Paul durante o show em LondresFoto: Divulgação, Rock Calling |
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Sabe quando você vai a um show e diz “nossa, o show estava muito bom”? Pois então, eu fui a uma quantidade considerável de shows nesses últimos anos e, em grande parte deles, saí achando que tinha assistido performances da mais alta qualidade. Isto até ontem, domingo, quando tive a honra e o prazer de ser uma entre as 40 mil pessoas amontoadas no clássico Hyde Park, um dos maiores e mais belos parques de Londres, para ver Sir Paul McCartney tocar. A partir de ontem, qualquer outra apresentação a que fui pareceu um show de banda de garagem.
Afinal, o que pode superar, três horas (três horas!), de puro rock n´roll, nostalgia e talento puro, presenteados pelo cara que junto com John, George e Ringo foi responsável pela maior e melhor banda do mundo? Foi assim desde o início, quando cinco minutos após as 19h30, Macca surgiu no palco, abrindo os trabalhos com as canções Venus & Mars e Rock Show, ovacionado como se não estivéssemos num concerto, e sim num culto.
– Gente, vou pedir um minuto antes de continuar tocando, quero olhar para vocês, porque essa visão é muito legal – disse, repousando os braços sobre o baixo para canhoto, olhando fixamente para toda a platéia, olhando humildemente como se fosse a primeira vez que estivesse tocando para uma multidão tão grande.
Em seguida, emendou as canções Jet, da sua banda Wings, seguida de All My Loving, para delírio da galera. Na sequência, vieram Letting Go, Got To Get You Into My Life e Let Me Roll it, esta uma homenagem a Jimmy Hendrix. Sentando-se no piano, Paul conta ao público que Hendrix aprendeu a tocar Sargent Pepper apenas dois dias após o álbum ser lançado, só para poder incluí-la no set list de um show que fez em Londres.
Ao virar-se de volta para o piano, os primeiros acordes de The Long and Winding Road fizeram muita gente chorar, inclusive esta que vos escreve, em um momento de puro êxtase.
A partir daí, tudo que se seguiu foi surpreendente até para quem conhece bem o tamanho do talento de Paul McCartney, dono de um bom humor, carisma e fôlego inigualáveis. Conversando muito com a multidão, fazendo brincadeiras e tocando sem parar, tudo parecia tão natural, que a sensação era a de que estávamos no quintal da casa dele, vendo-o tocar para um grupo de amigos. Artista com A maiúsculo que é, McCartney sabe muito bem da força da bagagem que carrega sobre os ombros, mas a apresenta com uma humildade e espontaneidade desconcertantes, emocionado como se fosse um menino que mal começou a carreira.
São inúmeros os momentos com altas doses de emoção, como quando Macca homenageou John Lennon cantando Here Today, canção que escreveu para o companheiro após sua morte.
– Esta música é para ser a conversa final que não tivemos – disse.
Ou então quando, munido de um Ukulele, lembrou George Harrison.
– Vocês sabem que o George adorava tocar Ukulele, e um dia, quando estávamos na casa dele, pedi para que me ensinasse uma de suas canções. Eu toquei para ele essa música, e agora gostaria de tocar para vocês – iniciando uma adorável versão de Something.
O tempo voou como se três horas fossem três minutos, onde o enfileirado de alguns dos maiores clássicos da música não teve fim: Hey Jude, A Day in the Life, I´m Looking Through You, Two of Us, Blackbird, Back in the USSR, Eleanor Rigby, Ob-La-Di, Ob-La-Da, Let it be, Paper Back Writer, Live and Let Die.... e isso tudo antes de primeiro bis!
Após terminar a primeira parte do show, o primeiro bis trouxe Lady Madonna, Day Tripper e Get Back. Ao voltar para o bis final, empunhando uma bandeira da Inglaterra, Macca brincou:
– Gente, eu vou ter parar em algum momento, viu? .
O público gritava “não!”.
