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Sensação esquisita, quase ruim, tive ao ver o Abaporu, de Tarsila do Amaral, no Malba. Não que eu não tenha gostado de ver a obra. Pelo contrário, amei. Mas por que ela está em um museu em Buenos Aires? Logo o Abaporu, considerada uma das mais importantes obras brasileiras, daquelas que a gente aprende a conhecer no colégio, nas aulas sobre o Modernismo. Comentei meu sentimento com o meu amigo Chico, que foi logo chamando a atenção para a minha desinformação:
– Não lembra quando a obra foi comprada por um argentino? Foi a maior polêmica...
Não lembrava, mas fui procurar no Google (santo Google!). A tela foi adquirida pelo milionário argentino Eduardo Costantini num leilão em Nova York, em 1995, por US$ 1,35 milhão – o maior valor já pago por uma obra brasileira. Segundo o próprio colecionador que fundaria o Malba em 2001 disse em entrevista no ano passado à Veja, antes do leilão, houve uma tentativa sem sucesso durante seis meses de venda do quadro no Brasil. Depois da compra milionária, um grupo de empresários queria o quadro de volta, mas é claro que ele não quis mais vender.
Comentando novamente minha sensação com a amiga Cacá Chang, ela foi rápida em dizer "que era assim no mundo inteiro, muitas obras importantes não estão no seu país de origem". E é, mas não deveria, né?
Em tempo: o Malba (Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires) tem um acervo de mais de 200 obras latino-americanas. Além do Abaporu, outras importantes telas de Frida Kahlo, Diego Rivera, Lygia Clark, Di Cavalcanti e Antonio Berni estão lá. O prédio, o primeiro em Buenos Aires construído para ser um museu, também é muito bacana.
Histórias, dicas, lembranças e planos de viagens para quem adora passear por aí (e depois voltar para casa). Por Tatiana Klix
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