Deu outro empate no Gre-Nal, 2 a 2, o Inter continua, o Grêmio fica parado. A freeway da inédita Copa Sul-americana está aberta aos colorados. O clássico foi mais quente que o esperado e imaginado, apesar do competitivo misto tricolor.
Foi o terceiro Gre-Nal de 2008 e o empate continua imperando, evitando as vitórias. O quarto vem aí, dia 28 de setembro, no Beira-Rio. Será o mais importante do ano, vale pontos importantes, quem sabe definitivos, no Brasileirão.
O Inter teve as melhores e mais claras situações de gol no primeiro tempo. Não liquidou o jogo por imperícia. Marcou duas vezes até a metade do segundo tempo, imaginou a partida na mão, recuou e deixou campo para o Grêmio, mais preparado fisicamente, jogar.
Souza, um dos nomes próprios da decisão, ao lado de Índio, comandou a reação tardia, chegou ao empate e saiu com a sensação de que a virada seria possível. Não foi. Mas o 2 a 2, apesar da saída da Copa, não foi encarado como derrota pela desclassificação quase anunciada.
O Inter sentiu o empate e não festejou a classificação como uma grande vitória e com todas as suas forças. Sentiu que, outra vez, o time, apesar do potencial, não conseguiu ir além do mínimo que se espera de um elenco milionário. A vitória era pura obrigação. O resultado, se foi bom por um lado, decepcionou pelo 2 a 2, depois de uma longa vantagem de dois gols.
Além de Souza, gostei de Léo, William Magrão, Adilson e Pereia. Orteman estreou fora das suas melhores condições físicas e técnicas, mas mostrou que é bom jogador e tem potencial para ser um dos 11 de cima.
Depois de Índio, vi outro bom jogo de Magrão, Guiñazu e Nilmar. São os quatro que normalmente jogam bem, que conseguem manter uma regularidade, ao contrários dos outros. D’Alessandro ainda parece um pouco tímido. Bolívar destoa na zaga.
Não posso destacar Tite, nem Roth. O primeiro recuperou Edinho, apostou nele e o Grêmio tomou conta da partida. Daniel Carvalho, apesar do gol, continua sem mobilidade. Roth, que vem fazendo sucesso com dois atacantes, escalou apenas um. Voltou a usar André Luiz, de aproveitamento mínimo, e optou por Perea quase no final do jogo. Posso afirmar que os dois técnicos não mereceram aplausos de ninguém. Mas Roth tem crédito no momento. Tite nem tanto, ainda procura um.
Gostei de Leonardo Gaciba e, ao mesmo tempo, não gostei. Elogio o uso do cartão amarelo, a tranqüilidade com que levou a parte disciplinar do jogo, mas não posso destacar o número excessivo de faltas que ele marcou. Parecia um árbitro carioca. Apitava falta em cada esbarrão.
O domingo, às 16h, destaca outros caminhos para a Dupla, apresenta o campeonato que realmente importa, ao menos para os azuis. O líder Grêmio, sem William Magrão, mas com Souza, aguarda o Vasco no Olímpico.
O Inter volta ao Recife, a mesma Ilha do Retiro que assistiu uma das suas piores jornadas da temporada, na Copa do Brasil. A escalação do time ainda é um incógnita. Nilmar deve jogar. Alex é dúvida.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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