Nanluoguxiang reune gastronomia, moda, arte, artesanato e vida noturna em Beijing
Em mais ou menos 48 horas, espero estar em solo brasileiro. E este blog contará o que os brasileiros estão falando sobre a China, o que as pessoas vão querer saber de mim, etc, etc.
Por enquanto, ficarei pelas alturas.
A semente mais gordinha do que o pinhão tem quase o sabor do SulFoto: Jana Jan |
Pinhao é uma boa pedida pra acompanhar chimarrão numa tarde fria, correto? Aqui na China não há pinhão, mas há muitas tardes frias. Logo, não há uma boa pedida para os dias de frio...
Erradíssimo. Os meus problemas gastronômicos na hora de acompanhar o mate amargo se acabaram! Graças a um chinês do departamento de russo (eu trabalho no departamento de língua portuguesa da Xinhua). Não sei o nome, mas o acho o máximo. Um dia pela manhã ele chega e me oferece uma espécie de semente. Se não redonda, pelo menos mais cilíndrica do que a do pinhão. Quentinha, meio docinha. Foi amor a primeira mordida (na semente, não no chinês, vamos esclarecer).
Na volta pra casa, parei numa banquinha e achei as sementes, preparadas na hora. Chamam-se lizi. Demora um pouco pra preparar. Elas são misturadas a uma calda meio doce, sob fogo. Tipo uns 20 minutos. Na saída, a dona da barriquinha falou, eu não entendi, mas tinha certeza de que era conselho de mãe:
- Não come enquanto está quente, porque dá dor de barriga.
Eu imaginei logo de cara que era dor de barriga, porque se a gente come determinadas coisas quentes, nos ensinam desde cedo, a gente fica com dor de barriga. Pinhão e bolo estão neste balaio. Eu sublimei total. Cheguei em casa, chimarrão, lizi e uma boa prosa com a Paula, que mora comigo.
À noite, no restaurante, qual o resultado? Dor de barriga!!!!! Ai, quem manda não confiar nos conselhos de mãe. Agora, se você confia no meu, compre um pacotinho de lizi, espere esfriar e se não gostar de chimarrão, coma acompanhado de chá, café, água quente ou água gelada. Mas prove lizi!
Conn e Lulu de biquini no palco do Yu Gong, acompanhadas pelo funkeiro chinês Huang Bo, da banda The VerseFoto: Divulgação |
Quinta-feira me despeço da noite chinesa por um mês, pois no dia seguinte embarco para minhas férias no Brasil. Pra despedida, vou de funk brasileiro, não aquele batidão popularizado nos bailes cariocas, mas o suingue gostoso de papas como o Tim Maia. Isso porque a Mama Funker, banda capitaneada pelo músico brasileiro Fábio vai se apresentar no Yu Gong Yi Shan. A noite promete!
Tenho o maior carinho pelo Yu Gong Yi Shan. Foi a primeira casa de espetáculos a que fui em Beijing, ainda quando se tratava de um casarão horrendo - porém com superastral - em meio a um estacionamento que, em breve, daria lugar a um condomínio de luxo na região de Gongti Beilu, um dos redutos boêmios da cidade. Naquela saída à noite sozinha, fiz amigos com quem convivo até hoje.
Pois foi no primeiro contato com o Yu Gong Yi Shan que fiquei sabendo o que, afinal, era Yu Gong Yi Shan. Trata-se de um personagem de uma fábula chinesa, de mesmo título. Assim: um ancião considerado tolo resolve abrir um caminho que liga o local onde vive, na montanha, a civilização. Todos o acham estupidíssimo. Jamais cumpriria a tarefa! E ele responde: depois de mim, meu filho pode continuar, meu neto, etc...
Moral da história? Não dá pra desistir só porque parece difícil ou que pouca gente vai entender sua proposta. Alguém vai seguir, desde que ache a idéia legal. E, bom, eu acho super legal a proposta do Yu Gong Yi Shan moderninho: apresentar estilos diferentes para um povo sedento por música - e até cinema - nas noites de Beijing. Sigam-me os bons, diria o filósofo Chapolin (vai dizer, o mexicano Bolaños deu um nome meio chinês pro seu super-herói atrapalhado, não? Repete: cha-po-lin!).
Yu Gong 2.0
Falar em seguir, se você clicou no link do Yu Gong Yi Shan (coloquei-o novamente, mais uma chance, mais uma chance!) percebeu que há uma extensao ".ning.com" no endereço que aparece em seu navegador.