– Vocês vão ter de ir embora em algum momento também! – disse, rindo.
E o público continuou gritando não para que ele, então, emendasse:
– Já sei, vamos todos dormir aqui no parque então!, ovacionado pela multidão completamente entregue ao seu magnetismo.
Helter Skelter e Sargent Pepper's Lonely hearts Club Band e The End arrebataram a noite, em que a frase “...and in the end, the love you take...is equal to the love you make” explicava exatamente a troca incrível entre o músico e a platéia.
Quando as luzes do palco se apagaram eu não conseguia parar de soluçar, coisa que em outras situações me deixariam envergonhada, mas milhares de pessoas estavam na mesma situação. Mesmo depois de três horas, ninguém queria ir embora. Muita gente ainda ficou parada ali, tentando absorver mais um pouquinho do que com certeza foi o melhor show da vida de muita gente. Da minha, pelo menos, foi.
>>>>> Leia sobre o show de Paul McCartney nos EUA em agosto de 2009
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Oasis no show em Porto Alegre em 2009Foto: Diego Vara |
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A produtora In 1 Productions, de Liam Gallagher, anunciou que está elaborando um documentário sobre os últimos anos dos Beatles antes da separação em 1970. O filme será baseado no livro The Longest Cocktail Party: An Insider's Diary Of The Beatles, Their Million Dollar Apple Empire And Its Wild Rise And Fall, de Richard DiLello, publicado em 1972. Um porta-voz da produtora avisou que o doc terá humor e será uma visão sobre negócios de música, celebridades e o fim da swinging London dos anos 60.
DiLello foi funcionário da Apple Records, a gravadora fundada pelo quarteto em 1968. O filme de Liam se passará entre 1967 e 1970 e deverá contar detalhes sobre os problemas pessoais e financeiros enfrentados por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr.
Liam ainda estaria procurando um diretor e um roteirista para o longa. A escolha do elenco será feita após a definição do roteiro. A In 1 Productions e a parceira Revolution Films apresentarão o projeto oficialmente no Festival de Cinema de Cannes, que rola entre 12 e 23 de maio.
Com isso, o roqueiro amplia seu escopo de atuação: além da música, ele já atua com moda e com provocações em geral.
Zumbis
Ontem, foi anunciado que em breve será lançado um filme baseado no livro Paul is undead, de Alan Goldsher, no qual os Beatles são zumbis. Na história, Lennon criança é transformado em zumbi e, 15 anos depois, mata e transforma Paul, Ringo e George.
O quarteto comerá cérebros dos fãs pelo mundo, combaterá a ninja Yoko Ono e será perseguido pelo caçador de zumbis Mick Jagger. O projeto é da produtora Doublé Feature.
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Foto: Divulgação |
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O último álbum de estúdio de Johnny Cash, American VI: Ain't No Grave, da série American Recordings, que teve início em 1994, será lançado no dia 26 de fevereiro, dia do nascimento do músico. O disco virá com a faixa inédita I Corinthians: 15:55. O material foi gravado em 2002, um ano antes da morte de Cash, e teve produção de Rick Rubin, que também assinou os anteriores.
