Xícara com design e funcionalidade made in ChinaFoto: Tatiana Klix |
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Eu sou uma boa tomadora de chá, principalmente quando está frio, como hoje. Quando voltei para casa do meu plantão domingueiro, pelas 23h, o termômetro da capa do clic marcava 8 graus em Porto Alegre e a primeira coisa que fiz foi esquentar água para fazer um chazinho e, quem sabe, me esquentar também. O hábito, que eu já tinha em outros invernos, este ano ganhou alguns requintes chineses. A começar pelo chá, que trouxe da terra onde é a bebida preferida há cinco mil anos. Diferente dos que normalmente compro no Brasil, em saquinhos, o dos chineses é vendido a granel, e as ervas ou flores secas vão direto na água quente. É assim que preparei o meu hoje, numa xícara também made in china (presente da Jana e da Maíra), que além de muito bonitinha, é prática. Para que não seja preciso coar, ela tem um recipiente com furos na base que se encaixa no topo, onde vai o chá. Aí serve-se a água e cobre-se a xícara, para guardar o calor. Quando a água ganha cor e sabor, é só tirar de novo o recipiente com o chá! O que fiz hoje era de uma mistura de flores, bem bom, mas no meu estoque de viagem também vieram os tradicionais verde e de jasmim.
Os chineses e o chá o tempo todo
O meu hábito, que normalmente está relacionado ao inverno, não chega a ter muito a ver com o dos chineses. Por lá, o chá é uma constante nas mais diversas ocasiões, em muitas das quais não estamos acostumados a bebê-lo. Toma-se chá no café da manhã, durante o almoço, na janta, sempre quente. E o verão não diminui a sede de chá, não! Não é preciso pedir, ele sempre vem e, melhor, de graça. Nos restaurantes, por exemplo, antes de qualquer coisa, serve-se o chá. Nos quartos de hotéis sempre tinha uma maneira de esquentar água, xícaras parecidas com a minha e chá, naturalmente. Durante a massagem, de novo, ganhamos chá.
Quase gelado para refrescar
Uma descoberta interessante foi a dos chás gelados, ou pelo menos frios, já que bebida gelada não é o forte da China (nem a cerveja tem essa característica!). Vendidos em cada esquina em garrafinhas plásticas, também em vários sabores, substituem o refrigerante na função matar a sede e refrescar. Eu, que não sou muito da Coca-cola, adorei e fiquei viciada neles. Muitos chineses, no entanto, não costumam comprar o chá pronto na rua. Eles trazem de casa, numa garrafinha portátil (e às vezes já de aspecto meio velho e com a cor de dias e dias de chá pegando) para todas as horas.
Água quente
E quem disse que água se toma gelada? Na China, também se toma quente, sem chá dentro. Sim! Só a água quente, bem quente. Bem, disso eu não gostei, mas provei. Tem gosto de.... água quente.
Chá x Te
No museu de Macau, onde tudo estava escrito em português, aprendi uma lição bem bacaninha sobre a origem da palavra chá. O caractere chinês para a bebida tem duas formas de se pronunciar: uma parecida com chá e outra que soa como te. A primeira é de origem cantonesa, do sul da China, e a outra vem do dialeto Amoy, da província de Fujian. Destas duas pronúncias surgiram em todas as línguas a palavra que designa chá. Em português, usamos a expressão cantonesa, por causa da presença de colonizadores de Portugal em Macau no século XVII. Mas reparem ali na foto que nas outras línguas latinas ou anglo-saxônicas prevaleceu a outra origem, que foi levada pelos holandeses. Pelo menos nesta palavra, estamos bem mais próximos dos orientais!
Histórias, dicas, lembranças e planos de viagens para quem adora passear por aí (e depois voltar para casa). Por Tatiana Klix
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