Outra nervosa e intensa rodada passou, a 23ª, e o Grêmio segue no cume da liderança sem observar ninguém ao lado ou na frente. Ganhou do Vasco, 2 a 1, mas merecia mais gols na frente de quase 38 mil eufóricos admiradores. Foi um jogo suado e sofrido até o último segundo.
Ninguém estranharia um 3 a 1 ou algo mais elástico. O Tricolor dominou o jogo inteiro, teve a posse da bola, criou situações de gol e só não fez mais gols porque os seus atacantes e meias falharam nas conclusões.
Dois atacantes plantaram os três pontos no Olímpico com dois gols de cabeça. Dos 40 gols marcados na competição, 12 foram de cabeça. A distância do vice continua pintada em cinco confortáveis pontos. O Palmeiras ganhou fora, no Paraná, 2 a 1 no Atlético, com um golaço do ex-gremista Diego Souza. O resultado obriga o Grêmio a marcar ponto fora de Porto Alegre na próxima rodada, contra o Fluminense. O empate não é ruim. Pode ser bom se o Palmeiras tropeçar.
Não pense que o jogo foi fácil, o Vasco estava bem organizado, teve toque de bola, mesmo jogando sem alguns titulares. Jogou mais do que se esperava dele. Mas o Grêmio marcou muito, foi solidário e buscou os gols em todos os 90 minutos. No final do jogo, Marcel corria no meio-campo ajudando a marcar. Soares fazia o mesmo do outro lado.
O Grêmio exibiu os mesmos problemas de jogos anteriores. Um deles foi a repetida má performance ofensiva dos seus dois laterais. Paulo Sérgio e Anderson Pico destoam dos outros noves jogadores e fazem Celso Roth pensar em outras opções. Os atacantes também não estiveram bem no primeiro tempo, especialmente Perea.
Tcheco jogou uma grande partida e foi no melhor em campo. Souza foi bem. Marcel (ou o Tanque, como diz o inimitável Marco Antônio Pereira) fez a jogada do primeiro gol, marcou o segundo. Pereira e Rever jogaram na sua média, sempre seguros.
O Grêmio segue na liderança porque é o melhor e mais regular time da competição. É candidatíssimo ao título, como todos sabem, justamente por jogar sem salto alto, por se dora inteiro em cada jogo, por disputar cada boola como se fosse a última. O preparo físico é uma das suas armas. Corre os 90 minutos e ainda quer mais.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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