Nos álbuns já lançados, ele gravou músicas de John Lennon e Paul McCartney, Beck, Nick Cave, Tom Petty, Bonnie "Prince" Billy, Sting, Neil Diamond, U2, Soundgarden, Glenn Danzig, além da já clássica Hurt, do Trent Reznor. Neste último, ele registrou composições de Sheryl Crow (Redemption Day) e Kris Kristofferson (For The Good Times), entre outros compositores. O tracklist é:
Aint No Grave
Redemption Day
For The Good Times
First Corinthians
Where I'm Bound
Satisfied Mind
It Don't Hurt Anymore
Cool Clear Water
Last Night I Had The Strangest Dream
Aloha Oe
I Corinthians: 15:55
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O palco da U2 360º TourFoto: Divulgação |
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A Billboard listou as 25 maiores turnês de 2009 conforme faturamento entre 06 de dezembro de 2008 e 21 de novembro de 2009. O U2 ficou em primeiro lugar ao obter mais de US$ 311 milhões em caixa. Em 44 shows com lotação esgotada, a banda reuniu público superior a 3 milhões de pessoas. Olha só:
1. U2 Faturamento: US$ 311,637,730 Número de shows: 44 Público total: 3,071,290 Lotação esgotada/sell-out: 44 | 14. FLEETWOOD MAC Faturamento: US$ 62,590,677 Número de shows: 59 Público total: 640,201 Lotação esgotada/sell-out: 9 |
2. MADONNA Faturamento: US$ 222,017,248 Número de shows: 46 Público total: 2,187,993 Lotação esgotada/sell-out: 46 | 15. BEYONCÉ Faturamento: US$ 57,138,765 Número de shows: 57 Público total: 697,093 Lotação esgotada/sell-out: 25 |
3. BRUCE SPRINGSTEEN & THE E STREET BAND Faturamento: US$ 156,340,910 Número de shows: 72 Público total: 1,736,926 Lotação esgotada/sell-out: 42 | 16. CELINE DION Faturamento: US$ 56,984,471 Número de shows: 33 Público total: 526,438 Lotação esgotada/sell-out: 31 |
4. AC/DC Faturamento: US$ 135,287,350 Número de shows: 76 Público total: 1,583,143 Lotação esgotada/sell-out: 52 | 17. IL DIVO Faturamento: US$ 53,494,139 Número de shows: 103 Público total: 649,748 Lotação esgotada/sell-out: 36 |
5. PINK Faturamento: US$ 102,878,271 Número de shows: 131 Público total: 1,550,026 Lotação esgotada/sell-out: 69 | 18. DAVE MATTHEWS BAND Faturamento: US$ 52,338,154 Número de shows: 58 Público total: 997,158 Lotação esgotada/sell-out: 23 |
6. ANDRE RIEU Faturamento: US$ 95,854,338 Número de shows: 112 Público total: 834,992 Lotação esgotada/sell-out: 18 | 19. NICKELBACK Faturamento: US$ 49,908,542 Número de shows: 70 Público total: 1,046,973 Lotação esgotada/sell-out: 42 |
7. BRITNEY SPEARS Faturamento: US$ 94,813,948 Número de shows: 70 Público total: 1,097,229 Lotação esgotada/sell-out: 61 | 20. DEPECHE MODE Faturamento: US$ 45,658,648 Número de shows: 31 Público total: 690,936 Lotação esgotada/sell-out: 9 |
8. BILLY JOEL & ELTON JOHN Faturamento: US$ 90,218,314 Número de shows: 32 Público total: 719,423 Lotação esgotada/sell-out: 31 | 21. TRANS-SIBERIAN ORCHESTRA Faturamento: US$ 42,862,677 Número de shows: 109 Público total: 1,010,067 Lotação esgotada/sell-out: 43 |
9. TINA TURNER Faturamento: US$ 86,372,137 Número de shows: 59 Público total: 822,083 Lotação esgotada/sell-out: 47 | 22. RASCAL FLATTS Faturamento: US$ 42,298,302 Número de shows: 55 Público total: 768,152 Lotação esgotada/sell-out: 40 |
10. COLDPLAY Faturamento: US$ 84,369,360 Número de shows: 66 Público total: 1,199,862 Lotação esgotada/sell-out: 31 | 23. LIL WAYNE Faturamento: US$ 39,314,413 Número de shows: 69 Público total: 728,655 Lotação esgotada/sell-out: 7 |
11. METALLICA Faturamento: US$ 76,613,910 Número de shows: 66 Público total: 1,120,917 Lotação esgotada/sell-out: 47 | 24. BRAD PAISLEY Faturamento: US$ 35,736,893 Número de shows: 66 Público total: 841,228 Lotação esgotada/sell-out: 39 |
12. JONAS BROTHERS Faturamento: US$ 73,293,001 Número de shows: 62 Público total: 1,089,453 Lotação esgotada/sell-out: 42 | 25. PAUL MCCARTNEY Faturamento: US$ 33,650,567 Número de shows: 10 Público total: 275,256 Lotação esgotada/sell-out: 7 |
13. KENNY CHESNEY Faturamento: US$ 70,999,090 Número de shows: 52 Público total: 1,034,021 Lotação esgotada/sell-out: 36 |
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Black Rebel Motorcycle ClubFoto: Divulgação |
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1º de dezembro de 2009. Hora de dar dicas sobre álbuns que devem pintar em 2010:
Black Rebel Motorcycle Club: o novo da fodística BRMC, Beat The Devil's Tattoo, será lançado no dia 08 de março pelo selo da banda, Abstract Dragon. É o quinto de estúdio do trio californiano, que entra em turnê em fevereiro. Há pouco tempo, eles lançaram CD e DVD gravados ao vivo em Glasgow, Berlim e Dublin em 2007.