Já sabe o que é? Pra quem não sabe, trata-se de um site a partir do qual você pode criar sua própria rede social chamado Ning. Mais uma das maravilhas da web 2.0 - basicamente o conceito de internet que permite mais interação com menos exigência quanto às habilidades internéticas dos usuários, um custo x benefício supimpa para os amantes das trocas de informações via rede.
Pra simplificar, é como se cada pessoa criasse seu proprio Orkut, partindo do pressuposto que por ali reunirá gente com perfis/gostos semelhantes. Eu há alguns meses participo da rede Interatores, por exemplo, que reúne profissionais de meios digitais. Como o velho Yu Gong ia querendo dizer, numa tradução livre pro português, "alguém vai seguir, desde que ache a idéia legal".
Yu Gong impresso
Pra quem gostou desta fábula sobre o velho e a montanha e quer conhecê-la, saiba que a L&PM publicou um livro bilingüe português-chinês que contém o texto (50 Fábulas da China Fabulosa, L&PM, 2007. R$ 31). A coletânea foi organizada pelo escritor Sérgio Capparelli, que morou em Beijing por pouco mais de dois anos, e pela Márcia Schmaltz, que hoje vive em Macau e fala mandarim.
Como o próprio título sugere, há a fábula do Yu Gong Yi Shan, além de outras 49. Todas da cultura chinesa, com certeza!
Cartaz de Shanghai Baby, o filmeFoto: Divulgação |
O diretor alemão Berengar Pfahl foi o responsável por levar para as telas o romance Xangai Baby (Editora Globo, mas com edição esgotada em português. Para outras línguas, aqui vai o que está disponível no acervo da Livraria Cultura). O lançamento do filme, finalizado em 2007, ocorreu na Itália, em setembro deste ano.
Shanghai Baby, no título original, é o livro de estréia e uma semibiografia (se é que este conceito pode realmente ser aplicado) de Wei Hui, proeminente escritora chinesa, nascida na década de 1970.
A história é mais ou menos assim: uma garçonete cai de amores por um jovem usuário de drogas e impotente e decide morar com ele, mesmo contrariando a família. Numa festa, conhece um empresário alemão e dá início a uma história de envolvimento erótico e sexual. Tudo se passa em Shanghai. No filme, acho que o que vai espantar mais é o cenário futurista da megalópole chinesa. Mas esta é uma aposta minha. Eu, se fosse você, tentaria achar o filme aí pelo Brasil pra tirar a dúvida.
A Coco - nome ocidental da personagem principal é inspirada na... Coco Chanel - e tem uma amiga chamada Madonna. Estava olhando o elenco, quando percebi que a Madonna é interpretada pela japonesa Seiko Matsuda. Pra quem não tem a mais mínima idéia de quem é a senhora Seiko, saiba que ela está na estrada desde 1980. Comecou como cantora. E quando morei no Japão, em 1982, a jovenzinha era sucesso nas paradas e já havia lançado seis discos.
Pra vocês terem uma idéia dos primórdios do JPop (o pop japonês), deixo de brinde um videozinho do primeiro single do primeiro disco da Seiko-tchan (sufixo de tratamento para chamar crianças ou pessoas super íntimas e queridas no Japão). O título, escrito em japonês, foi impossível descobrir qual era.
M100 é apresentado em feira no Cairo, EgitoFoto: Agência Xinhua |
O carro popular M100, produzido em parceria pelas chinesas Hafei Auto e Changhe Automobile, chega agora ao mercado mineiro, depois de já ter aportado em Sao Paulo e no Espírito Santo desde o ano passado.
A intenção é rivalizar com o Fiat Mille, e para isso, se aposta no preço: o carro sai por R$ 23,6 mil, incluindo o frete. O mais barato do Brasil, o Mille, custa R$ 23,4 mil.
O M100 vem na versão quatro portas, com ar-condicionado, travas elétricas e aparelho de CD. Especialistas do setor automotivo alertam para a possível dificuldade de reposição de peças, mas a Effa Motors, a fabricante, garante que cada concessionária oferecerá suporte mecânico, com técnicos treinados pela empresa.
Além do M100, a Effa também comercializa no Brasil o modelo ULC, utilitário ultraleve, nas versões picape, furgão e minivan. Este é o começo. Neste ano, a empresa participou pela primeira vez do Salão Internacional do Automóvel, em São Paulo, e anunciou intenção de levar ao mercado brasileiro ainda modelos esportivos e multi-uso.
