Em Macau, placa alerta para duas proibições: cuspe e fumoFoto: Tatiana Klix |
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É necessário proibir o cuspe? Quando o hábito é uma mania nacional, sim. Não é preciso de muito tempo na China para flagrar chineses escarrando, onde quer que estejam - caminhando na rua, de dentro do carro, no ônibus. Não basta botar a saliva para fora, parece que eles se sentem bem mesmo fazendo todo um movimento barulhento que começa no nariz, vai lá no fundo da garganta, passa pela boca até que o cuspe vai com toda força para o chão. Não cultivam o ato apenas as pessoas mais simples ou de pouca de educação. De alguma maneira milenar, aprendeu-se que o que é ruim tem que ser colocado para fora do corpo e mesmo pessoas mais abastadas (principalmente entre os mais velhos) em grandes cidades cospem.
Bem, hábitos são hábitos, e é preciso respeitá-los, mas este é um costume que pode ser prejudicial à saúde da população. O governo da China já se convenceu disso e faz esforços para eliminar o vício. Segundo eu li no livro Um brasileiro na China, do correspondente do jornal O Globo em Pequim Gilberto Scofield Jr., durante a epidemia da SARS, em 2003, os cuspes diminuíram, por conta de campanhas que alertavam para a contaminação a partir das salivas nas ruas. Mas a epidemia se foi, e os escarros voltaram. Este ano, com a proximidade da Olimpíada, a medida adotada em Pequim foi mais radical: uma lei proíbe o cuspe e multa o infrator em 50 yuans (em torno de US$ 7). O objetivo é eliminar o hábito para fazer bonito durante os jogos. Pelo que vi no mês passado na sede dos jogos, acho pouco provável.
Histórias, dicas, lembranças e planos de viagens para quem adora passear por aí (e depois voltar para casa). Por Tatiana Klix
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