Gorillaz: Damon Albarn disse ao Guardian que o terceiro álbum da banda-desenho, Plastic Beach, poderá ser o mais pop que ele já fez. Devem entrar pra lista de colaboradores Lou Reed, Mos Def, The Horrors, Snoop Dogg, Barry Gibb (Bee Gees) e Bobby Womack. A data ainda não foi confirmada. Além disso, Albarn deverá lançar um álbum com o baixista Flea (Red Hot Chili Peppers) e com o baterista Tony Allen (The Good, The Bad & The Queen). O músico também já trabalha com Alan Moore (Watchmen) em uma nova ópera. E ontem saiu o trailer de No Distance Left to Run, doc sobre o Blur.
Interpol: o próximo disco da banda pós-pós-punk de NY deve sair no começo do ano. O baterista Sam Fogarino disse que a sonoridade será próxima da que ouvimos no belo Turn on the Bright Lights (2002), álbum de estreia da banda. Neste ano saiu Julian Plenti is... Skyscraper, solo de Paul Banks. Vampire Weekend: diz que as faixas de Contra, o sucessor do aclamado álbum de estreia da banda (2008), se alternam entre camadas com muitas guitarras e zonas livres do instrumento. A micareta-rock-chicana Cousins (veja o clipe) e a baladinha caliente, feliz e veloz Horchata (ouça aqui) comprovam.
LCD Soundsystem: o terceiro álbum do genial James Murphy deverá ser um pouco diferente do segundo, Sound of Silver (2007, já citado por várias revistas gringas como um dos mais importantes da década) e muito diferente do disco de estreia (2005, que eu acho fabuloso). O baterista Pat Mahoney disse que o novo material será um pouco mais “lento” e mais “rock” que os outros, e ainda assim terá uma veia disco pulsante. De fato, Murphy disse Folha de S.Paulo na semana passada que adora disco music e que já não tem interesse em disco-punk há algum tempo. O lance deve sair no início do ano.
MGMT: foi divulgado que Congratulations é o nome do segundo álbum dos hippies-high-tech Ben Goldwasser e Andrew Van Wyngarden, donos do fantástico Oracular Spectacular (2008). Parece que terá vocais de Jennifer Herrema (Royal Trux) e que os dois estão trabalhando com Paul McCartney. Isso não foi confirmado.
Charlotte Gainsbourg & Beck: o disco IRM deve sair no dia 26 de janeiro. O título foi inspirado na MRI Machine, aquelas câmeras de ressonância magnética. Uma delas foi utilizada por Charlotte após um acidente de esqui. A cantora e atriz já disse que todas as músicas do disco têm estilos diferentes. O vídeo de Heaven Can Wait você já viu aqui. Four Tet: There is Love in You (foto ao lado) é o novo projeto do excelente produtor eletrônico Kirean Hebden, que costuma misturar elementos de hip hop e jazz com elegância. O quinto do britânico deve pintar em janeiro. Os singles Love Cry e Plastic People já estão por ae.