Na China, a Changhe produzia carros em parceria com a japonesa Suzuki desde 2003, mas deixou a joint venture para assumir negócios no setor aeropoespacial. Da japonesa, no entanto, herdou a tecnologia, reconhecida pelo desempenho e economia.
No Uruguai, o modelo M100 também já é vendido, mas por lá é chamado de Ideal. Aqui, você conhece onde os carros chineses já são vendidos no Brasil.
A fengzheng feita em Weifang viaja ate a província de QinghaiFoto: Yang Shoude/Agência Xinhua |
Se você leu o post abaixo, viu que eu tenho de levar uma pandorga pro Brasil. Literalmente pro Brasil. Meu amigo Bernardo Brasil (olha o selo mãozinha) estava sem espaço na mala e eu me ofereci pra carregar a águia dele semana que vem.
- Não tem problema, eu levo tua pandorga - disse pro Bernardo, que logo sacou do que eu estava falando, mas morreu de rir do pandorga. Pra ele, brasileiro errante, mas com nada de origem sulina no mix de locais por onde andou, a palavra soou estranha. Ele conhece mesmo é pipa e papagaio.
Esta não foi a primeira vez que tive problemas ao falar pandorga. Hoje ainda, ao conversar sobre o objeto com meu amigo português Ricardo Duarte, de novo rimos destes regionalismos. Eu achei engraçado. Acompanhe nosso papo via msn:
Jana Jan:
Tenho de levar uma pipa, sabe? Kite.
Ricardo:
Papagaio. Vocês chamam pipa? Essa e boa.
Jana Jan:
Na real, no sul do Brasil a gente chama pandorga. Mas quem não é de lá nem conhece.
Ricardo:
Esse ainda é melhor, hahahaha. Lançar um pandorga.
Jana:
Uma, feminino!
Ricardo:
Uma pandorga? Pelo menos vocês lançam?
Jana:
Não, a gente solta. Ou empina. Lançar, nunca ouvi. Voces lançam?
Ricardo:
Nós só lançamos papagaios.
***
Voltando a China
Por aqui, pipa, pandorga ou papagaio é fengzheng - produto nacional, orgulho Made in China. Mania! O caracter feng significa vento. Zheng tem vários, mas um deles é papel.
De noite, luzinhas enfileiradas junto aos objetos iluminam os céus chineses. De dia, é o colorido dos papéis que enfeitam as cidades. Todo o mundo empina, mas os velhinhos são os mais entusiasmados. Dizem que o exercício ajuda a manter a coluna mais reta.
A fenghzeng foi inventada no Período dos Estados Combatentes (475-221 a.C.) para fins militares. Os primeiros papagaios de papel foram feitos de madeira, depois, de tiras de bambu na Dinastia Tang (618-907 d.C.), com componentes de papel e seda.
As pipas têm asas separáveis ou fixas. A forma pode ser desmontada ou empacotada em caixas, e a segunda voa mais alto. Existem mais de 300 tipos de desenho, que incluem seres humanos, peixe, inseto, pássaro, dragão e até caracteres.
A cidade de Weifang, na província de Shandong, é o famoso lar das pipas. Todos os anos, em abril, é la que ocorre um festival internacional, que atrai fãs de papagaios de papel chineses e estrangeiros.
Agricultor faz as vezes de artesão e capricha nas sombrinhas chinesasFoto: Wang Guohong/Agência Xinhua |
No dia 5 de dezembro, próxima sexta-feira, eu embarco para férias no Brasil. Será um mês de rever gente que amo, que acho que me ama também. Vai ser legal. Aliás, minha expectativa de que seja megalegal é tanta que tenho vontade de dormir agora e acordar só na próxima sexta. É, não rola...
Ainda que meu sonho hibernativo se concretizasse, teria de deixá-lo de lado, pois há tarefas a cumprir. A que bravamente enfrentarei amanha é a compra dos presentes - e das encomendas. Uma vez que você more na China, alguém vai te pedir alguma coisa. Afinal, é tudo tão baratinho, sempre dizem... Tenho só 20 quilos na mala para levar, então não aceito mais pedidos encarecidos de encomendas. Mas seguem algumas coisas já encomendadas que disputarão espaço na mala com biquínis e vestidos (acho que vou ter espaço só pra vestidinhos, ainda bem que estou com as pernas em dia).
