Entre os rituais de preparação para minha viagem à China este ano estão leituras temáticas. Terminei há poucos dias o livro Viajando de Trem Através da China, de Paul Theroux, um relato muito saboroso de uma longa jornada do autor e viajante pelo país em 1986. Poderia dizer que a obra é ótima por suas descrições minuciosas das diferentes paisagens, pela contextualização histórica e social que apresenta, pelas curiosidades relatadas, pelas impressões tão bem escritas da realidade e dos chineses (e é tudo isso), mas prefiro destacar uma frase, daquelas que eu sublinharia se o livro fosse meu:
"O trem não é um veículo. O trem é parte do país. É um local"
A declaração é feita por Theroux em resposta a um chinês (é claro) que tenta convencê-lo a viajar de avião, após muitos deslocamentos de trem. E é muito perspicaz. Não vale só para a China, não é mesmo?
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Da viagem de Theroux até hoje, se vão mais de 20 anos. Muita coisa, acredito, mudou na China. No livro, o autor descreve os trens com alguns problemas – banheiros imundos (e às vezes o corredor também), alto-falantes ligados o tempo todo e vagão-restaurante confuso e barulhento – e outras qualidades – beliche confortável, boa comida na maioria das vezes, garrafa térmica com água quente para se fazer chá e lindas paisagens durante a viagem ou no destino final. Após a leitura, fico me perguntando o que disso tudo continua valendo. Vou pedir ajuda aos universitários.
Jana, do China in Blog, tá me ouvindo? Pode me ajudar?
Histórias, dicas, lembranças e planos de viagens para quem adora passear por aí (e depois voltar para casa). Por Tatiana Klix
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