The Avalanches: ainda não se sabe muito sobre o novo disco dos autralianos que lançaram um dos álbuns mais legais do ano 2000, Since I Left You. Ouça Brains (teazer) aqui. O lance é ao vivo e indica uma mudança radical no som. Ou essa faixa megacalipso (or something) é fake.
Hot Chip: One Life Stand segue Made In The Dark (2008) e está marcado para 09 de fevereiro. Alexis Taylor disse que a faixa I Feel Better será uma “massive Euro club sounding track” …
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Foto: Divulgação |
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Atualizado às 15h27min
As declarações de Paul McCartney sobre o destino das músicas dos Beatles, publicadas ontem, correram o mundo. O músico afirmou ao semanário NME que gostaria que as músicas da banda estivessem disponíveis para download. Ao mesmo tempo, a Mojo fez uma lista das 20 mais da banda (veja abaixo).
Oficialmente, o catálogo dos britânicos esteve longe do mundo virtual até agora, mas McCartney garantiu que está trabalhando para que os fãs possam, finalmente, baixar as músicas de forma legal. O músico culpou a gravadora EMI pelo atraso.
– Tivemos problemas com o iTunes - quer dizer, a EMI era o problema -, com os downloads, e queremos consertar isso porque é assim que muita gente adquire músicas – disse McCartney.
Foto: Reprodução
O primeiro passo dado em direção ao ciberespaço foi dado há algum tempo e se concretiza hoje, com o lançamento do game The Beatles: Rock Band.
– Nós meio que superamos [os problemas com download], pois agora você pode baixar no Rock Band. Sempre gostei disso: quando dizem que você não pode fazer algo e, de repente, há uma pequena rota pelos fundos – completou.
Mas McCartney admitiu que não está por dentro do jogo:
– Eu ainda não tentei. Quando vou a uma demonstração e as pessoas jogam eu penso: 'Deus, isso parece difícil'.
The Beatles: Rock Band tem 45 canções, terá um preço mínimo de US$ 60 e ganhou a aprovação de McCartney, do baterista Ringo Starr, de Yoko Ono e da viúva de George Harrison. Leia mais sobre o jogo no Canal dos Games.
Yoko diz que catálogo será lançado hoje no iTunes
Também ontem, segundo o canal de música do G1, Yoko Ono teria dito em entrevista à Sky News que todo o catálogo dos Beatles estará disponível na loja virtual do iTunes a partir desta quarta-feira (9).
A notícia chegou a ser veiculada no site da Sky News, mas foi removida logo depois, já que este seria o assunto de um anúncio que a Apple fará hoje.
Já gravadora EMI informou ao Financial Times que as negociações para disponibilizar o catálogo da banda na internet ainda estão em andamento e que o suposto anúncio da novidade não será feito hoje.
Atualização: a EMI disse nesta tarde (aqui e aqui) que o catálogo da banda não será disponibilizado no iTunes neste momento. O executivo Ernesto Schmitt declarou que as negociações entre as gigantes seguem em andamento. Mojo lista as 20 mais da banda
Na sua última edição, a Mojo listou o top 20 das músicas dos Beatles.
