um riff ou uma seqüência de acordes. No estúdio, “encaixamos” baixo e bateria. E aí, tome repetição de novo, pro Lucidio criar a linha vocal em cima da melodia. Às vezes ele faz isso já com letras prontas, e a métrica do texto na folha de papel acaba influenciando a melodia. E mexemos nas músicas até a hora de gravar, quando geralmente o Lucidio vem com sugestões de detalhes sutis no arranjo que acabam fazendo uma diferença enorme pra quem ouve a música. Lucidio: Nosso método mais clássico, e o mais difícil, é o de compor o arranjo e a linha melódica da voz antes da letra. Estamos, aos poucos, tentando inverter isso, porque é muito mais fácil e rápido. Sobre esses dias é nossa música mais antiga. Nasceu pronta e foi concebida assim: arranjo antes, letra depois. |
Quais bandas vocês curtem? Em que tipo de som vocês se espelham pra compor? Renato: Somos de escolas musicais diferentes, e ao mesmo tempo, com muitas coisas Lucidio: Temos buscado estruturas diferentes para as músicas, mas a fórmula da banda Live, uma de nossos preferidas, é infalível: estrofes mais calmas, ponte com alguma tensão e refrão explosivo. |
Outra característica de vocês são as letras inspiradas. No MySpace vocês indicam apenas uma influência: Fernando Pessoa. Qual o peso dele e da literatura em geral para o som da banda? Lucidio: Nossa paixão por Fernando Pessoa é declarada. É como se ele nos entendesse e escrevesse letras para a Véspera! Tanto que temos parte de um de seus poemas (O Andaime) musicado. E Não uso o coração (o nome da música é uma frase dele!) foi toda escrita inspirada na rima e na métrica de outro de seus poemas, chamado Isto. Dá uma olhada no original e como ficou nossa letra: Excerto de Isto, de Fernando Pessoa.
Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo, O que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. Não uso o coração, da Véspera De vez em quando eu minto E vivo de ilusão Prefiro o meu instinto A tua devoção Exponho o meu fracasso Procuro uma saída E junto os pedaços Do que sobrou de vida |
Senti uma proximidade entre o som de vocês e o da Tom Bloch, que também sempre privilegiou letras rebuscadas, românticas e desesperadas. Vocês concordam com isso? Eduardo: É uma comparação que muito nos alegra, somos muito fãs da Tom Bloch. As músicas deles têm uma aura de desespero silencioso, falta de perspectiva e resignação. Isso é muito Mal do Século! E falar das letras deles é covardia! |
Qual a expectativa da banda para a abertura do FNM em POA? Estão nervosos? Renato: O Faith No More é e sempre foi uma das nossas bandas preferidas! Tanto que eu e o Camino temos uma banda cover só de FNM. Não diria que estamos nervosos, até porque ensaiamos constantemente e saímos agora de uma rotina puxada de shows, tocando todas as quintas no Art&Bar! Estamos ansiosos pelo momento de subir no palco e dar nosso sangue! É o nosso maior show até o momento, mas faremos o que melhor sabemos fazer: tocar. |
Acredito que enfrentar o público do FNM em POA seja um trabalho difícil. O que vocês estão planejando pro show? Apenas músicas próprias? Algum cover ou algo assim? Eduardo: Faith No More é uma banda muito inclassificável. Tem pedacinhos de metal, de funk, de progressivo, de hardcore, mas é absolutamente única. Juntando a isso a voz bizarra e as letras lindas e doentias do Mike Patton, fica bem difícil delinear um perfil médio do fã de Faith No More. Espero que saibamos surpreender o público tanto quanto o FNM. Lucidio: Eu fui ao primeiro show do FNM no Gigantinho em 1991. Eu estava nas cadeiras, bem longe, de frente para o palco e lembro do público jogando revistas em chamas na banda de abertura, a Maggie´s Dream, do ex-vocalista do Menudo, Robby Rosa (risos). É um público insano, sim. Dizem que os gaúchos pecam pelo bairrismo. Já ouvi dizerem que para o gaúcho não basta seu time ganhar, o adversário tem que perder. Detesto ouvir isso e acho que no dia 03 a gauchada vai provar que é o melhor público de rock do Brasil! Renato: Não somos uma banda que toca covers, nós apenas pegamos músicas que gostamos e fazemos versões, sempre imprimindo nossa marca pessoal! Ainda não fechamos o set list definitivo, mas estamos armando algo impactante, para prender a atenção do público do Faith No More. Pode ter certeza de que não iremos decepcionar todos que acreditam em nós! Esse show é pra vocês! |
>>>>> Veja o Faith No More tocando em Lima
>>>>> Mais sobre Faith No More
Cena de Nowhere BoyFoto: Divulgação |
![]() |
Caiu nas internets o trailer do filme Nowhere Boy (você já leu sobre isso aqui), cinebiografia dirigida por Sam Taylor-Wood sobre a juventude de John Lennon, interpretado por Aaron Johnson. O filme é baseado no livro Imagine This: Growing Up With My Brother John Lennon, de Julia Baird, meia-irmã do músico.
