Chegou a terceira parte da viagem pela América do Sul, por Irmgard Klix. As fotos são da mesma viajante:
"Confesso que estou muito lenta para fazer os meus relatos, mas prometo me redimir. No post anterior, estava em La Paz, onde começamos a tomar contato com a altitude e as feiras de artesanato andino, com suas belas cores e infinitas maneiras de utilização da lã de lhama, alpaca. Mesmo sabendo da grande influência indígena na cultura dos países andinos, a nós brasileiros causa surpresa a efetiva participação dos índios no dia-a-dia da vida destes países, uma vez que os nossos índios, com raras exceções, estão restritos às aldeias e reservas. O city tour feito em La Paz foi guiado por um índio chamado Pablo, que nos relatou um pouco da cultura e da participação na sociedade tida como “civilizada”. Segundo ele, a divisão política feita pelos colonizadores espanhóis não coincide com a pátria dos índios Aymara, Quéchua e Guarani, que começa no sul do Chile e vai até a Venezuela. Na cidade de La Paz, uma cena chama a atenção: caminhões vendendo pequenos tubos de gás, guardados por policiais armados, e enormes filas de cidadãos aguardando a vez para adquiri-los, denotando a dificuldade de distribuição da matéria prima que lá existe em grande quantidade (a ponto de ser exportada ao Brasil por um gasoduto que vem até Florianópolis).
A partir de La Paz, seguimos até o sítio arqueológico Tiwanaku, já a caminho do Peru, que continua sendo escavado por arqueólogos e tem origem que remonta de 1500 A.C. até 1200 desta era. Tiwanaku, assim como o Império Inca, foi destruído e sacado em sua riqueza pelos colonizadores espanhóis. A posse festiva do atual presidente da Bolívia, Evo Morales, aconteceu nesse sítio, numa cerimônia indígena, objetivando o resgate e valorização da cultura local.
Às margens do belíssimo Lago Titicaca (o lago que fica em maior altitude do mundo), está Puno. A região é habitada por tribo indígena em ilhas flutuantes de Uros, formadas por uma espécie de junco, de nome totora. Nestas ilhas, toda a vida dos índios gira em torno deste material que pode servir de alimento, para construção de casas e barcos, material de confecção de artesanato etc, etc. As crianças lá são alfabetizadas em escola pública, que também está construída sobre o junco, onde aprendem a língua mãe (que pode ser o quechua ou aymara) e também em catelhano".
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Histórias, dicas, lembranças e planos de viagens para quem adora passear por aí (e depois voltar para casa). Por Tatiana Klix
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