O ranking foi comentado por ilustres como Paul Weller, Wayne Coyne (Flaming Lips), David Crosby, John Cale, Ozzy Osbourne, Tom Petty, Bettye LaVette, Pete Shelley (Buzzcocks), Danger Mouse (Gnarls Barkley, Gorillaz), Win Butler (Arcade Fire), Tom Rowlands (The Chemical Brothers), James Skelly (The Coral), Tori Amos, David Crosby, Dave Okumu, John Cale e outros. Veja:
11. Eleanor Rigby | |
2. Strawberry Fields Forever | 12. Come Together |
3. Yesterday | 13. Hey Jude |
4. Tomorrow Never Knows | 14. I Want To Hold Your Hand |
5. Something | 15. With A Little Help From My Friends |
6. She Loves You | 16. Revolution |
17. While My Guitar Gently Weeps | |
8. Happiness Is A Warm Gun | 18. Can't Buy Me Love |
19. Norwegian Wood (This Bird Has Flown) | |
20. Rain |
Brian EpsteinFoto: Divulgação |
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Foi anunciado ontem que o produtor de cinema David Permut comprou os direitos para o roteiro de um filme sobre a vida de Brian Epstein, empresário dos Beatles morto em 1967, aos 32 anos, de overdose. Nesta quinta (27) rolou o 42º aniversário da morte dele.
O longa A life in the day terá roteiro de Tony Gittelson e foco no início da carreira do quarteto de Liverpool. Conforme o NME, agora Permut tentará obter os direitos sobre algumas canções do grupo.
O produtor contou à Variety que “todos rejeitavam a banda, mesmo que Brian prometesse que eles seriam maiores do que Elvis”. Ele disse que tudo começou a mudar depois que Epstein “finalmente conseguiu fazer George Martin, da EMI, mudar de ideia e conceder uma audição” aos músicos.
No momento, há uma nova onda beatlemaníaca rolando pelo mundo. Além deste filme, 13 minidocumentários sobre os bastidores de gravação de cada álbum de estúdio dos Bealtes estão a caminho juntamente com o catálogo remasterizado do quarteto.
Já a BBC exibirá em setembro um documentário sobre a banda intitulado The Beatles on record, com conversas inéditas e fotos raras. Na mesma época, será lançado o game The Beatles: Rock Band.
Além disso, a Disney e Robert Zemeckis estão negociando um remake de Yellow Submarine em 3D.
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Foto: Divulgação
O ex-beatle Paul McCartney negou ter tido uma relação ruim com John Lennon e atribuiu alguns dos problemas de seu ex-companheiro de banda à tendência a dizer tolices.
– John dizia tanta estupidez que depois dizia que não tinha intenção – disse McCartney em declarações publicadas hoje na revista britânica Radio Times.
Conforme a Agência EFE, o músico completou:
– Eu realmente nunca critiquei John. Eu não sou tão crítico. É uma questão de personalidade. Ele era mais brusco que eu – ressaltou o ex-integrante dos Beatles.
Segundo McCartney, Lennon, assassinado em 1980 em Nova York, não foi um homem tão difícil como as pessoas acreditavam e disse que teve com ele muitas coisas em comum.
– Se John dizia algo ruim de mim, também podia baixar os óculos até a ponta do nariz para dizer 'te amo'. Isso é o que conservo dele – ressaltou.
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Fotos: Divulgação
São 5h30min e eu estou saindo do meu apartamento com uma mochila nas costas. Tenho que atravessar toda a Downtown Nashville para chegar até a estacao da Greyhound e pegar um ônibus para Atlanta na Georgia. Serão dez quadras num passo apertado. Por mais que eu só veja alguns bebuns saindo dos honk-tonk bars da Boadway, quero evitar contratempos. Na mochila? Uma calça, duas camisetas extras, uma muda de roupa, máquina fotográfica e meu bem mais precioso: o ingresso pra ver Sir Paul McCartney tocar no Piedmont Park em Atlanta.
Viajar de ônibus nos Estados Unidos e uma confusão so. As rodoviárias são desorganizadas, ninguém sabe a que horas o ônibus vai realmente sair (e se vai sair!!!) e muito menos a que hora vai chegar no destino (e se vai chegar!!!). Por isso que aqui se anda muito mais de avião. Além disso, todo mundo tem seu carro. Quando digo para as pessoas que ando de ônibus, todo mundo aqui me olha como se eu tivesse cometido alguma espécie de crime. Os ônibus são desconfortáveis, velhos e sujos. Mas quando eu entro no bus, esqueço disso e penso que tudo vale a pena pra ver o velho Macca em ação.
