Foto: Reprodução |
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O Fantástico de domingo passado abriu seu noticiário sobre o Gre-Nal com o locutor dizendo: “Se o árbitro tivesse marcado este pênalti do Bolívar sobre o Réver, o resultado do Gre-Nal seria outro”.
E mostrou o pênalti escandaloso do jogador colorado segurando a camiseta do gremista dentro da área do Internacional, derrubando-o.
Depois de o Fantástico valorizar o pênalti não marcado como o lance mais importante do Gre-Nal, fui ler os colunistas de Zero Hora no dia seguinte.
O analista de arbitragem da RBS, Chico Garcia, disse no Bate-Bola da TVCOM e escreveu em Zero Hora que “agarrar o adversário pela camiseta nem sempre é pênalti”.
O analista de arbitragem da RBS esqueceu que a regra diz que segurar jogador adversário pelo uniforme fora da área é falta, dentro da área é pênalti.
Não desisti e fui ler o Wianey Carlet. Nenhuma palavra sobre o pênalti.
Nenhuma.
Fui adiante e li o Mário Marcos de Souza. Nenhuma palavra sobre o pênalti.
Nenhuma.
Aí fui ler o Ruy Carlos Ostermann, página inteira: nenhuma palavra sobre o pênalti.
Nenhuma.
Então passei a ler o Luiz Zini Pires: nenhuma palavra sobre o pênalti.
Fui correndo ler o Falcão, olhando a coluna de cima para baixo e nada sobre o pênalti, mas no último tópico da coluna do Falcão havia um subtítulo: “Pênalti”.
Enchi-me de esperança de que o Falcão fosse falar sobre o pênalti de Bolívar em Réver. Qual nada! O Falcão escreveu no último tópico de sua coluna sobre o pênalti acontecido no Maracanã, pasmem, no jogo... Botafogo x Flamengo!
Não era de crer!
Sobravam-me dois ases da crônica esportiva de antanho, que foram convidados para escrever ontem sobre o Gre-Nal em ZH: Lasier Martins e Lauro Quadros. Em ambos os espaços, nenhuma palavra sobre o pênalti. Nenhuma palavra. Nenhuma!
E o jogo não foi 8 a 0, foi 1 a 0. É demais!
Ou o Fantástico enlouqueceu, ou eu enlouqueci: os coleguinhas não viram o pênalti e, pior, não se referiram ao pênalti.
Que houve? Amnésia? Cegueira? Labirintite? Não pode ser labirintite, sinceramente, porque estou ainda com labirintite, apesar da cirurgia – e lá estava, mesmo assim, em minha coluna um veemente protesto sobre o pênalti.
Não sei o que houve, mas sempre tive explicações sobre esse fenômeno, eu e o Fantástico estávamos com a razão, o pênalti foi vergonhoso, capital, escandaloso!
E como é que não viram?
Devem ter visto e em conjunto se esqueceram de registrar.
Francisco Paulo Sant'Ana nasceu em Porto Alegre, em 15 de junho de 1939. Como já disse o crítico e professor Sergius Gonzaga, sua coluna diária e seus comentários no rádio e na TV "tratam de temas que traduzem uma percepção pessoal e brilhante dos costumes sociais, afetivos e eróticos." Quer ter a zerohora.com em seu blog? Clique na figura Leia os termos e condições deste blog
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