Foto: Maíra Silveira |
A Maíra Silveira, de São Leopoldo, viajou para a Bahia em 2006 e passou o maior perrengue em Caraíva. Inspirada pelo último post sobre a praia, mandou o relato e dicas para quem quiser ir até lá. Hahaha, desculpa, Maíra, mas achei engraçado. Deu quase tudo errado, né?
Divirtam-se, o texto tá delicioso!
"Em Caraíva, fui em agosto de 2006. Estávamos só eu e uma amiga num carro alugado. Já sabíamos que a estrada era ruim, mas nada diferente de outras estradas de terra esburacadas. Passamos o dia na praia do Espelho (maravilhosa) e no fim de tarde fomos para Caraíva. Tudo muito bom até que: CAIU MUITA ÁGUA! Deixamos o carro no estacionamento da beira do rio, atravessamos de barquinho (estilo os da Guarda) e fomos procurar uma pousada no escuro e com chuva.
É tudo muito barato, te recebem na descida do rio e carregam tuas mochilas para as pousadas. Ao chegar numa bem charmosa, nos avisaram para não ligar a TV, já que o gerador estava com pouco óleo. Ah, tudo bem, não era nossa idéia ficar vendo TV mesmo. Mas, ao chegar no banheiro,... só um cano! Nada de chuveiro. No calor deve ser uma delícia, mas com a chuva e o vento, eu queria mesmo era banho quente.
Trocamos de pousada escutando alguns xingamentos (pra não dizer muitos). Aproveitei o banho e, pronta pra sair, vi que o mundo continuava a desabar do lado de fora. Acabamos dormindo, nada de forró, com a esperança de acordar com uma bela manhã de sol. Nada diferente. Acabei caminhando pelo vilarejo, muito simpático, várias casinhas coloridas, com pessoas muito queridas e aldeias de índios.
Tentar chegar à beira da praia ou fazer um passeio pelo rio era impossível por causa do vento. Sendo assim, fomos embora logo após o meio-dia. Ao chegar do outro lado do rio no estacionamento, encontramos o carro sem placa (e nenhum culpado), um aviso de que não haveria ônibus por causa das estradas ruins e um senhor apavorado porque sua caminhote estava atolada - imagina nós, num Gol mil. A solução foi ir embora por outro caminho, de cerca de 20km a mais do que o de ida, numa estrada praticamente só de lodo, mas que pelo menos não tinha lombas e, segundo os moradores, haveriam tratores no caminho caso atolássemos.
Fomos em frente, atravessando verdadeiras piscinas na estrada, escolhendo qual lado das bifurcações seguir praticamente no palitinho, vendo uma fazenda a cada 5 quilômetros, plantações intermináveis de mamão e pau-brasil e nos últimos 10 km quase sendo sugadas por gigantescos caminhões de madeira que pioravam ainda mais a estrada.
Graças a minha "super experiência" em estradas ruins (basicamente em Terra de Areia) chegamos salvas, lama só no carro, e ainda dia na 101. Ah, como é bom dirigir na 101!
Minha dica: vá de ônibus ou contrate alguém para levá-lo e buscá-lo em Caraíva. O máximo que pode acontecer é dormir alguns dias a mais lá, o que decidimos não fazer já que todos diziam que choveria dias e que as estradas só piorariam".
Histórias, dicas, lembranças e planos de viagens para quem adora passear por aí (e depois voltar para casa). Por Tatiana Klix
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