Quem me conhece, sabe que eu sou um beatlemaníaco xiita (e chato). Não consigo me lembrar da primeira vez que eu ouvi Beatles, mas lembro do primeiro disco que eu ganhei. Aos 7 anos, seu Milton, meu coroa, voltou de viagem não sei de onde e, por algum motivo, me deu o LP The Beatles Ballads. Ouvi aquele disco até literalmente furar (sim, ele furou!!!). Depois, aos 12, eu comprei o disco RAM do Macca e surtei, não aceitei mais a vida como ela era. Há quase 15 anos que eu escuto esse disco pelo menos uma vez por semana. RAM é um disco que toda crianca deveria receber ao nascer. Nasceu, cortou o cordão, conheceu mamãe, papai, tomou um banho, a vacina e mamou ouvindo RAM.
Mas ver o cara ao vivo é diferente. Porque todas aquelas músicas que eu conheço, cantei, toquei e que me acompanham há mais ou menos 20 anos foram escritas pelo cara que estaria ali na minha frente. O cara que me levou a ser músico e aprender a tocar algum instrumento, cantar alguma musica, compor uma melodia.
Cinco desconfortáveis horas depois, chego a Atlanta, pego o metrô, um bus e chego no meu motel para deixar as coisas. Fiquei hospedado num daqueles motéis que a gente vê nos filmes, manja? Com os quartos abertos para o estacionamento. Um lixo. Outro ônibus depois e eu estava em frente ao local do show almoçando e ouvindo a passagem de som do tio Macca. Quer saber o que ele tocou? Coming Up, Blue Suede Shoes, Blue Moon of Kentucky, Let Me Roll It, Dance Tonight, She Came in Through the Bathroom Window, How Kind Of You, Honey Don't, Peggy Sue e All My Loving. Já dava pra voltar para casa, certo?
Mas ainda tinha mais. Duas horas de espera na fila foram suficientes para saber algumas histórias das pessoas que estavam ali no aguardo assim como eu. Uma senhora com a filha adolescente tinha visto os Beatles ao vivo ali em Atlanta em 1965. Um senhor com os netos tinha visto os Beatles há exatos 45 anos naquele mesmo dia no Shea Stadium. Ele espera que hoje consiga ouvir alguma coisa do que o Paul vai tocar. Uma turma de australianos tinha visto o Paul na turnê de 1975, que gerou o injustiçado e subestimado álbum ao vivo Wings Over America. Um casal de Atlanta tinha visto outros dois shows dele ainda esse ano. Crianças, adolescentes, adultos, idosos. Gente de tudo quanto era idade. Mas, com o perdão do trocadilho infame, nem tudo é um “passeio no parque”. Uma turma numerosa estava revoltada porque tinha comprado ingressos com entrada antecipada e acabaria entrando junto com a gente, meros mortais.
Com os portoes abertos, 60 mil pessoas se posicionaram para ver o show. Embora as placas lá fora rogassem a contínua proibição ao uso de álcool em público nas cidades americanas, la dentro a cerveja era livremente vendida a quem se dispusesse a pagar US$ 7,00 e mostrar a identidade. Também e interessante notar que, apesar dessa proibição, a Budweiser era uma das patrocinadoras do show.
Um solaço rachava a cabeça de todos. Mas isso nem tinha tanta importância. Duro mesmo foi agüentar o show da banda de abertura, a irlandesa The Script (ou algo do gênero), que em 45 minutos me fez perceber como essas bandas que querem ser como o Coldplay gostam de eco em abundância na voz. O baterista era bom. O melhor da banda, com pegada segura e voz potente. Tocava uma viola de forma competente também, fazendo uma interessante versão de Heroes, do David Bowie, tocando ambos os instrumentos.
