Fosse você Papai Noel, trenó lotado de desejos dos outros, o que você desceria pelo volumosos chaminés das casas dos presidentes de Grêmio e Internacional, Duda Kroeff e Vitorio Piffero? Taças, títulos, craques, grandes vitórias, novos estádios, alguns dos melhores jogadores do mundo, saúde financeira para ter tudo e um pouco mais? É, eu acho que é por aí. É?
Se o paciente piloto de longa barba branca, no comando do trenó, de gorro azul ou vermelho, a decisão é sua, voasse com a suavidade dos jatos pelos céus do Rio Grande, sem nuvens escuras, poderia despejar alguns presentes bem particulares nas residências dos homens mais importantes do Estado. Eles são mais ouvidos que a Governadora, mandam mais que o prefeito da Capital, têm a voz de comando de um líder de massas.
Eles são dois reis temporários, dois anos, de dois impérios. Comandam exércitos. Só não podem falhar. A revolta seria imensa.
Aos azuis, o célebre homem do dia 25 seria bem-vindo com um pacote de euros capaz de montar um time qualificado, 11 em condições de superar Boca e São Paulo na complicada Copa Libertadores que se anuncia em 2009. Como dinheiro vivo é sempre um problema de carregar de um lado para o outro, talvez um pára-quedas pudesse estar recheado com um zagueiro, um ala esquerdo, um meio-campo e um companheiro para Alex Mineiro.
Quem sabem um ótimo preparador físico também, o que faz o bom correr e o mais ou menos voar. Pedir um técnico, um treinador mais civilizado, disposto a ouvir e estudar mais, bem, seria querer muito. Milagre, você sabe, ainda não está ao alcance do Papai Noel.
Na sua passagem pelos céus nada azuis do Beira-Rio, Noel observaria que os pedidos colorados seriam igualmente volumosos. Ninguém reclamaria da descida de uma gorda bolsa lotada de euros (sonho comum). Pediriam dois laterais/alas, outro homem de mio-campo, mais um atacante bom de gol.
Mas todos teriam um desejo idêntico, igual, comum. Uma súplica para que o homem lá do alto, o dono das renas, não atendesse pedidos europeus ou árabes que envolvessem os nomes de Nilmar, Alex, Guiñazu e D’Alessandro. Os mais ardorosos trocariam qualquer presente pela permanência do quarteto dourado em Porto Alegre.
O Natal é um dos poucos dias que não é proibido sonhar. Sonhe. Acredite. Pense em Fred e em Marcelinho Paraíba, em Thiago Neves e em Souza, em goleadores, em meias fantásticos, em zagueiros brilhantes. Não custa. Faça o seu pedido
Se você tocou nesta última linha, Feliz Natal. Espalhe.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
Leia os termos e condições deste blog
Dúvidas Frequentes | Fale conosco | Anuncie - © 2009 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.