Uau! JERICHO rendeu tudo e mais um pouco nesta reta final. Depois de uma primeira temporada marromenos, meio breguinha até, com poucas informações sobre o que realmente a movia, JERICHO conseguiu dar a volta por cima nesta curtíssima e derradeira segunda temporada. A CBS já divulgou que o seriado não volta à emissora. Descanse em paz, família Green.
Os mais esperançosos podem continuar tentando a renovação pelo e-mail audsvcs@cbs.com, assim como foi feito na campanha dos amendoins e nozes. Boa sorte!
Lamentações à parte, vamos ao que interessa: uma boa história.
Os dois primeiros episódios comprovaram a vocação da série: megaconspiração pela tomada de poder. A trama é intrincada - lembra a primeira temporada de PRISON BREAK. Pena que os caras passaram os 22 episódios da primeira temporada de Jericho na maior enrolation. Ai, socorro, não temos água, cadê a comida, faltou luz. Menos, menos. Podiam ter mostrado mais o plot principal: quem estava por trás das explosões nucleares? Sobrou para os sete episódios finais contarem, quase de um fôlego só, tudo o que a gente precisava saber. E foi essa a impressão mesmo: os roteiristas despejaram informações uma atrás da outra ("vomitaram" seria um verbo melhor para descrever isso).
Gostei das soluções, mas ainda acho que poderiam ter sido "espraiadas" desde o início. Por melhor que tenha sido Patriots and Tyrants, o episódio 7, é inevitável pensar no quanto Jericho deixou de mostrar.
O resumo da ópera é um prato cheio para interpretações políticas e compensa a fidelidade de quem acompanhou tudo. As explosões nucleares separaram o país em dois, sendo que o Kansas - estado da pequena Jericho - fica no meio do caminho entre o novo governo (responsável pela tragédia) e o que sobrou dos antigos governantes. O governo de Cheyenne, é claro, queria dar fim na bomba restante - e nas testemunhas - para encobrir a conspiração.
A segunda temporada terminou, então, com Jake e Hawkins tentando provar ao governo independente do Texas quem estava por trás dos ataques de setembro. Pode não ter sido o melhor desfecho (eu gostaria que a exposição tivesse sido feita pela imprensa), mas aprovei a resolução.
Comentários sobre os episódios 3 a 7 (spoilers à vista)
> Acompanhamos o esquema para conseguir as vacinas por baixo dos panos depois que o novo administrador FDP chegou à cidade. Ninguém duvidava de que essa J&R cheirava mal, mas não sabíamos até que ponto estavam envolvidos. Jennings&Rall (episódio 3) confirma a suspeita.
> O "futuro do país" ficou nas mãos de Heather em Oversight (episódio 4), que foi informada da verdade por Jake e Hawkins como se fosse para uma criança de seis anos: "há pessoas más no governo de Cheyenne". Nossa professorinha sabe-tudo topou a missão de invadir a salinha e pegar o tal papel com informações codificadas que salvariam o mundo de nova catástrofe. Uau.
> Sofri junto com Stanley pela morte de Bonnie. Puxei o gatilho junto com ele para vingar a morte da irmã. Torci junto com Mimi para que a loirinha da J&R fizesse a coisa certa. E pensar que tudo isso começou pela falta de apenas 10 mil dólares. Goetz se revelou um belo vilão.
> Sensacional o episódio 5, Termination for Cause, passado todinho no hospital. Suspense na dose certa, tensão e revolta na descoberta do morador traíra infiltrado. É no 5 também que Hawkins (e os espectadores) recebem a confirmação de quem estava por trás da conspiração.
> Sedition, o episódio 6, mostrou Hawkins sendo traído pelo João da Silva e mais um monte de coisas sem nexo. Jake tendo revelações durante o delírio? E a bomba tinha um rastreador? Por que o John Smith não a encontrou antes então? E o pessoal que tentava recuperar a bomba durante a perseguição ficou atirando no carro! Não sabem que aquilo faria todo mundo ir pelos ares? Tsc tsc.
> As forças armadas servem à pátria, não ao governo. Assim, o major La Bamba (ops, Beck) encabeça a exposição da "companhia", como deveria ser. Se tivessem contado antes a verdade, ele teria acreditado? Boa a solução de fazer o próprio militar descobrir a trama sozinho (com uma ajudinha, é claro).
> Ficou o gancho para uma segunda Guerra Civil americana, caso algum canal tenha dó e compre a série para continuar uma terceira temporada independente sem a CBS.
> O tal triângulo amoroso da primeira temporada - Jake e as professorinhas - foi praticamente esquecido nestes últimos episódios. Ou já estava resolvido e eu não me dei conta? Quem sumiu também foi a mama Green, praticamente uma picolé de chuchu na trama.
>>> Hawkins, com mais alguns anos de experiência, poderia se candidatar para a vaga de Jack Bauer. Ou pelo menos de assistente dele. Pena que é tão canastrão (o Hawkins, não o Jack).
Aliás, para encerrar: será que com nomes mais conhecidos - e competentes - JERICHO teria feito o devido sucesso?
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Camila Saccomori
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