Pontualmente às 20h, começou um filme no telão mostrando várias memorabilias e quinquilharias que o Macca guarda para lembrar as diferentes épocas de sua carreira. Botons, bones, cartas, posteres, pele da bateria do Ringo, provas de capas de disco, provas de fotos, lembranças da Linda, John e George, fotos dos filhos, filmes caseiros. Tudo isso passando ao som de um mix de músicas da carreira solo do velho.
Meia hora depois, as luzes se apagam. O parque ruge em silêncio. Um murmuro toma conta de todos e a tensão salta faíscas no ar. De repente, o spotlight acende e Paul McCartney está no meio do palco, com um terno preto justo, sem gola, impecável e a banda tomando seus postos para comecar.
Mesmo aos 67 anos, Paul exibe uma silhueta esguia e boa forma. Como eu estava na quarta ou quinta fila do show, vi que o tempo deixou marcas no rosto do cantor e que a tinta do cabelo reflete a luz de forma mais forte do que deveria. A voz, obviamente, não exibe mais o vigor de 40 anos atrás, mas ainda assim ele cantou perfeitamente e com emoção todas as músicas do repertório nos tons originais. Mas e o que isso importa? Ele estava ali, a cinco metros de mim, tocando num parque pra 60 mil cabeças como se tivesse num boteco, com a mesma energia e vontade com que provavelmente ele tocou pra 23 bebuns em alguns shows em Hamburgo há 50 anos.
O repertorio? Três (!!!!) horas com: Drive My Car, Jet, Only Mama Knows, Flaming Pie, Got To Get You Into My Life, Let Me Roll It, Highway, The Long And Winding Road, My Love, Blackbird, Here Today, Dance Tonight, Calico Skies, Mrs. Vaderbilt, Eleanor Rigby, Sing the Changes, Band On The Run, Back In The USSR, I’m Down, Something, I’ve Got A Feeling, Paperback Writer, A Day In The Life, Let it Be, Live And Let Die e Hey Jude.
Tá bom? Ah, não? Quer mais? Então, olha o primeiro bis: Day Tripper, Lady Madonna, I Saw Her Standing There.
Nao ficou satisfeito? Então o segundo bis resolve: Yesterday, Helter Skelter, Get Back, Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band e The End.
Vale ressaltar alguns pontos como a homenagem a George tocando Something no ukelele (espécie de cavaquinho havaiano que o guitarrista adorava), a homenagem a John com Here Today, do étimo album Tug of War. Helter Skelter é capaz de deixar qualquer banda da moda que acha que faz som pesado extremamente depressiva e dependente de medicamentos, tamanha a sua forca e impacto, mesmo tendo sido composta há 41 anos.
Eu? Chorei feito uma chiliquenta. Chorei de soluçar mesmo e não tenho vergonha de admitir isso. E acho que não fui o único. Aposto que até o Paul se emocionou, afinal, por mais que se esteja acostumado com o sucesso, fazer um show para 60 mil pessoas e ouvir cada uma delas cantar todas as músicas do show como se fossem o hino da nação tem que ser emocionante. Um sinal de que alguma coisa que se fez na sua carreira deu certo.
Pode não ter mudado o mundo, pode não ter trazido a paz mundial, pode não ter parado o tempo. Mas, para cada uma daquelas pessoas, uma música que Paul McCartney compos foi trilha sonora de algum momento bacana. Ouvir 60 mil partilhando a mesma trilha sonora deve ser emocionante para ele.
Eu, pelo menos, me emociono só de lembrar.
>>>>> McCartney poderá tocar no Brasil
>>>>> Diego Lopes é baixista da banda Acústicos & Valvulados
Foto: Divulgação
Foi liberado hoje o download de Great Day, a música de Paul McCartney que está em Funny People, filme de Judd Apatow com Adam Sandler.
A faixa saiu originalmente no disco Flaming Pie, de 1997, e foi relançada agora para o filme. Em Funny People, Sandler é um comediante que descobre que tem uma séria doença. Great Day toca bem na hora…
O download ficará online por pouco tempo. Corre!
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