- Lanternas chinesas vermelhas
- Máquina fotografica digital
- Pandorga de uma águia gigante
- 20 livros vermelhos do Mao
- Sombrinhas chinesas
- Bolsas
- Pashminas
Voce acha que dá? Eu tou torcendo para que dê... Caso contrário, que confusão. Ainda preciso achar espaço para presentinhos pra familiares e amigos. Aiaiaiaia
Mas voltando às sombrinhas
A foto deste post mostra um agricultor do pequeno distrito de Wuyuan, na província de Jiangxi. Por lá, eles aproveitam o tempo em que não podem trabalhar na lavoura pra garantir uma graninha extra com as sombrinhas chinesas artesanais.
Não é delicado?
Guardas na região de Colaba, após os ataquesFoto: Agência Xinhua |
O canal em inglês da CCTV, a rede de televisão estatal da China, tem um programa chamado English Contest, um desafio em que o melhor falante de inglês vence. Para chegar ao resultado, os candidatos têm de responder perguntas, em inglês, obviamente, feitas por especialistas em uma espécie de banca. Esta inclui nativos falantes em inglês e especialistas da área cujo tema esta sendo debatido no dia.
O último a que assisti era um debate em torno da internet como mídia e, especialmente, sobre a importância deste meio de informar em tempo real. Eu não anotei os nomes, mas um dos diretores da Universidade de Pequim afirmava a importância do jornalismo cidadão e a cobertura feita via celular dos ataques em Londres em julho de 2005. Já o candidato dizia que era imprescindível o saber jornalístico na hora de se produzir os materiais.
Bueno, antes de mais nada, o jornalismo cidadão é aquele cujo autor é o cidadão comum, você que me lê, seu vizinho, sua prima, o cunhado, a sogra ou até o namorado ou a amiga jornalista, que mesmo nas férias é pego de surpresa pela notícia, como no caso da Tati Klix, que estava na China quando ocorreu o terremoto de 12 de maio em Sichuan. Saiu a turista, entrou a profissional - ainda que sem todo o aparato necessário para uma cobertura (câmeras, estações de transmissão de dados, telefone).
O jornalista-cidadão é aquele ser, basicamente, que não quer ser apenas o entrevistado, nem se contenta apenas em comentar material feito. Quer botar a mão na massa e fazer a sua parte. Bem-vindos, eu digo! É o caso do blog Allesblau, publicado logo após o início da tragédia climática que se abateu sobre Santa Catarina.
Creio que haja espaço para ambos os esforços, o do cidadão que se utiliza das ferramentas da web para mostrar ao mundo suas realidades e o dos jornalistas, que tem como principal vantagem, a meu ver, experiência em relatar, desconfiar, redigir e editar o melhor material possível para entregar ao leitor/internauta/telespectador/ouvinte. E, em ultima análise, claro, tem todo o dever ético de buscar a verdade e apresentar diferentes pontos de vista.
Pois hoje estava passeando pela rede de relacionamentos Facebook (para a qual você precisa de cadastro antes de acessar) quando me deparo com dicas de uma amiga búlgara sobre a "cobertura" dos ataques a Mumbai. Cobertura esta apenas baseada no conceito de jornalismo cidadão. Parei para ler. Primeiro porque ela não é jornalista, e está engajada neste movimento, de mostrar ao mundo o que os moradores, que assistem estupefatos a tragédia, têm a relatar.
Parece que o apelo emocional de quem não tem o filtro da edição jornalística somado ao tom testemunhal de quem conhece a fundo aquela realidade, pois está inserido nela, são suficientemente fortes para chamar a atenção do público. E há quem elogie como material de muito mais qualidade do que os produzidos pela CNN, a rede de televisão norte-americana célebre por estar em praticamente todos os lugares do mundo registrando tudo em primeira mão.
Um dos destaques da cobertura em Mumbai é a pagina de fotos de Vinu no Flickr. O indiano Vinukumar Ranganathan mora há dois minutos a pé do local onde uma explosão ocorreu em Colaba. Os registros estão aqui. E ele continua atualizando.
A Wikipedia já tem um "verbete" para os ataques deste dia 26, mas em inglês. Pelo Google Maps, é possivel saber os locais sob ataque - e, aliás, aqui o cidadão ajudando o jornalismo. Logo na apresentação, há informação de que os profissionais da rede de televisão Al Jazeera estão usando os dados publicados no Google e no Twitter para fazer sua cobertura. Ainda em relação aos repórteres, o site Ground Report - em inglês - traz informações de quem está na região.
