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DO CADERNO ZH DIGITAL DE HOJE O seu antivírus irá mudar. Você continuará com um software de segurança instalado no micro, mas a barreira de proteção migrará do disco rígido para a nuvem computacional. É sinal dos tempos de cloud computing (conceito segundo o qual os softwares e os dados ficam na internet, armazenados nos servidores das empresas, formando uma espécie de nuvem computacional). Álbuns de fotos de virtuais e editores de texto que rodam a partir do navegador são exemplos dessa tendência. No campo da segurança, a idéia é proteger o usuário antes mesmo de que a ameaça chegue na máquina. Isso já ocorre, por exemplo, com o sistema de listas negras no e-mail. Há mensagens de determinados remetentes que sequer chegam até o seu correio eletrônico, são barradas antes. Com a proteção na nuvem, o ganho é de agilidade. Hoje, são criados por hora 800 novos vírus, segundo a empresa de segurança Trend Micro, mas o número deverá pular para 26,6 mil novas ameaças por hora em 2015. Por isso não dá para depender apenas do banco de dados do antivírus instalado no micro para eliminar uma ameaça. Os fabricantes também costumam usar sistemas de detecção com base no comportamento dos arquivos, tentando barrar o que suspeito. Neste mês, a McAfee lançou no mercado brasileiro uma solução com a sua nova tecnologia Artemis, em que quando algo suspeito é detectado, o produto conecta a nuvem para identificar ameaças conhecidas e não-conhecidas. _ Parte da análise ocorre na nuvem _ explica o gerente de suporte da companhia, José Matias. Na visão da Trend Micro, no futuro, o banco de dados sobre os vírus, para que possam ser detectados, e as vacinas, para eliminá-los, ficarão nos servidores das empresas de segurança, isto é, na nuvem. A função do software na máquina será apenas direcionar o acesso pela nuvem, sem exigir tantos recursos computacionais. _ A idéia é tirar tudo da estação, deixar na nuvem, para que o usuário não tenha que se preocupar se o antivírus está atualizado. Simplesmente navegue _ afirma Eduardo Godinho, engenheiro de segurança da Trend, que deverá lançar um aplicativo nesses moldes em 2009. E quando o computador está offline. _ O cliente, mesmo sem a vacina que está na nuvem, fica protegido pela detecção por comportamento e automaticamente o computador bloqueia o acesso à ameaça _ esclarece Godinho. Para o gerente de engenharia de sistemas da Symantec, Paulo Vendramini, nem tudo deve ser transferido para nuvem. Isso porque o conceito de segurança, diz o especialista, deve ser construído em múltiplas camadas de proteção: _ Uma única proteção não basta. Quando a gente fala de serviço que passa pela nuvem, a idéia é limpar os dados antes de entregar para o cliente, mas não se pode abrir mão da proteção na máquina.
Vanessa Nunes é colunista de tecnologia dos jornais Zero Hora, de Porto Alegre, e A Notícia, de Joinville (SC). Nasceu em Butiá (RS) há 26 anos e é jornalista formada pela Fabico/Ufrgs. Por que uma foto com um laptop sobre a cabeça? Descobre clicando aqui. E-mail: vanessa.nunes@zerohora.com.br Acompanhe o blog no Twitter @blogdavanessa Faça parte da comunidade do blog no Orkut, acessando AQUI
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