Rue Legendre, meu endereço em Paris por seis diasFoto: Paola Deodoro |
Nada mal, hein? Começo a viagem deste blog por Paris, onde estive nas minhas últimas férias. Para se hospedar na capital parisiense, as opções são muitas, mas nem todas com preços amigáveis. Eu tive sorte, fiquei num quarto cedido pela amiga Nara Lisboa, uma talentosa cantora e compositora catarinense radicada na França. Nara mora em Puy Malsignat (no interior da França), mas adora passar temporadas em Paris (e quem não ia adorar?). Por isso, ela tem uma segunda casa lá, que aluga de uma também brasileira e amiga dela. Fica na Rue Legendre, 126, no romântico Arrondissement 17.
E foi esta casa parisiense que ela cedeu gentilmente a mim e a minha amiga Paola Deodoro (na verdade, para a Paola e para mim, já que eu conheci e fiquei amiga da Nara só lá) por uma pequena temporada de seis dias. Esta casa, na real, é um quarto, que fica no último andar do prédio onde a brasileira mora. E se chama "chambre de bonne", ou seja, o quarto da empregada. Sim! É uma peça bem pequeninha, com um banheiro bem pequeninho também, só com uma pia e um chuveiro. O lavabo fica no corredor. Eu, que não falo nada de francês (e não me orgulho disso), só fui descobrir o que era "chambre de bonne" ao chegar em Paris. Os parisienses normalmente não têm empregadas, mas em outros tempos isso já foi um hábito. Em muitos prédios construídos no século XIX e início do século XX, o último andar é reservado para estas pequenas alcovas, uma para cada apartamento dos andares nobres do edifício. Lá, dormiam os criados. Hoje, cada um dá um outro uso para o "chambre de bonne". Alguns transformam em quarto da bagunça, ou escritório, despensa, e muitos o alugam.
Para mim, foi de graça, mas para viajantes que não tiverem a mesma sorte, vale mesmo assim pensar nesta alternativa de hospedagem. Os preços, com certeza, são bem mais em conta que os de hotéis, e o lugar reserva bem mais privacidade que as acomodações em albergues, onde se precisa dividir o quarto com outras pessoas. Além disso, tem todo o charme de ficar num prédio onde moradores realmente moram e entrar neste prédio pela porta da frente com um código no porteiro eletrônico assim como eles, ainda que seja para ir ao andar dos "chambre de bonne". Só não dá para se importar com o banheiro no corredor. Por poucos dias, eu não me importei nenhum pouco.
Histórias, dicas, lembranças e planos de viagens para quem adora passear por aí (e depois voltar para casa). Por Tatiana Klix
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