Estou chocada: onde já se viu fazer uma série chamada SWINGTOWN sem uma cena marcante de swing? É como ter série policial sem cena de assassinato. Ou, pior, que apenas "insinue" que está rolando um crimezinho por ali. Fica sem sentido. Essa midseason não começou muito bem (já dispensei a In Plain Sight).
A trama da série, apesar do exposto acima, é bem interessante: são histórias de três casais suburbanos em plena década de 70 nos Estados Unidos. Um é tri careta, outro está em dúvida se cede ao amor livre e às drogas, o último é iuhu-tudo-liberado-paz-e-amor. Quero muito ver esse conflito conservadores x liberais.
Por enquanto o máximo que se mostra é isso:
Babei pela reconstituição de época da decoração (ah, aqueles papéis de parede escandalosos), do figurino (as roupitchas coloridas e as calças dos homens são um must) e da maquiagem (tem cada corte de cabelo que vou te contar). A trilha é muito caprichada também. Mas não são os aspectos técnicos que seguram fãs.
Espero morder a língua nos episódios seguintes e acompanhar a prometida "revolução sexual americana" mostrada sem rodeios. Mike Kelley, um dos produtores e roteiristas de Swingtown, declarou que algumas histórias da série são baseadas em coisas que ele presenciou na infância. Adoro influências assim: Marc Cherry, de DESPERATE HOUSEWIVES, é um que transformou suas lembranças bizarras em personagens fantásticos.
Peguem idéias de Tell Me You Love Me, copiem Nip/Tuck e inspirem-se até na adolescente Skins para ver o que é ousadia. Pensando bem, cara CBS, essa tal "cidade do swing" ficaria bem melhor na HBO ou na Showtime.
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Camila Saccomori
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