O roteiro é de Matt Greenhalgh, o mesmo da cinebio Control (sobre Ian Curtis). A trilha sonora tem participação de Goldfrapp. Já a narração do trailer é do próprio músico, a partir de áudio retirado de uma entrevista de 1972.
Nowhere Boy será exibido pela primeira vez hoje, no encerramento do London Film Festival. O lançamento será no dia 26 de dezembro, mas ainda não há previsão de estreia no Brasil.
>>>>> Mais sobre John Lennon
>>>>> Mais sobre os Beatles
Foto: Divulgação |
![]() |
Atualizado às 15h27min
As declarações de Paul McCartney sobre o destino das músicas dos Beatles, publicadas ontem, correram o mundo. O músico afirmou ao semanário NME que gostaria que as músicas da banda estivessem disponíveis para download. Ao mesmo tempo, a Mojo fez uma lista das 20 mais da banda (veja abaixo).
Oficialmente, o catálogo dos britânicos esteve longe do mundo virtual até agora, mas McCartney garantiu que está trabalhando para que os fãs possam, finalmente, baixar as músicas de forma legal. O músico culpou a gravadora EMI pelo atraso.
– Tivemos problemas com o iTunes - quer dizer, a EMI era o problema -, com os downloads, e queremos consertar isso porque é assim que muita gente adquire músicas – disse McCartney.
Foto: Reprodução
O primeiro passo dado em direção ao ciberespaço foi dado há algum tempo e se concretiza hoje, com o lançamento do game The Beatles: Rock Band.
– Nós meio que superamos [os problemas com download], pois agora você pode baixar no Rock Band. Sempre gostei disso: quando dizem que você não pode fazer algo e, de repente, há uma pequena rota pelos fundos – completou.
Mas McCartney admitiu que não está por dentro do jogo:
– Eu ainda não tentei. Quando vou a uma demonstração e as pessoas jogam eu penso: 'Deus, isso parece difícil'.
The Beatles: Rock Band tem 45 canções, terá um preço mínimo de US$ 60 e ganhou a aprovação de McCartney, do baterista Ringo Starr, de Yoko Ono e da viúva de George Harrison. Leia mais sobre o jogo no Canal dos Games.
Yoko diz que catálogo será lançado hoje no iTunes
Também ontem, segundo o canal de música do G1, Yoko Ono teria dito em entrevista à Sky News que todo o catálogo dos Beatles estará disponível na loja virtual do iTunes a partir desta quarta-feira (9).
A notícia chegou a ser veiculada no site da Sky News, mas foi removida logo depois, já que este seria o assunto de um anúncio que a Apple fará hoje.
Já gravadora EMI informou ao Financial Times que as negociações para disponibilizar o catálogo da banda na internet ainda estão em andamento e que o suposto anúncio da novidade não será feito hoje.
