A derrota horrosa da Seleção para a Venezuela nos Estados Unidos por 2 a 0 evidencia um problema grave enfrentado pela nova “safra” de jogadores brasileiros: a ausência de um craque. Kaká e Ronaldinho Gaúcho são, sem sobra de dúvidas, muito acima da média dos atletas convocados. Fazem parte do mesmo patamar de Cristiano Ronaldo e de Messi. O resto não é tudo farinha do mesmo saco, mas tem extremas dificuldades em se diferenciar.
Robinho, a grande aposta de Dunga, é o que mais se aproxima dos atletas mencionados acima. Mas ainda não é capaz de decidir uma partida sozinho, e nem tem o faro de gol necessário para assumir a responsabilidade de todo um grupo. Por mais que o treinador acredite nele. A lesão de Kaká e a incerteza sobre o futuro de Ronaldinho lançam uma sombra sobre o Mundial da África do Sul. Adriano, Luís Fabiano, Maicon e Diego são bons jogadores, mas isso não basta. E as últimas Copas mostram isso claramente.
Romário foi o astro de 94, Ronaldo era muito novo para brilhar em 98, Rivaldo e o mesmo Ronaldo desequilibraram em 2002 e Ronaldinho e Kaká foram obscurecidos pela fogueira de vaídades de 2006. O Brasil não é a Itália, e muito menos a Alemanha. A Seleção precisa de craques para conquistar grandes títulos. E, por enquanto, as jovens promessas estão decepcionando. Alexandre Pato e Anderson ficaram bem abaixo do que poderiam render ontem diante de uma modesta Venezuela. Ainda não estão prontos para brilhar.
Sem Kaká e Ronaldinho, Dunga está numa enrascada.
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