Celso Roth, mais de R$ 100 mil de salários mensais, vive no mundo do faz de conta. Anda irritado (que novidade!!!) com a imprensa gaúcha (e nacional) que estaciona o Grêmio abaixo da realidade da grande maioria dos clubes brasileiros.
A memória de Roth é curta, curva e turva. Foi o "seu" Grêmio que despencou da frondosa árvore das melhores equipes do país ao perder em seqüência para dois time de séries inferiores, o Juventude da B, o Atlético-GO da C.
Hoje ninguém conhece a realidade tricolor longe de Ivoti ou Erechim. O time é um deserto de craques. Onze jogadores e seus magros reservas em busca de uma idéia de futebol.
O segundo treino em quatro dias apresentou outro adversário sofrível, o Ypiranga. Quem lucrou foi a comunidade local, que matou a saudade das suas cores favoritas. Fez uma festa. Vibrou no feriadão. O Grêmio fez 3 a 0.
Em campo, Soares reapareceu com gols, dois, reforçando a idéia de que ele é titular ao lado do irregular Perea — procurar um atacante colombiano regular é praticamente impossível. O meio-campo fez uma partida razoável. O trio Eduardo Costa, William Magrão e Rafael Carioca é o dono do setor. Joga fácil e sabe jogar.
Costa, por seu lado, precisa ser paciente de uma boa e longa conversa. Bom jogador, ele continua insistindo em dar um toque a mais na bola, em tentar o passe mais difícil ao contrário de simplificar — assim como manda a receita da sua posição. Carioca é a surpresa do momento. Sabe jogar bola. É promessa.
Não entendo a insistência com Hidalgo, um lateral que não consegue ter produtividade ofensiva, que funciona como terceiro zagueiro e olhe lá. O jogador está no Olímpico desde a temporada passada e ainda não conseguiu jogar três partidas em seqüência com qualidade. De dispensado, acredite, se transformou em solução. No Olímpico, coerência é uma caixinha de supresas.
Dez dias antes da estréia do Brasileirão o real poder do Grêmio ainda é um grande mistério. O fã perde o sono cada vez que o São Paulo, adversário do dia 11 de maio, no Morumbi, aparece na tela da tevê. O time de hoje não faz nem cócegas no tricolor paulista.
O Avaí, sábado, em Florianópolis, será o adversário mais forte dos três amistosos programados recentemente. Mas lembre: o Avaí é da turma da Série B.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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