Atualização: a EMI disse nesta tarde (aqui e aqui) que o catálogo da banda não será disponibilizado no iTunes neste momento. O executivo Ernesto Schmitt declarou que as negociações entre as gigantes seguem em andamento. Mojo lista as 20 mais da banda
Na sua última edição, a Mojo listou o top 20 das músicas dos Beatles.
O ranking foi comentado por ilustres como Paul Weller, Wayne Coyne (Flaming Lips), David Crosby, John Cale, Ozzy Osbourne, Tom Petty, Bettye LaVette, Pete Shelley (Buzzcocks), Danger Mouse (Gnarls Barkley, Gorillaz), Win Butler (Arcade Fire), Tom Rowlands (The Chemical Brothers), James Skelly (The Coral), Tori Amos, David Crosby, Dave Okumu, John Cale e outros. Veja:
11. Eleanor Rigby | |
2. Strawberry Fields Forever | 12. Come Together |
3. Yesterday | 13. Hey Jude |
4. Tomorrow Never Knows | 14. I Want To Hold Your Hand |
5. Something | 15. With A Little Help From My Friends |
6. She Loves You | 16. Revolution |
17. While My Guitar Gently Weeps | |
8. Happiness Is A Warm Gun | 18. Can't Buy Me Love |
19. Norwegian Wood (This Bird Has Flown) | |
20. Rain |
Brian EpsteinFoto: Divulgação |
![]() |
Foi anunciado ontem que o produtor de cinema David Permut comprou os direitos para o roteiro de um filme sobre a vida de Brian Epstein, empresário dos Beatles morto em 1967, aos 32 anos, de overdose. Nesta quinta (27) rolou o 42º aniversário da morte dele.
O longa A life in the day terá roteiro de Tony Gittelson e foco no início da carreira do quarteto de Liverpool. Conforme o NME, agora Permut tentará obter os direitos sobre algumas canções do grupo.
O produtor contou à Variety que “todos rejeitavam a banda, mesmo que Brian prometesse que eles seriam maiores do que Elvis”. Ele disse que tudo começou a mudar depois que Epstein “finalmente conseguiu fazer George Martin, da EMI, mudar de ideia e conceder uma audição” aos músicos.
No momento, há uma nova onda beatlemaníaca rolando pelo mundo. Além deste filme, 13 minidocumentários sobre os bastidores de gravação de cada álbum de estúdio dos Bealtes estão a caminho juntamente com o catálogo remasterizado do quarteto.
Já a BBC exibirá em setembro um documentário sobre a banda intitulado The Beatles on record, com conversas inéditas e fotos raras. Na mesma época, será lançado o game The Beatles: Rock Band.
Além disso, a Disney e Robert Zemeckis estão negociando um remake de Yellow Submarine em 3D.
>>>>> Paul McCartney nega má relação com John Lennon
>>>>> 60 mil cantam junto com Paul McCartney nos EUA
>>>>> McCartney poderá tocar no Brasil
>>>>> McCartney libera download gratuito
>>>>> McCartney diz que politizou os Beatles
>>>>> Documentário sobre os Beatles já está online
>>>>> Mais sobre Paul McCartney
>>>>> Mais sobre os Beatles
Music non stop! A qualquer momento, notícias sobre música, entrevistas com bandas e artistas, reportagens, resenhas sobre shows e lançamentos de álbuns, dicas para downloads, sugestões de novos clipes, cena local, mercado mundial e mundos paralelos. Abaixo: textos separados conforme categorias (show, clipes, entrevistas, podcast...) Acima: clique na imagem do botão Volume para ler notícias em ordem de publicação E-mail:
volume@clicrbs.com.br
Siga o Volume:
Clique na imagem acima para conferir o calendário de shows
Clique na imagem acima para escutar Volume no BLIP.fm
Dúvidas Frequentes | Fale conosco | Anuncie - © 2009 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.