Galerias, galerias, galeiras e, no canto inferior à direita, a Avenida da Mariña com muitas galeriasFoto: Tatiana Klix |
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Sabia muito pouco sobre A Coruña. A começar pelo nome. Conhecia por La Coruña, até que o internauta Galego me corrigiu (muito educadamente e carinhoso, ao contrário da Dulce Soledade, que me jogou 1000 pedras no último post sobre a Galícia sem que eu ainda tenha entendido seus motivos). La Coruña é em espanhol, A Coruña, em galego. Lembrava da cidade pelo time Real Club Deportivo La Coruña, onde alguns brasileiros já atuaram (Bebeto e Mauro Silva, seria?) e sabia que era uma cidade portuária. Mas desconhecia que lá ficava o maior porto da Galícia, o mais antigo farol em funcionamento do mundo – O Hércules -, construído no século II pelo imperador romano Trajano, uma cidade antiga lindíssima, também romana, praias propícias para o surfe e esportes náuticos e as famosas galerias galegas, marca da arquitetura da região e o que mais me chamou atenção.
Já as tinha visto em Pontevedra, onde o Juan, nosso guia espanhol quase brasileiro, havia me explicado que se tratava de uma construção típica da região. São sacadas fechadas por estruturas de vidro e madeira que tomam conta da fachada de prédios por um ou mais andares. Estes vidros colocados originalmente em residências de pescadores, encobrindo a vista para o mar - o que para eles era apenas o local de onde vinha seu sustento (assim como em Floripa as casas dos açorianos também eram construídas com os fundos voltados para a praia) – tinham o objetivo de manter a temperatura amena (contra o vento frio no inverno e o forte sol no verão) dentro de casa. Em A Coruña, elas estão por tudo, de vários tipos e maneiras, originais e estilizadas, encantadoras. Na Avenida da Mariña, tomam conta da orla, e por conta disso a cidade é também conhecida como Cidade de Cristal. O Rafael, guia galego que nos recebeu lá ainda acrescentou uma informação mais preciosa sobre elas: no início do século, eram construídas a partir das popas de navios que aportavam na cidade. Nunca teria imaginado, mas faz todo sentido, né?
Em Pontevedra, o primeiro exemplo de galeria que vi na Galícia
Histórias, dicas, lembranças e planos de viagens para quem adora passear por aí (e depois voltar para casa). Por Tatiana Klix
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