Andes pela janelaFoto: Irmgard Klix |
Desde que comecei a escrever por aqui, tenho a pretensão de contar - além das minhas - experiências de outras pessoas também. Conheço uma turma bem viajada por aí e, neste grupo, está a minha mãe. A Irmgard Klix é daquelas viajantes de mão cheia, como se diz, e estou há um tempinho tentando convencê-la a colaborar. Pois neste domingo, ela se animou e começou a escrever sobre a viagem que fez pela América Latina, em 2006.
Confere e aguarde outros posts que ainda virão nos próximos dias!
"Há dois anos viajei de ônibus, em excursão pela América do Sul, passando por regiões de cinco países: Brasil (Santa Catarina), Argentina (Corrientes) Bolívia (Santa Cruz, La Paz, Tiahuanaco), Peru (Puno, Lago Titicaca, Cusco, Machu Picchu, Arequipa) e Chile (Deserto de Atacama, Iquique). Numa viagem rodoviária de aproximadamente 8 mil quilômetros (ida & volta) sobra bastante tempo para conversar com os demais excursionistas (de Santa Catarina e Paraná), ler, olhar a paisagem, observar as mudanças regionais, localizar-se geograficamente nos mapas locais, assistir a filmes já vistos anteriormente, tirar fotos, filmar – para os mais habilidosos e pacientes, nos quais não me incluo – e principalmente refletir sobre os liames das culturas e tradições que encontramos por esta América tida como pobre, pouco desenvolvida, suja, perigosa e com uma lista de defeitos que continua e iguala-se em quantidade à lista de qualidades idolatradas por nós, turistas brasileiros, na outra América ou mesmo na Europa Ocidental de onde herdamos o nosso eterno olhar para além mar.
Dei-me conta de que já conhecia boa parcela de países inseridos no universo dos ditos desenvolvidos e o próprio Brasil, mas na América do Sul havia estado somente no Uruguai, na Argentina e nas zonas de fronteira do Paraguai e Chile. Enquanto brasileiros estamos com os olhos voltados para o Leste e Hemisfério Norte, de costas para o nosso próprio continente, temos pouca ou nenhuma identidade sul-americana ou sentimento de pertencimento a este maravilhoso continente.
Mas enfim, para me redimir fiz 8 mil quilômetros em ônibus de excursão, quando este não é o meu hábito de viajar, que teve além de visitas a sítios arqueológicos, a algumas cidades, compras em zona franca, noites mal dormidas em trânsito, surpresas agradáveis e muitas histórias para contar. Histórias essas que pretendo ir relatando aos poucos neste blog da minha filha, que deve ter adquirido o gene dos viajantes a partir dos meus ancestrais que vieram para este continente para viver, criar e procriar, mas em última análise por serem, além de missionários luteranos, também aventureiros".
Histórias, dicas, lembranças e planos de viagens para quem adora passear por aí (e depois voltar para casa). Por Tatiana Klix
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