Foto: Tatiana Klix |
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Desde o início do planejamento da viagem para a China, Guilin, na província de Guangxi no sudoeste da China, estava no meu roteiro. Por indicação da amiga para lá de viajante Fernanda (que aliás, é mãe do Bruno desde a semana passada!), escolhi o destino pensando em encontrar – depois da correria das grandes e obrigatórias cidades Pequim, Xangai e Honk Kong – um pouco de sossego em meio à natureza e a típicas paisagens chinesas. Ao chegar, descobri que Guilin não chega a ser exatamente uma cidade bucólica com seus 1,3 milhão de habitantes (o que é considerado pouco para os padrões chineses), mas fica, sim, numa região linda, linda de morrer, cercada daquelas montanhas de picos arredondados formados de cálcario - os carstes - que estão no nosso imaginário quando se pensa em cenários chineses. Mas para curtir mesmo a região, o gostoso é viajar mais 70 quilômetros até Yangshuo, uma cidade menor e que assim como Guilin fica na beira do Rio Li, com um astral muuito bacana e paisagens incríveis para gostos aventureiros ou não.
Quando fui para lá, não tinha noção de que gostaria tanto de Yangshuo, que é um reduto de mochileiros, e me instalei num hotel em Guilin por dois dias, para depois me deslocar de barco pelo Rio Li (a melhor parte, que vem num post a seguir) até a cidadezinha pernoitar uma noite, que acabaram sendo duas. Logo de cara, lembrei de Morro de São Paulo, não pela paisagem, mas pelo jeito turístico despojado, por suas várias pousadinhas ou pequenos hotéis charmosos mas com preços bem acessíveis, suas ruazinhas estreitas e uma área central onde não se pode andar de carro, seus muitos restaurantes e bares que servem da típica comida chinesa até cardápios internacionais, além de lojinhas e feirinhas, é claro. Neste ambiente meio moderninho, tem tradição por todos os lados: nas construções ainda muito típicas chinesas, nas plantações de arroz na área rural em que se vê trabalhadores atolados na água vestindo chapéu de bambu, nos barquinhos pequenos que parecem de filme no Rio Li (que ficam ao lado dos grandes dos cruzeiros turísticos, é verdade), nas paisagens montanhosas, nos pagodes, no artesanato das etnias locais, nas bicicletas como principal meio de transporte. E como tudo lá é uma mistura do novo com o velho, também pode-se dizer que é a terra dos ambulantes e da pechincha, no estágio mais selvagem, em que os vendedores que começam a negociação com o preço lá no alto depois vão buscar os clientes uma quadra adiante para oferecer o mesmo produto por até cinco vezes menos.
Para quem gosta de esporte radical, também lá há muitas opções - aliás, a cidade é bem procurada por quem quer escalar os tais picos de carste, fazer trilhas de bike ou passeio de balão. Só me arrisquei no rafting de bambu pelo Rio Yulong, que de radical tem pouco, é muito mais um passeio tranqüilo, em que a gente senta e olha maravilhado a paisagem (os turistas, no caso) e um chinês guia o barquinho feito de bambu pelo rio que tem algumas quedas de água, todas bem leves e divertidas.
Depois de tanta coisa, só dá mesmo para concluir lá pelo título. Para conhecer Guilin, o melhor é se hospedar em Yangshuo. De lá, vale o passeio para a já mais famosa e desenvolvida cidade da província de Guangxi.
Histórias, dicas, lembranças e planos de viagens para quem adora passear por aí (e depois voltar para casa). Por Tatiana Klix
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