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Maratoninha com os atrasados de CRIMINAL MINDS feita antes do meu episódio do assalto, mas ainda não comentada por falta de tempo. Sabem como é, aquela coisa de ir atrás de documentos novos, celular, lalalá.
Pra quem não acompanha a terceira temporada junto com os Estados Unidos, cabe o aviso de que tem *** SPOILER*** nos comentários.
DAMAGED (SO3E14)
"Dentro de cada um de nós, está a criança que fomos um dia. Essa criança constitui a base do que nos tornamos, quem somos e o que seremos."
Neurocientista Dr. R. Joseph
Nada melhor para o retorno de Criminal Minds do que resolver de uma vez o pendente caso do agente Rossi. As três crianças cujos pais foram assassinados finalmente tiveram justiça. Normalmente eu fico de cara quando a solução do caso é muito rápida, mas neste episódio não haveria de ser diferente. Se um dos jovens, porém, tivesse alertado o agente sobre os presentes enviados todos os anos nas últimas duas décadas, o mistério sequer existiria.
Quando o primeiro brinquedo apareceu, eu gritei na frente da TV: o assassino é de um parque de diversões! É o que dá ver muito CSI, BONES, THE CLOSER... A gente vira detetive de poltrona e descobre a solução dos crimes rapidinho. Pena que na vida real não é tão fácil assim (vide investigações do caso Isabella).
Curti o romance entre os nerds Penelope e Kevin vindo à tona. A cena em que o técnico do BAU chama o Rossi para uma conversa "de homem para homem" é rápida, mas descontraída - o que é muito bom para dar leveza às sempre pesadas histórias.
Mais uma vez, as frases de abertura e encerramento do episódio fecham direitinho com a trama. Taí outro emprego para o qual eu me candidataria: pesquisa de citações para séries como Criminal Minds, One Tree Hill...
"Não existe fórmula para o sucesso, exceto, talvez, pela aceitação incondicional da vida e do que ela traz".
Arthur Rubinstein
Momento Sindicato dos Atores de Seriados: o pai do unsub é o cara que come papel em Friends! Pobre E.J. Callahan. É tão obscuro que sequer merece uma fotinho no perfil do imdb.
A HIGHER POWER (S03E15)
"Não há como fugir da confissão através do suicídio. E o suicídio é confissão."
Daniel Webster.
Caso da semana: uma onda de suicídios de pais e mães depois de um incêndio que matou crianças desperta a atenção de um policial. Afinal, o que acontece é justamente o contrário, como nos explicam os especialistas. Depois de uma tragédia coletiva como essa, a tendência das pessoas é ficarem mais unidas, e não isoladas. Logo, chega-se à conclusão de que há um "anjo da morte" agindo para "aliviar a dor" alheia. Por mais que eu goste da maneira como a procura pelo unsub foi conduzida, ainda me pego pensando que é um clichê dos brabos. Todas as séries policias que se prezem usam esse plot.
No entando, A Higher Power mostrou facetas novas de cada personagem. Sem o mistério que atormentava David Rossi, Joe Mantegna continuará brilhando? Há momentos em que esqueço completamente da existência passada de Gideon na série. Estou cada vez mais encantada com a atuação de Thomas Gibson (Hotch). É contida, é tensa, é convincente. Uma aula. Senti a dor dele em cada minuto.
Nunca dei muita bola para Prentiss, mas a coadjuvante capturou boa parte do episódio. O que não entendo é a recusa enfática de Morgan em acreditar que havia um assassinato ali. Ele realmente achava que a onda de suicídios era só coincidência. É tão difícil de desconfiar? Mesmo sem evidências do crime, até mesmo um cidadão comum sem treinamento policial farejaria algo de errado nos casos.
Outro Sindicato: o unsub era o louquinho da sexta temporada de 24 Horas.
"A coisa mais autêntica sobre nós é nossa capacidade de criar, de superar, de suportar, de transformar, de amar e de sermos maiores que o nosso sofrimento."
Ben Okri
ELEPHANT´S MEMORY (S03E16)
"Uma alma triste pode matá-lo rápido, mais rápido que um germe."
John Steinbeck.
Se no episódio anterior ficamos confusos quanto ao comportamento de Morgan, desta vez estranhamos as reações de Reid, que quase atrapalha as investigações de tão surtado que fica. O título do episódio justifica seu comportamento: tal qual o unsub da semana, Reid também sofreu abuso dos colegas quando era criança (é o famoso bullying). Ou seja, para isso as crianças têm "memória de elefante".
A identificação de Reid com o jovem que sai matando colegas é forte. Enquanto o agente tomou um caminho diferente, voltado a fazer o bem, o outro não suportou as humilhações e partiu para vingança. Por se imaginar no lugar do jovem, Reid conseguiu evitar uma tragédia ainda maior. Episódio bem feitinho e surpreendente, já que tocou no assunto da dependência de drogas do inteligentíssimo membro do BAU.
E o criminoso é nosso velho conhecido Zack, que também já era um transtornado em Desperate Housewives como o filho da suicida Mary Alice (Criminal Minds está bombando de Sindicatos, dando emprego pra todo mundo que andava sumido).
"Atravessamos nossas pontes quando vamos até elas, e as queimamos atrás de nós, com nada para mostrar por nosso progresso, exceto a memória do cheiro da fumaça e a presunção de que um dia nossos olhos lacrimejaram."
Tom Stoppard
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