No twitter, são vários canais, todos tambem em inglês, como o mumbaiattack e o BreakingNewz. Para vídeos, mais uma vez o Youtube é o portal favorito.
E você, concorda que o jornalismo cidadão é uma boa fonte de informação? Já publicou algo na internet ou telefonou para a rádio para dar aquela informação em cima do laço? Aliás, se estás louco para contar alguma história sobre a China, que tal me mandar por e-mail e ver depois aqui no blog?
O restaurante Makye Ame traz performances típicas do Tibet em BeijingFoto: Jana Jan |
O portal oficial da Agência de Notícias Xinhua lançou hoje uma versão atualizada sobre o Tibet. Atualmente, a página tem versões em chinês, tibetano (cuja versão, apesar de eu não entender, é linda, linda) e inglês, mas outros idiomas serão incorporados aos poucos.
O espaço está dividido em três partes principais: notícias, serviço de informação ao cidadão e dados sobre o Tibet, que cobrem a situação atual da região, economia e sociedade, cultura e religião, educação e tecnologia, turismo, proteção do meio ambiente, vida no Tibet, serviços para moradores e estudos de tibetologia.
Em comparação com a antiga versão em chinês, a nova dispõe de mais fotos e vídeos. Na seção que trata sobre vistos para estrangeiros, a página traz ate uma dica valiosa. Primeiro você precisa saber que é necessária uma permissão especial para entrar no Tibet, além do visto chinês. A página, no entanto, diz que os turistas devem buscar a permissão já dentro da China e nunca dizer aos consulados no seu país de origem que planejam um tour pelo Tibet. Segundo o site, esta informação é praticamente a chave para uma negativa de visto, inclusive para a China...
Makye Ame
Ah, a foto que ilustra este post é do restaurante tibetano Makye Ame, um pedacinho do Tibet na capital chinesa. O astral é divertidíssimo. Com decoração tibetana, o clima fica mais pitoresco por conta da trupe que canta e dança, trajados em coloridas roupas típicas.
Quando começa o espetáculo, os clientes recebem hadas brancas, longas faixas de seda - como mantas - que representam cortesia na cultura tibetana. Ganhar uma é sinal de que você agradou!
Bueno, como estamos falando de restaurante, o que posso dizer da comida tibetana experimentada por aqui é que se trata de uma culinária baseada em pratos para espantar o frio. A carne de iaque - um boi selvagem encontrado no planalto tibetano, em altitudes que variam entre 4,5 mil metros e 6 mil metros com uma longa pelagem negra - é destaque. O ponto "esquisitinho" fica por conta do chá preparado com manteiga de iaque, num resultado entre gorduroso e nem tão convidativo assim. Pra que beber? Como havíamos dito antes, pra espantar o frio!
Agência chinesa destaca mortes provocadas por chuvas e deslizamentosFoto: Reprodução |
A pior tragédia climática de Santa Catarina chegou às páginas dos jornais chineses. A principal agência de notícias do país, a Xinhua, onde trabalho, estampa fotos do horror no leste do Estado na capa principal.
Não é para menos. Neste ano, os chineses também viveram seus horrores provocados pela natureza, como as fortes nevascas que atingiram o sul do país entre janeiro e fevereiro e o terremoto de 12 de maio em Sichuan, que deixou mais de 80 mil mortos e desaparecidos.
Santa Catarina repete a rede de solidariedade tão comum nestes momentos de tragédias humanas, que se revelam em dores individuais de quem perdeu familiares e amigos, de quem perdeu sua casa, parte de sua história.
Ainda no início das enxurradas, iniciativas pessoais como o blog AllesBlau mostravam a construção desta rede solidária. Com os números ganhando contornos mais sombrios, órgãos públicos e iniciativa privada se somaram aos esforços para ajudar as vítimas. Para participar também, clique aqui e saiba como doar.
O sentimento mobiliza. Ainda não consegui falar com minhas primas que moram em Itajaí, mas as frases que elas deixam nas páginas do Orkut (rede de relacionamento na qual você precisa de senha para acessar), já dão o tom do sentimento da população:
"Tristeza geral em Santa Catarina.... Enchentes, Alagamentos... Calamidade Pública!!!! Quem conseguir e tiver como... ajude....", diz a Rebeca Michels. A irmã, Rafaela, indica o caminho para quem quer doar: "AJUDA PARA OS DESABRIGADOS - Doações na Marejada!!!!!".
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